Teatro
Camila Morgado protagoniza montagem de Sergio Módena para clássico A Falecida, de Nelson Rodrigues, estreia no Sesc Santo Amaro
Espetáculo ainda traz no elenco Thelmo Fernandes, Stela Freitas, Gustavo Wabner, Alcemar Vieira, Thiago Marinho e Alan Ribeiro
Escrito há exatos 70 anos, o clássico teatral A Falecida, de Nelson Rodrigues (1912-1980), ganha uma nova montagem dirigida e idealizada por Sergio Módena e protagonizada por Camila Morgado, que volta ao teatro depois de um hiato de 11 anos distante dos palcos.
O espetáculo estreia no dia 18 de agosto no Sesc Santo Amaro, onde segue em cartaz até 1º de outubro, com apresentações às sextas, às 21h; aos sábados, às 20h; e aos domingos, às 18h.
“Eu e Camila somos apaixonados por esse texto e pelo legado de Nelson Rodrigues. E ela é uma atriz “rodrigueana” por excelência, assim como o Thelmo Fernandes. Esta montagem marca a minha primeira direção de uma obra dele. Estamos criando uma encenação atemporal para a peça, que, originalmente, foi escrita em 1953 e se passa no subúrbio do Rio de Janeiro. Mas Nelson vai além da crônica carioca. Ele radiografa a miséria da alma humana, presente nos mais diversos lugares e épocas”, comenta o diretor sobre a idealização do projeto.
Protagonizando o espetáculo ao lado de Camila Morgado está Thelmo Fernandes, com uma vasta experiência em torno da obra do autor. A montagem conta ainda com Stela Freitas como atriz convidada. E também os atores Gustavo Wabner, Alcemar Vieira, Thiago Marinho e Alan Ribeiro.
Classificada pelo saudoso crítico teatral Sábato Magaldi como uma das Tragédias Cariocas de Nelson Rodrigues, A Falecida narra o plano da tuberculosa e frustrada Zulmira, que sonha em ter um enterro cheio de luxo e pompa. Dessa forma, ela causaria inveja em sua prima e vizinha Glorinha, com quem nem fala mais e tem uma relação inexplicável de competição.
Um pouco antes de morrer, Zulmira pede para seu marido Tuninho, que está desempregado e gasta todo o dinheiro com apostas, procurar o milionário Pimentel. Ela quer que o empresário pague para ela um enterro de 35 mil contos – o que beira o absurdo, uma vez que, na época, os funerais custavam menos de um conto.
Logo depois da morte de Zulmira, ainda sem saber como ela conheceu Pimentel, Tuninho vai à mansão dele descobre que o rico empresário e sua esposa eram amantes. O marido traído ameaça contar tudo para um jornal inimigo de Pimentel e consegue arrancar dele uma pequena fortuna. Tuninho, então, dá à Zulmira um enterro “de cachorro” e aposta todo o resto do dinheiro.
Mesmo tendo sido escrita nos anos 1950, A Falecida “revela sua força e atualidade num país ainda regido pela falsa moralidade e hipocrisia. Nos dias de hoje o fanatismo religioso abordado por Nelson Rodrigues tornou-se ainda mais significativo em nosso país. A personagem Zulmira traiu o marido e, por esse motivo, ela é consumida pela culpa. Seu desejo por um velório luxuoso é sua maneira de se vingar de um mundo que não lhe oferece possibilidade de transformação. A morte torna-se sua redenção. Desse modo, o autor nos coloca um dilema: Poderá um enterro de luxo compensar uma vida de desilusões?”, indaga o diretor.
Segundo o diretor, a encenação propõe uma estética atemporal. No cenário de André Cortez, um grande mausoléu (um signo da ostentação social em meio aos mortos) é o espaço por onde os diversos planos de ação irão ocorrer. Os figurinos de Marcelo Olinto não buscam a reprodução histórica da década de 50. Ao contrário, parecem apenas evocar um tempo passado, atravessando diversas épocas. A trilha sonora, composta por Marcelo H, explora o conflito entre o sagrado e o profano.
“Quando Zulmira se sente culpada, ela busca se afastar do profano, sendo constantemente atormentada por essa ideia. A trilha sonora percorreu diversos estilos, combinando desde obras de Dalva de Oliveira até samba. Essa mescla de estilos é uma característica marcante de Nelson Rodrigues, que inseria elementos cômicos em suas tragédias. O humor peculiar de Nelson está presente em nossa montagem, mesmo diante da trágica história de Zulmira”, acrescenta Módena.
