Siga-nos nas Redes Sociais

Saúde

Câncer da próstata: diagnóstico precoce e avanço do tratamento aumentam chances de cura e qualidade de vida

Publicado

em

Câncer da próstata: diagnóstico precoce e avanço do tratamento aumentam chances de cura e qualidade de vida
Divulgação

Detecção precoce aliada a abordagens menos invasivas e mais precisas, como a radioterapia, vigilância ativa e cirurgia robótica, reduzem os efeitos colaterais e riscos associados ao tratamento, com melhor recuperação para os pacientes

O câncer da próstata é o segundo tipo de câncer mais comum entre homens, perdendo apenas para o câncer de pele. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), um homem no Brasil morre a cada 38 minutos em decorrência dessa doença. Os fatores de risco estão ligados ao envelhecimento, já que a incidência é maior em pessoas com mais de 60 anos, ao histórico familiar, além do sobrepeso, obesidade, tabagismo e exposição a produtos químicos como aminas aromáticas, arsênio e produtos de petróleo.

Apesar da gravidade do diagnóstico, os avanços em tratamentos e tecnologias têm oferecido novas esperanças para os pacientes, embora ainda existam muitas dúvidas e preocupações que permeiam a mente dos homens diagnosticados. De acordo com o urologista Dr. Reinaldo Uemoto, do Hospital Santa Catarina – Paulista, o acompanhamento é essencial para o diagnóstico dessa e de outras doenças: “O rastreamento deve ocorrer em homens a partir dos 45 anos com fatores de risco, ou aos 50 anos sem esses fatores. A ida ao médico permitirá entender o histórico do paciente e realizar exames, como o de sangue PSA (antígeno prostático específico) e, se necessário, observar alterações no toque retal, que permite ao médico avaliar modificações da glândula, como endurecimento e presença de nódulos suspeitos”, explica.

Segundo o Dr. Antônio Cavaleiro, coordenador médico do Centro de Oncologia e Hematologia do Hospital Santa Catarina – Paulista, a maior parte dos casos de câncer de próstata é diagnosticada por meio de exames de rastreamento, que permitem identificar a doença em fases mais iniciais, e não porque o paciente procurou o urologista com sintomas: “O tumor de próstata é assintomático durante seu crescimento e só costuma causar problemas perceptíveis, como uma obstrução urinária, quando já está em fase localmente avançada ou com metástases”, explica o médico.

O processo de rastreamento envolve dois exames: o de sangue para dosagem de PSA (Antígeno Prostático Específico) e o toque retal, realizado pelo urologista para detectar nódulos. É recomendável realizar ambos, pois o PSA nem sempre aumenta com o câncer e também pode estar elevado por outros motivos. Segundo o Dr. Lavoisier Fragoso de Albuquerque, radio-oncologista do Hospital Santa Catarina – Paulista, a partir da suspeita de câncer, por meio da detecção de nódulo e/ou elevação do PSA, é indicada a realização da ressonância magnética multiparamétrica da próstata. “Esse exame quantifica o risco desse nódulo ser uma lesão clinicamente significativa. Outro exame – o PET-PSMA possibilita identificar a presença de metástases. Ele é indicado para o estadiamento da doença, o que deve ser efetuado como complementação diagnóstica e auxiliando o médico na definição do tratamento. Também é realizado durante o acompanhamento e a pesquisa de recorrência da doença”, explica.

Vigilância Ativa e Radioterapia

A vigilância ativa no câncer de próstata é uma abordagem cada vez mais difundida para casos de tumores de baixo risco. Ela envolve um rigoroso monitoramento do paciente, sem a necessidade de intervenções mais invasivas imediatas, como cirurgia para remoção das lesões ou radioterapia. Segundo o oncologista Dr. Antônio Cavaleiro, essa abordagem ajuda a reduzir intervenções desnecessárias ou que podem ser adiadas para momentos mais oportunos. “Nesse processo, o paciente passa por exames regulares dos níveis de PSA, PET-PSMA, ressonância magnética e toque retal, geralmente a cada seis meses, além de uma nova biópsia em um ano. Caso o tumor apresente mutações, alteração de tamanho ou haja detecção da agressividade do tumor, a equipe iniciará uma estratégia de tratamento, que pode envolver desde uma prostatectomia radical até radioterapia ou quimioterapia”, explica.

“Quando a doença é diagnosticada por meio da biópsia, também é feita a avaliação do nível de gravidade. Para isso, são analisados vários fragmentos de tecido extraídos de diferentes locais da próstata, avaliando a porcentagem de infiltração do câncer em cada um deles. Somente após esse protocolo é que se decide sobre o tratamento de vigilância ativa”, conta o oncologista. O tratamento é uma escolha compartilhada com o paciente. “Alguns homens ficam muito preocupados e ansiosos com as chances de mudança na atividade tumoral. Nessas situações, o tratamento tradicional pode ser uma escolha”, diz Dr. Antônio Cavaleiro.

