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Casos de depressão e ansiedade infanto-juvenil têm começado mais cedo e durado mais tempo

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Casos de depressão e ansiedade infanto-juvenil têm começado mais cedo e durado mais tempo
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No dia 10 foi o Dia Mundial da Saúde Mental. Nos últimos anos houve um aumento dos casos de transtornos mentais, devido principalmente ao isolamento social. Além disso, uso da tecnologia, questões de imagem corporal, mudanças no estilo de vida e aumento da desigualdade social são alguns dos outros fatores que influenciam o aumento desses sintomas.

Um estudo recente produzido pelas universidades de Cardiff, Edimburgo e Bristol, no Reino Unido e publicado no The Lancet apontou que os sintomas de depressão e ansiedade entre crianças e adolescentes estão aparecendo mais cedo e durado mais tempo do que na última década.

Segundo a OPAS (Organização Pan-Americana de Saúde) as condições de saúde mental são responsáveis por 16% da carga global de doenças e lesões em pessoas com idade entre 10 e 19 anos e, metade dessas condições, começam aos 14 anos, mas a maioria dos casos não é detectada ou tratada.

Além disso, a depressão é uma das principais causas de doença e incapacidade entre adolescentes, sendo o suicídio a terceira principal causa de morte entre jovens de 15 a 19 anos, informa a OPAS.

Por isso é tão importante abordar as condições de saúde mental das crianças e adolescentes. As conseqüências de ignorar esses sintomas se estendem à idade adulta, prejudicando a saúde física e mental e limitando o futuro desses jovens.
Infelizmente percebo por meio da minha experiência atuando há mais de 20 anos como psicoterapeuta infantil e com psicodiagnóstico que há dificuldade dos profissionais da área em diagnosticar a depressão infantil.

Ela possui particularidades que precisam ser observadas. O sofrimento moral, por exemplo, responsável pela baixa autoestima no adulto, pode se apresentar como um sentimento de culpa e, na criança, como ciúme patológico do irmão mais novo, por exemplo.

As crianças em função da idade têm mais dificuldades em identificar e expressar o que sentem, portanto apresentam somatizações no corpo, problemas comportamentais como a agressividade, problemas alimentares, além dos encontrados nos adultos como a tristeza continuada e a falta de motivação.

Por ser o transtorno depressivo infantil um transtorno do humor, ele é capaz de comprometer o desenvolvimento da criança ou do adolescente. Além de interferir no seu processo de maturidade psicológica e social, necessita de atenção especial, já que ao ser bem tratado nesta fase, pode prevenir problemas mais graves na adolescência e idade adulta. De forma mais grave gera um adolescente com problemas de autoestima, problemas de relacionamento e de desempenho que podem evoluir até mesmo para casos de suicídio. Pode prevenir também dificuldades menos graves como o desenvolvimento social e o escolar, que pode ser menor que o esperado, ou seja, ela deixa de desenvolver seu potencial de forma plena.

Faz parte de uma avaliação psicológica adequada a integração dos sintomas apresentados, com os dados obtidos durante o processo diagnóstico, desde a entrevista com os pais (histórico familiar e dos sintomas da criança, bem como suas interações sociais), até sua interação com o examinador e o conteúdo de suas projeções lúdicas e em testes projetivos. Os conteúdos, daí advindos, darão, junto aos sintomas apresentados, uma consistência maior ao diagnóstico.

O diagnóstico diferencial, entre a depressão infantil e sentimentos normais do desenvolvimento infantil, é fundamental. É normal que a criança sinta tristeza, raiva ou medo e a dificuldade em se expressar pode gerar psicopatologia. Por exemplo, é normal que uma criança se sinta triste com a separação dos pais. Para isto, se faz necessário avaliar, também, sua situação familiar, existencial, seu nível de maturidade emocional e, principalmente, sua autoestima.

Além das entrevistas com a criança, é muito importante obter informações sobre sua conduta, segundo informações dos pais, professores e outros colegas médicos ou psicólogos, costurando tais dados aos outros do processo diagnóstico. Importante também identificar o histórico de depressão na família já que o fator genético é importante.

Os critérios diagnósticos relacionados ao tempo e à motivação para os sentimentos depressivos devem ser levados em consideração. Os sintomas mais frequentes da depressão na infância e adolescência costumam ser os seguintes: insônia, choro, baixa concentração, fadiga, irritabilidade, rebeldia, tiques, medos, lentidão psicomotora, anorexia, problemas de memória, desesperança, ideações e tentativas de suicídio. A tristeza pode ou não estar presente.