Sobre Nelson Rodrigues
Nelson Rodrigues foi jornalista, cronista, romancista e um dos maiores dramaturgos brasileiros. Nascido no Recife, Pernambuco, mudou-se em 1916 para a cidade do Rio de Janeiro. Quando maior, trabalhou no jornal A Manhã, de propriedade de seu pai, Mário Rodrigues. Foi repórter policial durante longos anos, de onde acumulou uma vasta experiência para escrever suas peças a respeito da sociedade.
Sua primeira peça foi A Mulher sem Pecado, que lhe deu os primeiros sinais de prestígio dentro do cenário teatral. O sucesso veio com Vestido de Noiva, que trazia, em matéria de teatro, uma renovação nunca vista nos palcos brasileiros. Com seus três planos simultâneos (realidade, memória e alucinação), as inovações estéticas da peça iniciaram o processo de modernização do teatro brasileiro. A consagração se seguiria com vários outros sucessos, transformando-o no maior dramaturgo brasileiro do século vinte.
Em 1962, começou a escrever crônicas esportivas, deixando transparecer toda a sua paixão por futebol. Grandes atores e encenadores continuam a revisitar suas obras, visto que esta parece jamais se esgotar e permanece relevante ainda hoje. Nelson morreu no rio de janeiro no ano de 1980, deixando um legado literário reconhecido internacionalmente.
Sobre Sergio Módena
Bacharel em Artes Cênicas pela Unicamp é também formado pela École Philipe Gaulier em Londres, onde realizou especializações em Shakespeare, Tchecov e Melodrama. Seus trabalhos mais recentes como diretor são “Longa Jornada Noite Adentro, de Eugene O’Neill, “As Cangaceiras Guerreiras do Sertão” (de Newton Moreno), “Diários do Abismo” (com Maria Padilha) e “O Musical da Bossa Nova” (Aventura Entretenimentos) “Os Vilões de Shakespeare”, de Steven Bercoff (com Marcelo Serrado), “Estes Fantasmas!” de Eduardo De Filippo, “Esse Vazio”, de Juan Pablo Gomez, “Como Me Tornei Estúpido”, adaptação da obra de Martin Page feita por Pedro Kosovski, “O Último Lutador”, de Marcos Nauer e Tereza Frota, “Janis”, de Diogo Liberano, “Ricardo III” de William Shakespeare, “A Arte da Comédia”, de Eduardo De Filippo, “Politicamente Incorretos”, “Forró Miudinho” “Bossa Novinha- A Festa do Pijama” e “Sambinha”, musicais de Ana Velloso, “A Revista do Ano – O Olimpo Carioca”, de Tânia Brandão, “As Mimosas da Praça Tiradentes”, de Gustavo Gasparani e Eduardo Rieche e o show “Paletó de Lamê – os grandes sucessos (dos outros)”. Seus espetáculos receberam mais de trinta indicações e treze prêmios nas principais premiações do Rio de Janeiro e São Paulo.
Ficha Técnica
Texto: Nelson Rodrigues
Direção: Sérgio Módena
Elenco: Camila Morgado, Thelmo Fernandes, Stela Freitas, Gustavo Wabner, Alcemar Vieira, Alan Ribeiro, Thiago Marinho
Direção Musical: Marcello H
Cenário: André Cortez
Iluminação: Renato Machado
Figurino: Marcelo Olinto
Preparação Corporal: Laura Samy
Produção Executiva: Ana Velloso, Vera Novello e Cacau Gondomar
Direção de Produção: Lúdico Produções Artísticas
Programação Visual e Fotos: Victor Hugo Cecatto
Assessoria de Imprensa: Pombo Correio
Produtores Associados: Camila Morgado, Sergio Módena e Lúdico Produções
Sinopse
A Falecida apresenta a jornada de Zulmira para realizar o sonho de ter um enterro espetaculoso. Cenas de flashback se misturam à narrativa presente, numa troca de ambientes que, por vezes, tenciona e, por outras, causa um inusitado e bem-vindo alívio cômico.
Espetáculo
A Falecida
De 18/08 a 01/10. Sextas, 21h. Sábados, 20h. Domingos, 18h. Teatro. R$40 R$20 R$12. 16 anos. 90 minutos.
https://www.sescsp.org.br/programacao/a-falecida-2/
Sesc Santo Amaro
Rua Amador Bueno, 505, Santo Amaro, São Paulo (SP)
Horário de funcionamento: terça a sexta, das 10h às 21h30 | Sábado, domingo e feriado, das 10h às 18h30.
