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CEAPE apresenta projeto de microfinanças para a Amazônia Legal

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CEAPE apresenta projeto de microfinanças para a Amazônia Legal
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Instituição especializada em microcrédito produtivo expande os negócios para a região Norte do País

O Centro de Apoio aos Pequenos Empreendimentos (Ceape Brasil) apresentou, durante o Sustainability Week, o projeto de expansão dos negócios para a região Norte do país. O evento organizado pelo BID Invest, braço de investimentos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), aconteceu em Manaus, entre os dias 11 e 13 de junho. A instituição sem fins lucrativos pretende ampliar o programa de microcrédito produtivo orientado em regiões da Amazônia Legal, com foco em educação financeira e tecnológica, através de orientação personalizada e disponibilização de plataforma dedicada para garantir acesso contínuo e sustentável ao microcrédito e aprimoramento da gestão financeira do empreendedor.

De acordo com a entidade, a expectativa é atender 10.841 novos clientes no projeto piloto na região até 2030, com a concessão de R$ 37,268 milhões em crédito. Além disso, serão oferecidos cursos de capacitação aos microempreendedores da Amazônia Legal e a perspectiva é de impactar 14.520 pessoas, através da atuação de 44 assessores. Ainda na fase piloto do projeto, o Ceape Brasil pretende abrir 9 novas agências.

Hoje presente do Pará, Tocantins, Maranhão, Ceará e São Paulo, a instituição atende mais de 210 municípios brasileiros e já disponibilizou mais de R$ 2,7 bilhões em microcrédito produtivo, impactando a vida de 3 milhões de empreendedores. A carteira atual gira em torno de R$ 115,7 milhões, com um ticket médio de R$ 5.855,86.

De acordo com Claudia Cisneiros, diretora executiva do Ceape Brasil, os principais desafios para a expansão na região estão relacionados à baixa densidade demográfica e acesso a alguns municípios e comunidades. “Muitas cidades só podem ser acessadas apenas por vias fluviais. Por isso, será realizada uma expedição piloto em uma embarcação para percorrer rios e atender as comunidades ribeirinhas”, explica.

Além disso, a cultura do microcrédito e do grupo solidário ainda é pouco difundida nas regiões da Amazônia Legal que registram um histórico elevado de inadimplência tanto ao público quanto à carteira de microcrédito. Outro problema está relacionado ao recrutamento e qualificação da mão de obra adequada ao programa.

Para enfrentar os desafios, Claudia explica que o Ceape pretende adotar a metodologia figital, realizando os primeiros atendimentos na forma presencial para a orientação e o acompanhamento através do digital (App CeapeBank). A instituição também está desenvolvendo testes para lançar o novo motor de crédito para possibilitar a aprovação imediata do solicitante.

As primeiras iniciativas do projeto envolveram a prospecção de entidades locais para o estabelecimento de parceria com representantes comerciais. “Estamos trabalhando também na implantação e consolidação do CeapeBank como produto de educação financeira e canal de solicitação e desembolso. Além do programa de sucessão de lideranças e expansão no Norte e Nordeste, fizemos a contratação de 20 assessores de crédito”, conta Claudia.

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