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Brasil: Nunca Mais – Lançamento oficial de livro publicado há 40 anos acontece dia 12 de julho

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Foto: Jairo Lavia -
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O Memorial da Resistência de São Paulo, museu da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, junto a Editora Vozes, realiza no dia 12 de julho, sábado, a partir das 14h, o evento “Brasil: Nunca Mais — 40 Anos”, em celebração às quatro décadas da publicação da obra que se tornou referência na luta pelos direitos humanos no Brasil.
 
Empreendido entre 1979 e 1985, o projeto Brasil: Nunca Mais é a mais ampla pesquisa já realizada pela sociedade civil sobre a tortura no Brasil durante a Ditadura Civil-Militar (1964–1985), o projeto foi conduzido sob sigilo por advogados, jornalistas e defensores de direitos humanos, que acessaram legalmente os arquivos do Superior Tribunal Militar (STM) e fez cópias de mais de 700 mil páginas de processos, nos quais vítimas e testemunhas relataram torturas, prisões arbitrárias e outros crimes cometidos por agentes do Estado. Toda a operação fora organizada por Organizado por Dom Paulo Evaristo Arns, o jurista Hélio Bicudo e o pastor Jaime Wright.
 
Com base nesse vasto material documental, o livro revelou ao público nacional e internacional a dimensão das violações sistemáticas dos direitos humanos no Brasil, se tornando um marco na redemocratização e na construção de políticas de memória e justiça. 
 
A publicação teve repercussão imediata: Brasil: Nunca Mais ficou 92 semanas na lista dos livros mais vendidos de não ficção no Brasil quando foi lançado, além de ter sido publicado simultaneamente no exterior como estratégia de proteção e visibilidade. A iniciativa inspirou projetos semelhantes em outros países da América Latina e ajudou a consolidar o debate sobre verdade, reparação e justiça de transição. 
 
Curiosidades sobre o projeto:
  • O trabalho foi realizado em sigilo absoluto e recebeu o codinome de “Projeto A”.
  • Os documentos copiados foram enviados para fora do Brasil e microfilmados nos Estados Unidos, para garantir sua segurança.
  • A produção contou com o apoio logístico da Arquidiocese de São Paulo, tornando-se um raro caso de cooperação entre igrejas cristãs e movimentos de direitos humanos durante a ditadura.
  • A sistematização dos dados resultou em um dos primeiros grandes bancos de dados sobre violações de direitos humanos na América Latina.
Quarenta anos depois, o primeiro lançamento público do livro acontece no Memorial da Resistência, que atualmente abriga a exposição temporária Uma Vertigem Visionária — Brasil: Nunca Mais, em cartaz até março de 2026.
 
A programação do evento inicia-se com uma visita mediada pelo curador da exposição, Diego Matos, seguida de uma mesa com convidados que participaram da redação e coordenação editorial do livro, com mediação do jornalista Camilo Vannuchi, que também apresentará seu novo podcast sobre a memória do projeto Brasil: Nunca Mais. O encerramento terá venda da edição comemorativa da obra (43ª edição) pela Editora Vozes, coquetel de confraternização e sessão de autógrafos do livro.
 
PROGRAMAÇÃO
Espaço expositivo — 3º andar
14h00 | Visita mediada à exposição temporária Uma Vertigem Visionária — Brasil: Nunca Mais, com o curador Diego Matos
(Vagas limitadas)
  
Auditório — 5º andar
15h00 | Brasil: Nunca Mais — 40 Anos
Lançamento da obra Brasil: Nunca Mais com mesa de debate com participantes da produção e processo editorial do livro.
Abertura
Ana Pato (Diretora Técnica do Memorial da Resistência de São Paulo)
Thiago Alexandre Haykawa (diretor da Editora Vozes)

Mesa com profissionais envolvidos do Brasil: Nunca Mais

Com a participação de Paulo Vannuchi, jornalista e cientista político; Ricardo Kotscho, jornalista e escritor; e Frei Betto, frade dominicano e escritor — ambos diretamente envolvidos na elaboração do projeto original. A mediação será conduzida pelo jornalista e escritor Camilo Vannuchi.

16h30 | Coquetel e sessão de autógrafos
Sobre o Memorial da Resistência
O Memorial da Resistência de São Paulo é um museu de história dedicado à memória política das resistências e da luta pela democracia no Brasil, que tem como missão a valorização da cidadania, da pesquisa e da educação a partir de uma perspectiva plural e diversa sobre o passado, o presente e o futuro.   
Aberto ao público em 2009, o museu é um lugar de memória dedicado a preservar a história do prédio onde operou entre 1939 e 1983 o Departamento Estadual de Ordem Política e Social (Deops/SP), uma das polícias políticas mais truculentas da história do país.    
Por meio de exposições temáticas de grande impacto social, ações educativas, atividades para pessoas com deficiência e programações culturais gratuitas, o museu se consolidou como referência em Educação em Direitos Humanos, promovendo o pensamento crítico e desenvolvendo atividades sobre Direitos Humanos, Repressão, Resistência e Patrimônio.
Serviço
Para mais informações, por favor, entre em contato: juliana@jacarandaagencia.com.br
(11) 91134-7209
 
Memorial da Resistência de São PauloLargo General Osório, 66 – Santa Efigênia
São Paulo – SP

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