Teatro
Em Novembro estreia a comédia de Flávio Freitas, “Bosque das Delícias”
Estreia dia 07 de novembro às 19:30 h, no Teatro Henriqueta Brieba, “Bosque das Delícias”, uma comédia de Flavio Freitas, que transforma a mitologia grega em uma sátira plena de irreverência, música e improviso, envolvendo deuses e mortais.
Misturando cultura popular e referências contemporâneas, a peça enfoca a filosofia, a beleza, a busca do amor e o abuso do poder, sempre com sarcasmo e participação do público. O resultado é um espetáculo politicamente incorreto, que resgata a tradição do humor popular brasileiro. É um convite ao riso libertador, exagerado e sem cerimônia, provocado pelo amor, a beleza, a feiura, o prazer e as eternas trapalhadas dos imortais.
Recheada de sucessos da Jovem Guarda, parodiados de maneira primorosa pelo autor Flavio Freitas, a peça nos oferece momentos de pura alegria e encantamento, e ingressa no terreno da metalinguagem, devido às intervenções hilárias do contrarregra, atormentado com o horário, devido à duração da peça.
SINOPSE
O mote principal da peça é o envelhecimento da princesa Psiquê que ao casar-se com o deus Cupido (Eros) teve a promessa de Zeus de dar-lhe o status de deusa e a devida imortalidade. Acontece que a burocracia no Olimpo emperrou o processo. Psique envelheceu e está à beira da morte. As loucas e excêntricas Parcas surgem para levá-la ao Hades, o famoso inferno.
A filha Hedonê, revoltada com a promessa não cumprida de Zeus e vendo que suas tias, irmãs de Psiquê, Perfunctória e Excrescência não envelheceram, acredita existir uma fonte da juventude. Pede prazo às Parcas e parte em busca dessa fonte. O enredo passa a ser conduzido pela urgência de Hedonê, que está determinada a salvar a mãe das garras da morte. A missão a lança em uma jornada épica, repleta de elementos absurdos.
FICHA TÉCNICA
Autor e diretor: Flavio Freitas
Elenco: André Vaz, Lula Medeiros, Leda Lucia, Leandro Azevedo, Anderson Paiva, Carla Fernandes, Simone Vidal, Samira Azeredo, Simone Heleno, Sergio Borelli, Pedro Borges, Roberto Marconi.
Arranjos Musicais e Preparação Vocal: Tuninho Rosamalta
Paródias: Flavio Freitas
Coreografia: Simone Heleno
Assessoria de imprensa: Maria Fernanda Gurgel
SERVIÇO
Espetáculo: BOSQUE DAS DELÍCIAS
Estreia: 7 DE NOVEMBRO – 6ª feira
Todas as sextas-feiras do mês de novembro
Horário: 19:30 h
Local: TEATRO HENRIQUETA BRIEBA
Rua Conde de Bonfim, 451 – Tijuca
Tempo do espetáculo: 1:30 h
Classificação indicativa: 14 anos
Ingresso: Inteira: R$ 60,00 – Meia: R$ 30,00 – Sócio: R$ 25,00
Redes sociais da produção: Facebook, Instagram
Cultura
Sucesso na Broadway, “O Som que Vem de Dentro” chega ao Teatro Glauce Rocha em curta temporada
Dirigida por João Fonseca e estrelada por Glaucia Rodrigues e André Celant, a peça do norte-americano Adam Rapp mergulha em um inquietante thriller de suspense
Primeira montagem no Brasilda peça The Sound Inside, de Adam Rapp, O Som que Vem de Dentro está de volta aos palcos em curta temporada no Teatro Glauce Rocha, no Centro do Rio, de 08 de novembro a 14 de dezembro. Sob a direção de João Fonseca e tradução de Clara Carvalho, o espetáculo, aclamado mundialmente e sucesso na Broadway, traz aos palcos brasileiros uma trama de suspense intensa e cheia de nuances, uma imersão no universo de dois personagens que, mesmo distintos, se encontram na fragilidade humana diante da vida e da morte. As sessões em novembro acontecem de quinta a sábado, às 19h, e domingo, às 18h. Em dezembro, sexta e sábado, às 19h, e domingo, às 18h.
A história de O Som que Vem de Dentro gira em torno da relação de Bella Lee Baird, interpretada por Glaucia Rodrigues, uma professora de Literatura na Universidade de Yale que se vê diante de um câncer em estágio avançado, e Christopher Dunn, vivido por André Celant, um jovem escritor com um espírito inquieto e desajustado. A cada palavra, a cada gesto, a peça expõe as dores e as esperanças desses dois personagens em uma luta constante contra suas realidades. Ao mesmo tempo, ela revela o que há de mais profundo na existência humana: a busca por significado, por conexão e pela resposta a perguntas que, por vezes, não podem ser respondidas.