Os pesquisadores têm aumentado a constelação de sintomas associados à depressão infantil e, por causa disso, cada vez mais os distúrbios do comportamento da criança estão sendo relacionados a uma maneira depressiva de viver. Surgem, ainda, preocupações típicas de adultos, tais como, a saúde e a estabilidade dos pais, medo da separação e da morte e grande ansiedade.

O tratamento deste tipo de transtorno necessita de atenção especializada: psicoterapia, orientação à família, atuação conjunta escola-família e psicoterapeuta, além de avaliação psiquiátrica. O preconceito à medicação deve ser trabalhado junto aos pais, caso realmente se faça necessário o uso deste recurso.

Andreia Soares Calçada psicóloga clínica e jurídica. Perita do TJ/RJ em varas de família e assistente técnica judicial em varas de família e criminais em todo o Brasil. Mestre em sistemas de resolução de conflitos. Autora de livros e artigos na área jurídica.

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Campeã mundial de fisiculturismo revela: “Meus músculos já fizeram homens falharem na hora”

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A atleta e modelo fitness Graciella Carvalho, campeã mundial na categoria Diva Fitness 35+ da WBFF, vive o auge de sua carreira após retornar aos palcos de competição. Radicada em Miami, a brasileira comentou sobre a rotina intensa de treinos, o olhar do público sobre o corpo feminino musculoso e as reações que sua imagem desperta fora do esporte.

 

Graciella relatou que a preparação para o campeonato exigiu um nível de disciplina que transformou sua relação com o corpo. Foram meses de treino rigoroso, dieta restrita e uma rotina planejada com precisão. Segundo ela, o processo competitivo vai muito além do físico. “Treinar para competir é um processo físico e mental. Há dias em que o corpo pede descanso, mas a disciplina fala mais alto. O pódio é consequência da constância, não apenas do esforço momentâneo”, afirmou.

 

De volta ao circuito internacional, a atleta diz que aprendeu a lidar com os diferentes olhares que o corpo feminino musculoso ainda desperta. Nas redes sociais, recebe elogios diários por sua forma física, mas também comentários que tentam associar força à perda de feminilidade. “Algumas pessoas ainda acham que força e beleza não podem coexistir, mas eu vejo exatamente o contrário. A força é parte da minha essência e da minha autoestima. Meu corpo é resultado de trabalho, não de vaidade”, declarou.

 

Graciella também revelou que o impacto visual de seu físico provoca reações curiosas em alguns homens. “Já aconteceu de homens se sentirem tensos comigo. Alguns até falharam na hora por causa da pressão, mas isso mostra como ainda existe resistência em aceitar a força feminina”, contou. Para ela, esses episódios refletem o desconforto que parte do público ainda sente diante da imagem de uma mulher forte. “O homem que se sente ameaçado por uma mulher forte precisa repensar o que entende por masculinidade”, completou.

 

A campeã encerrou afirmando que cada conquista representa uma superação pessoal e profissional. Ela recebeu da revista francesa GMARO o título de fisiculturista perfeita, de acordo com a inteligência artificial, na edição de novembro da publicação.

 

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Com a chegada das festas de fim de ano, o espelho e as câmeras de celular ganham destaque — e, junto com eles, cresce a procura por um sorriso mais branco e harmonioso. Clínicas odontológicas de todo o país relatam um aumento expressivo na busca por tratamentos estéticos, como clareamento dental e lentes de contato, especialmente entre os meses de novembro e dezembro, quando os pacientes se preparam para as confraternizações e registros fotográficos.

Segundo o cirurgião-dentista Edinei Dias da Silva @doutoredi, formado pela Unicamp, essa tendência é natural, mas requer atenção.

“É comum que as pessoas queiram estar bem para as festas, mas é importante lembrar que nem todo tratamento serve para todo mundo. A estética deve caminhar junto com a saúde bucal. O ideal é que cada paciente passe por uma avaliação completa antes de realizar qualquer procedimento”, orienta o profissional.

De acordo com relatório da Grand View Research, o mercado de odontologia estética no Brasil movimentou mais de 715 milhões de dólares em 2022 e deve dobrar até 2030, impulsionado pela popularização dos tratamentos estéticos e pela influência das redes sociais.

Entre os procedimentos mais procurados, o clareamento dental lidera a lista. Porém, o dentista alerta que o uso de produtos sem supervisão profissional pode causar sensibilidade, inflamações gengivais e até desgaste do esmalte dental.

