O Brasil ocupa atualmente o 6º lugar no ranking global de países com maior saída de milionários. Em 2025, estima-se que cerca de 1.200 indivíduos com patrimônio acima de US$ 1 milhão deixarão o país — movimento que reflete uma tendência crescente de brasileiros de alta renda em busca de estabilidade econômica, segurança e melhores oportunidades de negócios.
Entre os principais destinos dessa “elite financeira”, a Flórida, nos Estados Unidos, lidera com folga. O estado americano, conhecido pelo clima favorável, baixa tributação e ampla comunidade brasileira, tem atraído fortemente empresários, investidores e famílias de alto poder aquisitivo.
“A Flórida reúne elementos que vão além do benefício fiscal: ela se consolidou como um verdadeiro hub de proteção patrimonial e expansão de negócios. Para quem busca previsibilidade jurídica, qualidade de vida e acesso a uma economia forte, a escolha se torna quase óbvia — especialmente quando aliamos isso a uma estrutura educacional sólida e uma comunidade brasileira já bem estabelecida”, afirma Dr. Vinicius Bicalho, advogado especialista em imigração americana e membro da American Immigration Lawyers Association (AILA).
Além do cenário fiscal, a crescente percepção de insegurança pública e instabilidade política no Brasil tem impulsionado esse fluxo. Muitos desses milionários optam por estruturar negócios nos Estados Unidos, abrindo filiais, adquirindo franquias ou investindo em imóveis para garantir residência legal e diversificação de ativos.
“Os perfis variam entre empresários, médicos, executivos do mercado financeiro e famílias que desejam garantir um futuro mais estável para seus filhos. A principal motivação é a busca por previsibilidade — seja jurídica, econômica ou até mesmo social”, explica Bicalho.
De forma geral, os países que mais perdem milionários são, em geral, os que enfrentam desafios institucionais, instabilidade ou aumento de tributos sobre grandes fortunas. Por outro lado, os EUA, especialmente estados como Flórida, Texas e Califórnia, figuram entre os maiores receptores de riqueza global.