Bella é o reflexo da mulher moderna e empoderada, que abraça a vida à sua maneira, mesmo que isso signifique romper com padrões sociais estabelecidos. A personagem traz uma força vulnerável, uma mulher que escolhe uma vida que foge do tradicional “casamento e filhos”, mas que também é surpreendentemente tocada pelas adversidades que o destino lhe impõe. Já Christopher é o retrato de um jovem que, em sua obsessão literária – em especial por Crime e Castigo, de Dostoiévski – e seus traumas, se vê perdido em um mundo que não sabe como acolher sua autenticidade. Na opinião de Bella, trata-se de um prodígio. Enquanto ele compartilha com ela as páginas de seu próprio romance em andamento, os dois ficam mais próximos. Quando suas histórias (e ficções) começam a se fundir, o prazer de acompanhar essa história é irremediavelmente misturado com o medo do que pode acontecer a seguir.
– Em todos esses meus quase 30 anos de carreira, venho construindo sempre, seja no gênero de teatro que for, uma linguagem cênica focada essencialmente no jogo teatral, o palco como espaço para provocar a imaginação do espectador, onde ele participa desse jogo ativamente, potencializando ao máximo o trabalho do ator e o texto. Por isso, nada mais natural que meu encantamento com o texto de Adam Rapp, que possibilita uma encenação exatamente como venho buscando, onde quanto mais criatividade mais poderemos ampliar o alcance de suas palavras e adentrar por todos os lugares, criando uma literatura cênica viva e original – conta João Fonseca.









Sobre arte, vida e morte
A peça, em sua essência, é uma meditação sobre a vida e a morte, as escolhas que fazemos e as que nos são impostas. A trama coloca o câncer e a depressão no centro da discussão, mas vai além, abordando o suicídio e o vazio existencial de um mundo que muitas vezes parece ser implacável, e provocando o espectador a refletir sobre suas próprias angústias e medos. A literatura, que ocupa um lugar central na narrativa, é a âncora que mantém os personagens vivos, alimentando não apenas o intelecto dos personagens, mas também sua resistência frente aos seus desafios pessoais.
A partir do encontro dos dois personagens, o autor, através de um jogo teatral original, vai revelando as diversas camadas de assuntos tão delicados, como o sofrimento que a falta de perspectiva no tratamento de uma doença grave pode causar, assim como o sofrimento que o jovem passa num mundo tão difícil de se enquadrar. Tudo isso feito com uma carga de tensão e mistério que surpreendem o espectador do início ao fim.
O diretor ressalta que O Som que Vem de Dentro não é apenas uma peça sobre câncer ou suicídio. É uma reflexão sobre as questões universais da existência, da identidade e da necessidade humana de se conectar com o outro.
– A obra é também um grito de resistência, uma lembrança de que a arte, em todas as suas formas, tem o poder de nos transformar e de nos fazer confrontar as questões mais profundas e urgentes de nossa humanidade. E nos desafia, nos emociona e nos faz pensar sobre o que realmente significa viver – completa.

Sucesso na Broadway
The Sound Inside estreou em 2018 na Broadway, onde obteve sucesso
de público e crítica, com diversas indicações ao Tony Award, ganhando
o de Melhor Atriz para Mary-Louise Parker. Desde então, a peça já foi
montada em diversos países do mundo sempre com o mesmo êxito.
The New York Times: “Um mistério emocionante. Uma nova peça surpreendente.
90 minutos ininterruptos de tensão!”
Los Angeles Times: “Acessível e divertida, parece uma peça simples de dois personagens que conta uma história cativante. Mas o drama em si é uma série de
caixas de quebra-cabeças. Abra um e você encontrará outro – cada
um levando mais fundo no mistério da relação da arte com a realidade.”
Chicago Tribune: “Emocionante e Atordoante!”
Daily News: “Uma linda peça de teatro!”
O AUTOR
Um dos mais incensados autores americanos da atualidade, Adam Rapp (nascido em 15 de junho de 1968) é um romancista, dramaturgo, roteirista, músico e diretor de cinema. A sua peça O Inverno da Luz Vermelha foi finalista do Prêmio Pulitzer em 2006, e na montagem brasileira teve Marjorie Estiano como protagonista e direção de Monique Gardenberg. O seu último trabalho foi o texto de The Outsiders a new musical, que está em cartaz atualmente na Broadway e ganhou o Tony de melhor musical de 2024 com Adam sendo indicado como melhor autor de musical. A maioria das peças de Rapp apresenta elencos pequenos e são ambientadas em espaços pequenos. Muitos personagens das peças são americanos da classe trabalhadora. Ele combina humor com melancolia, preferindo temas sombrios.