Outro tratamento que tem se mostrado uma alternativa importante e menos invasiva no câncer de próstata é a radioterapia, especialmente para pacientes que apresentam poucos ou nenhum sintoma. Quando a doença está restrita à próstata, o paciente pode ser submetido à cirurgia ou radioterapia. O Dr. Lavoisier Fragoso de Albuquerque, radio-oncologista do Hospital Santa Catarina – Paulista, afirma: “A radioterapia possui um risco muito menor de incontinência urinária em comparação com a cirurgia, o que é uma preocupação significativa para muitos homens.” A técnica de radioterapia permite direcionar a radiação com maior precisão, minimizando os danos aos tecidos saudáveis circundantes. Isso resulta em menos efeitos colaterais, especialmente em relação à função sexual e à continência. Dr. Lavoisier conclui que essa abordagem oferece uma perspectiva favorável para muitos pacientes, preservando sua qualidade de vida.

Cirurgia Robótica

Um dos grandes avanços no tratamento do câncer de próstata é a cirurgia robótica. Dr. Antônio Cavaleiro detalha como essa técnica tem revolucionado o tratamento cirúrgico: “A cirurgia robótica não apenas reduz as taxas de complicações, como também proporciona uma recuperação mais rápida. A taxa de incontinência urinária, por exemplo, é inferior a 5%, e a disfunção erétil é reduzida a 20-25% em comparação com mais de 50% na cirurgia aberta”, afirma. Essa técnica permite maior precisão na remoção do câncer, preservando estruturas adjacentes importantes, o que contribui significativamente para a qualidade de vida pós-operatória dos pacientes.

Em relação aos efeitos colaterais dos tratamentos, os especialistas notam que muitos pacientes se preocupam com a possibilidade de disfunção sexual e outras complicações. Dr. Cavaleiro explica que, embora existam preocupações, muitas opções estão disponíveis para lidar com a disfunção erétil. “Muitos pacientes podem ser tratados com medicamentos que ajudam a restaurar a função sexual, e aqueles que não respondem a esses tratamentos podem considerar outras opções, como a implantação de próteses”, ressaltou. Ele também enfatiza que os efeitos colaterais do tratamento médico para câncer de próstata tendem a ser menos severos em comparação com outros tipos de tratamento oncológico, proporcionando uma experiência mais tranquila para os pacientes.

Saúde mental do paciente

A saúde mental é um aspecto frequentemente negligenciado, mas que desempenha um papel significativo na vida dos pacientes. Dr. Reinaldo Uemoto observa que muitos homens sentem ansiedade em relação ao diagnóstico e ao tratamento. “É importante que os pacientes saibam que esse sentimento é comum. A terapia psicológica pode ser uma ferramenta valiosa para ajudá-los a lidar com essas emoções”, sugere. O suporte emocional, combinado com o acompanhamento médico regular, pode fazer uma diferença substancial na jornada de tratamento dos pacientes.

Por fim, todos os especialistas enfatizam a necessidade de exames regulares, especialmente para homens a partir dos 45 anos e aqueles com histórico familiar de câncer de próstata: “A detecção precoce é fundamental. Recomendamos que homens com um histórico familiar significativo comecem a fazer acompanhamento ainda mais cedo. A educação e a conscientização sobre a importância dos exames são essenciais para a prevenção”, conclui Dr. Lavoisier Fragoso de Albuquerque, radio-oncologista.

Ministério da Saúde envia Força Nacional do SUS ao Paraná após tornado Leia Mais

Ministério da Saúde envia Força Nacional do SUS ao Paraná após tornado

Brasil reafirma compromisso de reduzir uso de amálgama com mercúrio Leia Mais

Brasil reafirma compromisso de reduzir uso de amálgama com mercúrio

Divulgação Leia Mais

Nasce a Grão Consultoria em Negócios na Saúde

Divulgação Leia Mais

Nasce a Grão Consultoria em Negócios na Saúde

Médico brasileiro inova com terapia combinada que eleva em até 15% a eficácia dos tratamentos contra a obesidade Leia Mais

Médico brasileiro inova com terapia combinada que eleva em até 15% a eficácia dos tratamentos contra a obesidade

Continue Lendo
Clique para comentar

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Saúde

Ministério da Saúde envia Força Nacional do SUS ao Paraná após tornado

Publicado

em

© Ivan Matos/MS

O Ministério da Saúde enviou neste sábado (8) uma equipe da Força Nacional do SUS ao município de Rio Bonito do Iguaçu (PR), epicentro de um tornado de grande intensidade que destruiu cerca de 90% da zona urbana e deixou, ao menos, cinco mortos.

