Dar passos largos em busca de uma qualidade de vida aos cerca de 1,1 milhão de habitante, segundo a última estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que vivem em Campinas não tem sido tarefa fácil, mas, segundo especialistas, há o que se comemorar.
A metrópole completa 249 anos no dia 14 de julho com avanços interessantes em questões centrais para a promoção de uma jornada, mas com uma tarefa de casa em melhorar itens fundamentais para a vida dos seus moradores, como segurança e educação.
Afinal, Campinas é reconhecida como cidade sustentável nos eixos econômico, ambiental e social. No mês passado, foi premiada em três categorias do Prêmio Cidades Sustentáveis: acelerando a implementação da Agenda 2030, com as boas práticas, que aconteceu em São Paulo.
E a cidade conquistou a segunda posição em dois eixos: o econômico, com o projeto “Usina Verde – Implantação e Operação de Usina de Compostagem de Resíduos Orgânicos”, e o ambiental, com a “Estação Produtora de Água de Reuso (EPAR)”. As duas práticas têm a participação direta da SANASA. Campinas ficou também em terceiro lugar no eixo social, com o “Projeto Piloto de Horta Comunitária: Cultivando no Florence – Programa Campinas Solidária e Sustentável”.
O evento, que chegou a sua quarta edição neste ano, é organizado pelo Instituto Cidades Sustentáveis no qual reconhece as boas práticas dos municípios que estão avançando na implementação da Agenda 2030 e dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), com políticas públicas inovadoras e com resultados concretos em relação a eliminação da pobreza extrema e da fome, a oferta de uma educação de qualidade para as pessoas e proteger o planeta.
As iniciativas do prêmio foram avaliadas por um grupo de especialistas em quatro categorias (ambiental, social, econômico e governança) e divididas em três faixas populacionais (cidades pequenas, médias e grandes). Ao todo, foram inscritas mais de 90 boas práticas.
Segundo Ivo Neves, especialista em sustentabilidade e ESG, o posicionamento de Campinas para o tema sustentabilidade não é recente. O município se preocupa com as ações sustentáveis há mais de uma década. Resultado desta busca é a classificação da cidade no Índice de Desenvolvimento Sustentável das Cidades, ocupando a posição número 64 de um total de 5570 município avaliados.
“Estar entre as 100 cidades mostra que diversas frentes de trabalho, nos temas de sustentabilidade estão sendo implementados e mantidos. Esta classificação se baseia na estruturação de programas alinhados aos 17 ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável). A agenda de trabalho no escopo sustentabilidade urbana, assumida por Campinas, incorpora ações nas dimensões social, ambiental, econômica, política e cultural no planejamento urbano municipal”, explica Ivo.
Para Neves, esse posicionamento promove um ciclo virtuoso de transformação e desenvolvimento.”As diversas ações influenciam as bases da sociedade campineira, possibilitando melhoria nas frentes sociais, ambientais e de governança. Esta somatória promove uma convergência positiva, melhorando a qualidade de vida da população e seu fortalecimento econômico”, aponta o profissional.
Naturalmente,é entendido pelos diversos atores envolvidos neste processo, que a jornada ainda está nas fases iniciais. “Levar todos os temas sustentáveis aos 1.200.000 habitantes da cidade é um desafio grandioso; mas entendido por todos que pode ser conquistado com o envolvimento de todos”, finaliza.