– Quando você vê algo poderosamente representado no palco, isso o atinge num lugar único! Ver alguém a três metros e meio de você se apaixonar ou ser abusado. Há algo cru nessa experiência que você não obtém no cinema ou na TV – destaca Rapp.
JOÃO FONSECA
João Fonseca é diretor de teatro, cinema e televisão. Paulista de Santos, iniciou sua carreira como ator em São Paulo no Centro de Pesquisas teatrais de Antunes Filho. Em 1993 se muda para o Rio de Janeiro e estreia como diretor de teatro em 1997 na Cia Os Fodidos Privilegiados do grande Antônio Abujamra com “O Casamento”, de Nelson Rodrigues. Nos seus 25 anos de carreira tem em seu currículo mais de 70 espetáculos de todos os gêneros e diversas indicações / premiações como melhor diretor, entre os quais o Prêmio Shell, Prêmio Bibi Ferreira e Prêmio Cesgranrio.
Dirigiu alguns dos principais sucessos dos palcos e da TV no Brasil nos últimos anos, entre eles os musicais: “Tim Maia – Vale Tudo”, de Nelson Motta (2011) e “Cazuza – Pro Dia Nascer Feliz, o Musical”, de Aloísio de Abreu (2013); os espetáculos “Minha Mãe É Uma Peça”, de Paulo Gustavo (2006), que depois se tornou filme, e “Maria do Caritó”, de Newton Moreno (2010), com Lilia Cabral, que lhe deu seu segundo Prêmio Shell. Na televisão dirigiu oito temporadas de “Vai Que Cola”, programa de TV do canal Multishow, “A Vila”, e a segunda temporada de “Tem Que Suar”, no mesmo canal. Em 2020, fez sua estreia na direção de longa-metragens com “Não Vamos Pagar Nada”, com Samantha Schmutz e Edimilson Filho. Seus trabalhos mais recentes incluem um musical sobre Tom Jobim, um musical brasileiro de Rafael Primot intitulado “Kafka e a Boneca Viajante” além de uma série jovem para Netflix intitulada ” Sem Filtro”.
GLAUCIA RODRIGUES
Bacharel em artes cênicas pela UNIRIO, bailarina clássica formada pela Escola de Danças Maria Olenewa, Glaucia estreou no teatro em 1982 em Nelson Rodrigues: O Eterno Retorno, de Nelson Rodrigues, com direção de Antunes Filho, participando de festivais de Teatro em Londres e Berlim. Em 1982 atuou em Macunaíma, de Mário de Andrade, com direção de Antunes Filho, cumprindo uma excursão pela Europa, México e Ilhas Canárias, num total de nove países. Trabalhou ainda em montagens de, A Comédia dos Erros e O Mercador de Veneza, ambas de William Shakespeare com direção de Claudio Torres Gonzaga(1992/93), As Armas e O Homem de Chocolate de Bernard Shaw, com direção de Claudio Torres Gonzaga (1995) As Malandragens de Scapino de Molière com direção de João Bethencourt (1996), O Olho Azul da Falecida de Joe Orton com direção de Sidnei Cruz (1996), Chico Viola, musical escrito e dirigido por Luiz Artur Nunes, A Moratória de Mario de Andrade com direção de Sidnei Cruz(2001), O Avarento (2002),Tartufo, O Sedutor (2004) O Doente Imaginário (2005), As Preciosas Ridículas, (2006) e As Eruditas (2007) todas de Molière com direções de Jaqueline Laurence, João Bethencourt, Claudio Torres Gonzaga e Jose Henrique Moreira.
Em 2011, comemorando os 20 anos da Cia Limite 151 protagonizou a peça Thérèse Raquin, de Émile Zola, com direção de João Fonseca. Em 2012 participou das peças “Auto da Compadecida” de Ariano Suassuna, com direção de Sidnei Cruz e “O Olho Azul da Falecida” de Joe Orton, com direção de José Henrique Moreira e do musical “Vicente Celestino – A Voz Orgulho do Brasil” de Wagner Campos, com direção de Jacqueline Laurence. Em 2021 a Cia Limite 151 montou e filmou o espetáculo “Hybris” com adaptação e direção de Wagner Campos. Estreou na televisão em 1990 na novela Pantanal, da TV Manchete. Seguiram-se papéis nas novelas Amazônia (1991), História de Amor (1995), e em episódios dos seriados Você Decide (1998), Carga Pesada (2004) e Insensato Coração (2011). Seu primeiro papel no cinema foi em 2002, no longa-metragem Meteoro, de Diego de La Texera. Em 2007 atuou no longa-metragem de Silvio Gonçalves, Sem Controle, com direção de Cris D’Amato. Em 2010 participou do longa-metragem Chico Xavier, com direção de Daniel Filho. Em 2014 dirigiu a peça “Fazendo História” de Alan Bennett, em 2015 a comédia “Tem um Psicanalista na nossa cama” de João Bethencourt e em 2022 a comédia “Gays, Modos de Amar” de Flávio Braga.