“Há uma banalização do clareamento caseiro. Muitos produtos vendidos pela internet prometem resultados rápidos, mas têm composição inadequada e podem causar danos irreversíveis”, adverte Edinei.

As lentes de contato dental também estão em alta, oferecendo resultados imediatos e um sorriso uniforme. No entanto, o especialista destaca que o sucesso do tratamento depende da indicação correta e da experiência do profissional.

“As lentes exigem planejamento e cuidado técnico. Quando aplicadas de forma padronizada, sem respeitar a anatomia e a função dos dentes, podem gerar desconforto e prejuízos estéticos. A odontologia moderna busca harmonia, não exagero”, afirma.

Além da estética, o cirurgião-dentista lembra que o fim de ano é um bom momento para revisões preventivas — especialmente antes do recesso das clínicas e do aumento no consumo de alimentos e bebidas que pigmentam os dentes, como vinho, café e molhos escuros.

“Um sorriso bonito é reflexo de uma boca saudável. Clareamento e lentes são aliados, desde que feitos com responsabilidade e acompanhamento profissional”, conclui o cirurgião-dentista.

 

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Coliving e coworking são espaços de trabalho e moradia compartilhados que atendem diversos públicos que procuram por flexibilidade e coletividade

 

A impermanência, isto é, a mudança constante – e cada vez mais rápida – tem sido o novo normal, principalmente entre as gerações mais novas. A velocidade da informação, a forma de consumir conteúdos e o menor valor dado à posse das coisas são fenômenos que têm moldado o modo com que as pessoas e as coisas têm se relacionado atualmente.

 

Na era do compartilhamento, em que a posse das coisas deixou de dar o tom, até mesmo os espaços outrora privados passaram a ser cada vez mais partilhados. Termos como coliving e coworking se tornam cada vez mais comuns, principalmente nas grandes cidades. Entender o que são é fundamental para a compreensão de fenômenos do mundo moderno.

 

O que é o coworking?

 

Estes termos correspondem ao modo como os espaços tanto de moradia como de trabalho têm migrado para um sistema compartilhado. O coworking, por exemplo, é um ambiente de escritório cuja infraestrutura é projetada para funcionar de maneira partilhada e flexível, de modo que atenda empresas, freelancers, empreendedores e trabalhadores remotos.

 

Um espaço de coworking é um ambiente de escritório compartilhado, que conta com internet de alta velocidade, mesas de escritório, cadeiras e salas de reunião. Segundo o Censo Coworking 2024, realizado pela empresa Woba, o número de espaços desse tipo deu um salto de 30% em um ano. 

 

São Paulo e Minas Gerais são os estados com o maior número de escritórios de coworking. Há vantagens na adesão ao modelo: a flexibilidade, o custo reduzido, se comparado com o investimento necessário para manter um ambiente semelhante ou mesmo se comparado com o custo de um aluguel, e, geralmente, o fato de estarem localizados em regiões centrais das cidades.

 

Por dentro da moradia compartilhada

 

Na mesma esteira, o coliving possui lógica semelhante, mas aplicada à moradia. Na prática, são imóveis com espaços comuns, como salas, banheiros e cozinhas, mas que também contam com áreas privativas – no caso, os quartos. O crescimento desse tipo de moradia se deve a nômades digitais, estudantes e trabalhadores que buscam moradia acessível e flexível.

 

Apesar de não ser algo exatamente novo, o coliving ganhou muita força nos últimos anos. Um aspecto interessante que tem atraído moradores para o modelo é que esses espaços reforçam hábitos de cooperação, interação e coletividade. Não raro, muitos deles promovem atividades coletivas, como leitura, dança, jogos, entre outras.


Os benefícios e o que esperar dos novos modelos

 

Tanto o coliving como o coworking promovem experiências capazes de agregar pessoas, criando laços de comunidade. Inclusive, é normal que desses espaços surjam parcerias e networking. Isso se dá pelo fato de que muitos locais são nichados: há coworkings voltados para a área de tecnologia, outros para advocacia, e assim por diante.

 

A tendência é que esses espaços cresçam à medida que o senso de compartilhamento aumente entre as pessoas. Atrativos como custo-benefício, flexibilidade e praticidade também têm papel importante. 

 

Afinal, espaços como um coliving em São Paulo, por exemplo, possuem toda a infraestrutura pronta e geralmente estão situados em localizações estratégicas da cidade. No mais, essa é uma tendência que vem para acompanhar as mudanças no mundo da moradia e do trabalho, que certamente darão o tom no estilo de vida do futuro.

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