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Brasileiros sacam R$ 318,37 milhões em valores a receber em junho

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© José Cruz/Agência Brasil/Arquivo
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Os brasileiros sacaram, em junho deste ano, R$ 318,37 milhões em valores esquecidos no sistema financeiro, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira (12), em Brasília, pelo Banco Central (BC). No total, o Sistema de Valores a Receber (SVR) já devolveu R$ 11 bilhões a clientes bancários, mas ainda há R$ 10,6 bilhões disponíveis para saque.

O SVR é um serviço do BC no qual o cidadão pode consultar se ele próprio, sua empresa ou pessoa falecida tem dinheiro esquecido em algum banco, consórcio ou outra instituição.

Caso o resultado seja positivo, é possível solicitar a devolução. O serviço do BC é totalmente gratuito. Para a consulta, não é preciso fazer login ─ basta informar o Cadastro de Pessoa Física (CPF) e data de nascimento do cidadão ou o Cadastro de Pessoa Jurídica (CNPJ) e a data de abertura da empresa, inclusive para empresas encerradas.

Já para o resgate dos valores, há a necessidade da conta Gov.Br – nos níveis prata ou ouro e com verificação em duas etapas habilitada.

O dinheiro pode ser resgatado de duas formas: a primeira é entrar diretamente em contato com a instituição responsável pelo valor e solicitar o recebimento; a segunda é fazer a solicitação pelo Sistema de Valores a Receber. Em maio, o Banco Central inaugurou uma nova funcionalidade no sistema: a solicitação automática de resgate de valores.  Com ela, o cidadão não precisará consultar o sistema periodicamente nem registrar manualmente a solicitação de cada valor que existe em seu nome.

Caso seja disponibilizado algum recurso por instituições financeiras, o crédito será feito diretamente na conta do cidadão. A solicitação automática de resgate é exclusiva para pessoas físicas e está disponível apenas para quem possui chave Pix do tipo CPF. A adesão ao serviço é facultativa.

Recursos que podem ser recuperados pelo SVR

– Valores disponíveis em contas-correntes ou poupanças encerradas;

– Cotas de capital e rateio de sobras líquidas de ex-participantes de cooperativas de crédito;

– Recursos não procurados de grupos de consórcio encerrados;

– Tarifas cobradas indevidamente;

– Parcelas ou despesas de operações de crédito cobradas indevidamente;

– Contas de pagamento pré ou pós-paga encerradas;

– Contas de registro mantidas por corretoras e distribuidoras encerradas;

– E outros recursos disponíveis nas instituições para devolução.

Beneficiários

As estatísticas do SVR são divulgadas pelo BC com dois meses de defasagem, com a atualização de novas fontes de valores esquecidos no sistema financeiro.

Em relação ao número de beneficiários, até o fim de junho, 31.813.580 correntistas haviam resgatado valores, sendo 28.885.864 pessoas físicas e 2.927.716 pessoas jurídicas.

Por outro lado, 52.623.092 de beneficiários ainda não sacaram seus recursos. Destes, 48.191.397 são pessoas físicas e 4.431.695 pessoas jurídicas.

A maior parte das pessoas e empresas sem fazer o saque têm direito a pequenas quantias. Os valores a receber de até R$ 10 concentram 64,59% dos beneficiários. Os valores entre R$ 10,01 e R$ 100 correspondem a 23,97% dos correntistas. As quantias entre R$ 100,01 e R$ 1 mil representam 9,67% dos clientes. Só 1,76% tem direito a receber mais de R$ 1 mil.

Golpes

O Banco Central alerta os correntistas a ter cuidado com golpes de estelionatários que alegam fazer a intermediação para supostos resgates de valores esquecidos. O BC ressalta que todos os serviços do Sistema de Valores a Receber são totalmente gratuitos, e que não envia links, nem entra em contato para tratar sobre valores a receber ou para confirmar dados pessoais.

O Banco Central também esclarece que apenas a instituição financeira que aparece na consulta do SVR pode contatar o cidadão. O banco também pede que nenhuma pessoa forneça senhas e esclarece que ninguém está autorizado a fazer esse tipo de pedido. 

 

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