Foi indicada aos prêmios: Prêmio Shell 2008 como atriz em “O Santo e A Porca”, de Ariano Suassuna com direção de João Fonseca; Prêmio Mambembe/1997 como atriz coadjuvante em “O Herói do Mundo Ocidental”, de John Singe com direção de Jose Renato Pécora; Prêmio Cultura Inglesa/1996 como melhor atriz em “O Olho Azul da Falecida”; Prêmio Cultura Inglesa/1995 como melhor atriz em “As Armas e o Homem de Chocolate”.
ANDRÉ CELANT
Ator formado em Atuação Cênica pela UNIRIO, André Celant atualmente está em cartaz com “A Comunidade do Arco-Íris”, de Caio F. Abreu, sob direção de Suzana Saldanha e Gilberto Gawronski. Dentre outros trabalhos, integrou o elenco de “Alzira Power”, de Antônio Bivar, com direção de João Fonseca; “Sangue Como Groselha”, dirigido por Ricardo Santos; “Gabriela – o Musical” e “Evoé – o Musical”, ambos dirigidos por João Fonseca e Nello Marrese. Participou do festival Dança em Trânsito com o espetáculo “Quase”, direção de Vanessa Garcia. Integrou o elenco da peça “Othello, O Mouro de Veneza”, de William Shakespeare, com direção de Carlos Fracho. Faz parte do coletivo Prática de Montação, onde atuou no espetáculo “Cabeça de Porco”. Como Assistente de direção, participou do projeto “Grau Zero”, texto de Diogo Liberano e direção de Marcéu Pierrot; “Ensaio Sobre a Perda”, texto de Herton Gustavo Gratto e direção de João Fonseca; e “A Pedra Escura”, texto de Alberto Conejero e direção de João Fonseca.
– É um privilégio dar vida a um personagem tão complexo e desafiador. Christopher é um gênio incompreendido, solitário, fora dos padrões do nosso tempo, alguém que rejeita as redes sociais e prefere escrever com caneta tinteiro. E é na professora Bella Baird que ele finalmente encontra uma pessoa que o enxerga de verdade, alguém tão “fora do lugar” quanto ele. Mergulhar nesse universo, ao lado de Glaucia Rodrigues, tem sido uma experiência intensa e transformadora – revela André Celant.
CIA LIMITE 151
A Cia. Limite 151 foi fundada em 1991 pelo diretor Marcelo de Barreto, pelo músico Wagner Campos e pelos atores Cris D’Amato, Gláucia Rodrigues e Edmundo Lippi. Desde então, seus integrantes buscaram construir um repertório o mais diversificado possível, sempre tendo como critério a escolha de textos que lhes possibilitassem, sobretudo, o prazer de estar em cena. Assim é que, em seus 34 anos de atividade ininterrupta, o grupo encenou 21 espetáculos: “Os Sete Gatinhos”, de Nelson Rodrigues; “A Comédia dos Erros” e “O Mercador de Veneza”, de William Shakespeare; “À Margem da Vida”, de Tennesse Willians; “Dom Quixote de La Mancha”, de Miguel de Cervantes; “Frankenstein”, de Mary Shelley; “O Olho Azul da Falecida”, de Joe Orton; “Os Contos de Canterbury”, de Geoffrey Chaucer; “A Moratória”, de Jorge Andrade; “O Santo e a Porca”, “Auto da Compadecida” e “O Casamento Suspeitoso” de Ariano Suassuna; “As Malandragens de Scapino”, “O Avarento”, “Tartufo – o Impostor”, “As Preciosas Ridículas”, “O Doente Imaginário” e “As Eruditas”, de Molière; “Vicente Celestino – A Voz Orgulho do Brasil”, de Wagner Campos; “Thérèse Raquin”, de Émile Zola e “Vaidades & Tolices” de Anton Tchekhov.