O secretário executivo do Ministério da Saúde, Adriano Massuda, integra a comitiva do governo federal que se deslocou ao estado para avaliar os danos, prestar assistência emergencial e coordenar ações conjuntas de resposta com o governo do Paraná e a Defesa Civil Nacional.

A equipe enviada é composta por cinco profissionais especializados, entre eles, um especialista em saúde mental em desastres, um médico sanitarista, um enfermeiro, um analista de recursos logísticos e um analista de incidentes e reconstrução assistencial. Os profissionais irão atuar na reativação dos serviços de saúde, no apoio à gestão local e na resposta assistencial e psicossocial imediata, garantindo a retomada segura e rápida do atendimento integral à população afetada.

Entre as primeiras ações previstas estão a triagem e estabilização de feridos, a reorganização dos fluxos assistenciais e farmacêuticos, e a avaliação de riscos sanitários secundários, como os relacionados à qualidade da água, ao manejo de resíduos e ao controle de vetores. Também será oferecido apoio psicológico aos moradores atingidos.

De acordo com o Ministério da Saúde, caso a situação demande, a Força Nacional do SUS está preparada para instalar um hospital de campanha modular, com capacidade para até 150 atendimentos diários, em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde do Paraná.

Situação da rede saúde local

Com a destruição de boa parte das unidades de saúde e o colapso parcial no fornecimento de energia elétrica e abastecimento, os atendimentos de urgência em Rio Bonito do Iguaçu (PR) foram remanejados para o Hospital Regional de Laranjeiras do Sul, que atua, de forma provisória, como referência para a região. As Unidades Básicas de Saúde da zona rural permanecem parcialmente inoperantes, e há escassez de medicamentos e vacinas devido ao comprometimento dos estoques locais.

“Chegamos ao Paraná com a missão de cuidar, reconstruir e trazer afeto à população que mais precisa neste momento. Nossa prioridade é garantir que cada pessoa atingida receba atenção em saúde, escuta e acolhimento. Atuaremos ao lado do governo do estado e do município para restabelecer o funcionamento da rede de saúde e devolver um pouco de segurança e esperança às famílias de Rio Bonito do Iguaçu”, afirmou o coordenador da Força Nacional do SUS, Rodrigo Stabeli, em nota.

De acordo com dados da Defesa Civil do Paraná e do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), o estado registrou 55 municípios impactados por tempestades, com mais de 31 mil pessoas afetadas.

Em Rio Bonito do Iguaçu, a tragédia foi a mais severa: 10 mil moradores — o equivalente a 77% da população — foram diretamente atingidos, com cinco mortes confirmadas, 125 feridos e mais de mil pessoas desalojadas.

Fonte

Brasil reafirma compromisso de reduzir uso de amálgama com mercúrio Leia Mais

Brasil reafirma compromisso de reduzir uso de amálgama com mercúrio

Divulgação Leia Mais

Nasce a Grão Consultoria em Negócios na Saúde

Divulgação Leia Mais

Nasce a Grão Consultoria em Negócios na Saúde

Médico brasileiro inova com terapia combinada que eleva em até 15% a eficácia dos tratamentos contra a obesidade Leia Mais

Médico brasileiro inova com terapia combinada que eleva em até 15% a eficácia dos tratamentos contra a obesidade

https://www.freepik.com/free-photo/happy-sportswoman-text-messaging-smart-phone-while-lying-down-floor-drinking-smoothie_25567134.htm#fromView=search&page=1&position=6&uuid=6e219857-dcb4-48b0-807d-43acc4fda70b&query=suplemento+de+cafeina Leia Mais

Benefícios da cafeína em pó pura: o que a ciência realmente apoia (e o que evitar)

Continue Lendo

Saúde

Brasil reafirma compromisso de reduzir uso de amálgama com mercúrio

Publicado

em

© Fernando Frazão/Agência Brasil

O Ministério da Saúde reafirmou na 6ª Conferência das Partes da Convenção de Minamata (COP 6) o compromisso do país de reduzir gradualmente o uso de amálgamas dentário contendo mercúrio. A pasta manifestou ainda que apoia a eliminação total do uso da liga.  

Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil está em condições de apoiar a eliminação do uso de amálgama dentário, mas defendeu uma transição “gradual e segura”, de modo a não comprometer o acesso da população aos tratamentos odontológicos oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

“O posicionamento brasileiro destaca a saúde pública, a proteção ambiental e o cumprimento das metas da Convenção de Minamata, que visa reduzir os impactos do mercúrio na saúde humana e no meio ambiente. Além de incentivar práticas restauradoras baseadas no princípio da mínima intervenção”, explica o coordenador-geral de Saúde Bucal do ministério, Edson Hilan.

