A atriz Bianca Palheiras está de volta às telas em mais uma superprodução bíblica da Record. Em “Paulo, o Apóstolo”, que estreia em breve na TV aberta, ela interpreta Berenice, uma mulher enigmática, marcada por silêncios, conflitos e uma intensidade que promete provocar reflexão no público. A personagem ainda não apareceu nos primeiros episódios, mas já desperta expectativa nos bastidores da trama — e a atriz celebra a oportunidade de mergulhar em um papel tão denso e humano.
— A Berenice é uma mulher complexa, marcada por tensões internas e por uma carga emocional muito forte. Ela não é perfeita, nem heróica. É real, com erros e escolhas difíceis. E isso é o que a torna ainda mais interessante. Ela desafia as expectativas e levanta questões importantes — conta Bianca, em entrevista à Tribuna da Imprensa.
Apesar do contexto bíblico da trama — com narrativas grandiosas e uma ambientação fortemente masculina —, a presença de Berenice traz para o centro do debate questões femininas que atravessam séculos.
— Quando entendi os dilemas dela — a busca por identidade, o desejo de pertencimento, a luta entre o que sente e o que pode mostrar — percebi que ela também falava de mim. A humanidade da Berenice é algo que me tocou profundamente — revela a atriz.
Essa não é a primeira vez que Bianca Palheiras atua em uma obra bíblica. A experiência com esse tipo de narrativa, segundo ela, vai além do profissional.
— É impossível passar por uma produção dessas sem ser tocada de alguma forma. Por mais que sejam histórias de milhares de anos atrás, os dilemas continuam muito presentes. Como atriz, esse universo me transforma. Como pessoa, me faz olhar para dentro, repensar escolhas, fortalecer minha fé — diz.
“O silêncio dela me ensinou muito”
Um dos maiores desafios para a atriz foi dar corpo a uma mulher que sente mais do que fala.
— Eu sou muito falante (risos), às vezes falo até antes de pensar. Mas a Berenice me ensinou a valorizar o silêncio. A entender que o não dito também tem força. E isso está me transformando, inclusive fora de cena. Tenho aprendido a pausar mais, a escutar mais e a sentir antes de responder — confessa Bianca.
A expectativa agora é pela estreia da série na TV aberta, o que deve ampliar o alcance da trama e aproximar ainda mais o público dessa mulher que foge dos estereótipos.
— Acho que, no início, pode haver estranhamento. A Berenice carrega conflitos delicados, e o público pode julgar. Mas ela também convida à reflexão. Ela fala sobre nós, sobre os nossos dilemas e silêncios. Espero que as pessoas consigam enxergar essa humanidade e se reconheçam nela — conclui.
Com uma atuação entregue e cheia de nuances, Bianca Palheiras promete emocionar e provocar com sua Berenice — uma mulher silenciosa, mas com muito a dizer.