FICHA TÉCNICA:
Texto: Adam Rapp
Tradução: Clara Carvalho
Direção: João Fonseca
Elenco: Glaucia Rodrigues e André Celant
Cenário e Adereços: Nello Marrese
Figurino: Marieta Spada
Iluminação: Daniela Sanchez
Assessoria de Imprensa: Carlos Pinho
Produção Executiva: Valéria Meirelles
Direção de Produção: Edmundo Lippi
Realização: João Fonseca e Cia Limite 151
Produção: L. W. Produções Artísticas Ltda.
SERVIÇO:
“O Som que Vem de Dentro”
Local: Teatro Glauce Rocha – Avenida Rio Branco, 179, Centro, Rio de Janeiro – RJ
Temporada: de 08/11 a 14/12
NOVEMBRO: Quintas, sextas e sábados, às 19h; e domingos, às 18h
DEZEMBRO: Sextas e sábados, às 19h; e domingos, às 18h
Ingressos: R$ 30 (meia-entrada) e R$ 60 (inteira), vendas pelo site https://www.sympla.com.br/evento/o-som-que-vem-de-dentro/3178569
Duração: 80 minutos
Classificação: 14 anos
Rede social: https://www.instagram.com/osomquevemdedentro/
Cultura
Teatro Fashion Mall recebe a Orquestra Brasileira de Sapateado com o espetáculo “Pés, Bolas, Sons e Algo Mais”
Sob a direção de Amália Machado, Stella Antunes e Tim Rescala, apresentação une dança, música e brasilidades e terá apenas três sessões nos dias 07, 08 e 09 de novembro, sexta e sábado, às 21h, e domingo, às 19h
Com 35 anos de existência, a Orquestra Brasileira de Sapateado (OBS) criou mais de 15 espetáculos. Essencialmente inovadores, fizeram com que o sapateado dialogasse com a música, o teatro, o humor, a brasilidade e a tecnologia, abrindo portas e apontando novos caminhos. Essa importante trajetória será celebrada no palco do Teatro Fashion Mall, em São Conrado, no seu mais novo show, “Pés, Bolas, Sons e Algo Mais”, em apenas três apresentações nos dias 07, 08 e 09 de novembro, sexta e sábado, às 21h, e domingo, às 19h.
Sendo o único grupo com este perfil no país, a OBS apresenta agora uma releitura de suas produções. Ao mesmo tempo em que apresenta novas criações, está sempre mirando o futuro, reverência e se alimenta do passado. Incorporando também novos intérpretes, este espetáculo avança na pesquisa de linguagem que sempre marcou sua trajetória. A partir de seu vasto repertório, a OBS apresenta aqui novos formatos de encenação e novas sonoridades.
Como sempre foi característico do grupo, a música é ao vivo, nesse caso formado por um grupo de três músicos que se unem a oito sapateadores, como dois naipes de uma orquestra.
O roteiro priorizou os números mais emblemáticos, não só pela inovação que trouxeram, mas também pelo encantamento que causaram no público. A nova leitura desses números, os renovam, permitindo também a descoberta e caminhos estéticos inusitados.
ROTEIRO:
Tap dance é uma homenagem ao sapateado, reverenciando suas principais figuras ao contar a história do gênero. Ao logo de 12 minutos frenéticos, 8 sapateadores se revezam em vários personagens. Cantam e dançam, mostrando a evolução da linguagem do tap ao longo de várias décadas. Coreografia: Bruna Miragaia.
Concerto para Tap, que tem também uma versão para sapato midi, é de fato uma peça de concerto, onde o solista é um sapateador, acompanhado por uma orquestra de músicos e sapateadores. De certa forma, é uma fotografia do que a OBS sempre foi. Coreografia: Amália Machado e Stella Antunes. Adaptação coreográfica: Alexei Henriques.
Tap Toys é uma brincadeira onde músicos e sapateadores brincam de fazer sons com seus pés, seus brinquedos e seus instrumentos. Coreografia original: Stella Antunes. Adaptação coreográfica: Alexei Henriques e Sarah Santos.
Pés e Bolas é uma ode a esse objeto circular, presente em tantos esportes, e que exerce um eterno fascínio no ser humano. O diálogo do sapateado com variados esportes que utilizam a bola foi um experimento que deu certo, gerando uma movimentação cênica original. Coreografia original: Amália Machado. Adaptação coreográfica: Alexei Henriques e Sarah Santos.
The Jazz, um turbilhão de ritmo e energia. Sapateado explosivo dá vida ao espírito vibrante do jazz, em um número pulsante, que celebra liberdade e movimento. Uma atmosfera que cria um diálogo intenso entre som e corpo. Coreografia: Amália Machado
Musical americano é um duo musical, onde um par de sapatos, no lugar de ser calçado, é tocado com as mãos por um percussionista, como se fosse um instrumento, enquanto um sapateador toca um violino e se desafiam musicalmente numa inversão de papeis. Violino de Alexei Henriques. Sapateado com Tiago Calderano.