Segundo o ministério, desde 2017 o Brasil utiliza exclusivamente amálgama encapsulado, que garante o manuseio seguro e minimizando à exposição ocupacional e ambiental ao mercúrio.

Entre 2019 e 2024, o uso de amálgama no Brasil caiu de cerca de 5% para 2% de todos os procedimentos odontológicos restauradores, resultado da substituição por materiais alternativos, como resinas compostas e ionômero de vidro.

Fonte

Ministério da Saúde envia Força Nacional do SUS ao Paraná após tornado Leia Mais

Ministério da Saúde envia Força Nacional do SUS ao Paraná após tornado

Divulgação Leia Mais

Nasce a Grão Consultoria em Negócios na Saúde

Divulgação Leia Mais

Nasce a Grão Consultoria em Negócios na Saúde

Médico brasileiro inova com terapia combinada que eleva em até 15% a eficácia dos tratamentos contra a obesidade Leia Mais

Médico brasileiro inova com terapia combinada que eleva em até 15% a eficácia dos tratamentos contra a obesidade

https://www.freepik.com/free-photo/happy-sportswoman-text-messaging-smart-phone-while-lying-down-floor-drinking-smoothie_25567134.htm#fromView=search&page=1&position=6&uuid=6e219857-dcb4-48b0-807d-43acc4fda70b&query=suplemento+de+cafeina Leia Mais

Benefícios da cafeína em pó pura: o que a ciência realmente apoia (e o que evitar)

Continue Lendo

Saúde

Nasce a Grão Consultoria em Negócios na Saúde

Publicado

em

Divulgação
Divulgação

A Grão Consultoria em Negócios na Saúde nasce da união da experiência de mais de duas décadas de Andrea Canesin e Elis Ribeiro, profissionais reconhecidas pela atuação em modelos assistenciais complexos e na gestão de serviços de saúde. Ambas foram fundadoras da Clínica Acallanto, referência nacional em transição pediátrica e cuidados de alta complexidade, e agora unem seus repertórios para apoiar instituições na construção de processos mais estruturados, humanos e sustentáveis.

O foco da Grão é transformar a prática de gestão em saúde em algo mensurável, replicável e ético. A consultoria atua ao lado de clínicas, hospitais e operadoras na revisão de fluxos, no redesenho de modelos de cuidado e na implementação de metodologias próprias, como a Entrelaço (transição infantil), Conexus (transição adulto), Domus (voltada para residenciais) e a Praxis (focada em clínicas).

Para Andrea Canesin, a criação da Grão representa a consolidação de um novo ciclo profissional. Depois de anos à frente de unidades assistenciais, ela retorna com um olhar voltado para a operação e a humanização: “Não se trata apenas de cuidar, mas sim de garantir que o cuidado aconteça de forma contínua e segura”.

Já Elis Ribeiro define a Grão como um espaço de reconstrução e propósito. Especialista em planejamento estratégico e visão sistêmica, ela reforça que “processos bem estruturados são o que sustentam resultados consistentes e relações de confiança”.
Com sede em São Paulo e atuação nacional, a Grão Consultoria em Negócios na Saúde se propõe a ajudar instituições a acertarem o passo com clareza, método e presença contínua.

Mais informações:
www.graoconsultoria.com.br
contato@graoconsultoria.com.br

Ministério da Saúde envia Força Nacional do SUS ao Paraná após tornado Leia Mais

Ministério da Saúde envia Força Nacional do SUS ao Paraná após tornado

Brasil reafirma compromisso de reduzir uso de amálgama com mercúrio Leia Mais

Brasil reafirma compromisso de reduzir uso de amálgama com mercúrio

Divulgação Leia Mais

Nasce a Grão Consultoria em Negócios na Saúde

Médico brasileiro inova com terapia combinada que eleva em até 15% a eficácia dos tratamentos contra a obesidade Leia Mais

Médico brasileiro inova com terapia combinada que eleva em até 15% a eficácia dos tratamentos contra a obesidade

https://www.freepik.com/free-photo/happy-sportswoman-text-messaging-smart-phone-while-lying-down-floor-drinking-smoothie_25567134.htm#fromView=search&page=1&position=6&uuid=6e219857-dcb4-48b0-807d-43acc4fda70b&query=suplemento+de+cafeina Leia Mais

Benefícios da cafeína em pó pura: o que a ciência realmente apoia (e o que evitar)

Continue Lendo

Em Alta

Copyright 2018 - 2025 Gazeta24h. Rede de Sites Br. Todos os direitos reservados.