Gafieira, onde todo o elenco está em cena, alia o sapateado à dança de salão, presente em diversos gêneros, contando uma pequena história dentro desse espaço tão musical e brasileiro. A coreografia original é de Stella Antunes e Sueli Guerra. A adaptação coreográfica é de Alvaro Reys e Luciana Petsold.
Dublagem, um sapateador e um baterista exploram as possibilidades sonoras e expressivas do ato de dublar. Um intérprete dubla o som produzido pelo outro, simulando também o movimento que este produz ao gerá-lo. A coreografia é de Luciana Petsold.
Passinho, mostra a evolução de um gênero presente no cenário brasileiro, e como este pode se transformar e gerar um outro. A coreografia é de Luciana Petsold.
Funk, parte deste gênero musical tão carioca conta uma história de um confronto, como se fosse um West Side Story na Zona Norte do Rio. A coreografia original é de Stella Antunes e Sueli Guerra. A adaptação coreográfica é de Sarah Santos.
Step-okê, um dos maiores sucessos do grupo, é uma homenagem a grandes intérpretes e a grandes momentos que marcaram a história do sapateado. Enquanto um karaokê desafia os cantores, o step-okê desafia os sapateadores em cenas antológicas.
Black-out é uma mini canção, uma pequena cena de passagem que louva, justamente, a capacidade que este recurso tem na elaboração de um roteiro.
Tapnologia, que encerra o espetáculo,aponta o futuro do sapateado, sinalizando como este gênero ainda pode e deve evoluir, sobretudo se aliado à tecnologia. A coreografia é de Luciana Petsold.








Enfim, Pés, bolas, sons e algo mais traz a Orquestra Brasileira de Sapateado renovada, num momento especial, conciliando tradição e inovação e consolidando seu papel como uma orquestra original e coesa.
ELENCO:
Sapateadores: Alexei Henriques; Alvaro Reys; Bea Belo; Fernando Sgarbi; Luana Frizzera; Luciana Petsold; Maria Luiza Cavalcanti e Sarah Santos,
Músicos:
Baixo: Dôdo Ferreira
Teclado: Tibor Fittel
Bateria e Percussão: Tiago Calderano
FICHA TÉCNICA:
Roteiro, Direção Geral e de Coreografias: Amália Machado e Stella Antunes
Roteiro, Músicas Originais, Direção Geral e Musical: Tim Rescala
Coreógrafos do repertório original: Amália Machado; Bruna Miragaia; Luciana Petsold; Stella Antunes e Sueli Guerra
Coreógrafos das atualizações: Alexei Henriques; Alvaro Reys; Luciana Petsold e Sarah Santos
Assistente de Direção: Paula Ward
Ensaiadores e Assistentes de Coreografias: Alexei Henriques; Paula Ward e Sarah Santos
Consultoria Esportiva em Pés e Bolas: Eric Ward
Preparação Vocal: Camila Marlieri
Dramaturgia: Stella Maria Rodrigues
Guitarra gravada em Tapnologia e Passinho: Fabio Adour
Figurinista e Aderecista: Mauro Leite
Iluminador: Rodrigo Bezerra de Mello
Projeção Cenográfica e Animação: Rico Vilarouca e Renato Vilarouca
Programação Visual: Will O Grão
Assessoria de Imprensa: Carlos Pinho
Direção de Produção e Administração: Filomena Mancuzo
Produção Executiva: Márcia Andrade
Produção da OBS: Stella Antunes
Produção Executiva OBS: Cristina Leccioli e Paula Ward
Operador de som: Daniel Duarte
Operador de vídeo: Edmar da Rocha
Microfonista: David Alves
Camareira: Alessandra Dorneles
Realização: Orquestra Brasileira De Sapateado
SERVIÇO:
Local: Teatro Fashion Mall – Sala Rosamaria Murtinho – Estrada da Gávea, 899, São Conrado, Rio de Janeiro – RJ
Sessões: 07, 08 e 09 de novembro, sexta e sábado, às 21h, e domingo, às 19h
Ingressos: R$ 100 (inteira) e R$ 50 (meia-entrada), ingressos no local e no site https://bileto.sympla.com.br/event/110669/d/338395/s/2299322
Classificação etária: livre
Duração: 90 minutos
Informações: (21) 998578677
Site: https://www.obs-sapateado.com.br/site/
Rede social: https://www.instagram.com/obs_sapateado/
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