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Beto Pandiani, Igor Bely e Tocha Filmes convidam para a pré-estreia do documentário Rota Polar

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Beto Pandiani, Igor Bely e Tocha Filmes convidam para a pré-estreia do documentário Rota Polar
Foto: Divulgação
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A travessia da Passagem Noroeste na era das mudanças climáticas

Para conhecer ele de perto, velejar e ouvir as histórias contadas por Beto Pandiani, acesse as suas mídia sociais para mais informações.

O catamarã usado na travessia chegou ao Brasil.

Beto Pandiani, Igor Bely e Tocha Filmes convidam para a pré-estreia do documentário Rota Polar – A travessia da Passagem Noroeste na era das mudanças climáticas, na 50ª Semana Internacional de Vela de Ilhabela. Serão duas apresentações: dias 24 e 26 de julho, às 19h30, na Race Village, com entrada gratuita. Com 90 minutos, a produção é assinada pela Tocha Filmes, com imagens de Alexandre Socci e Al Andrich, roteiro de Gui Stockler e trilha sonora de Camilo Carrara. A direção é de Beto Pandiani e Sylvio Rocha.

O documentário acompanha o dia a dia do velejador e de Igor Bely, seu companheiro de viagem em barco sem motor, pela icônica passagem noroeste, realizada entre junho e setembro de 2022.  

A experiência de velejar em um barco aberto, como o Igloo

Não podemos esconder a alegria e o alívio de chegarmos em Artic Bay no dia 3 de setembro de 2022. A chegada é sempre o ápice de qualquer viagem, pois ela expressa o êxito de todo planejamento, dos anos solitários na captação dos recursos, na escolha da equipe, na concepção do barco e confirma que a escolha do roteiro não era um equívoco.

Alívio porque viajar de forma tão despojada em uma região deserta e inóspita como o Ártico, traz muitos riscos. Durante os anos de preparação ficamos muitas vezes sem respostas para muitas situações. Sabendo disso temos consciência que vamos descobrir as soluções apenas quando estivermos navegando.

Foi a única das oito viagens que participei que não sabíamos o lugar da chegada pelo fato do mar no verão do Ártico degelar de forma imprevisível. Isso nos acarretou muita dúvida em relação ao êxito do projeto.

Foram quase dois meses viajando por águas gélidas, paisagem minimalista, vida animal muito abundante, e clima imprevisível. Os ventos no verão em geral são fracos, mas escolhemos um ano atípico, onde tivemos muita dificuldade na navegação.

O resultado destas dificuldades é de um documentário muito emocionante, com paisagens emocionantes, e encontros com animais marinhos surpreendentes.

O Igor Bely e eu terminamos a nossa terceira viagem juntos, e novamente a nossa parceria funcionou perfeitamente. Para um futuro próximo continuamos animados com uma nova e longa viagem”.

Beto Pandiani

Fechada pelo gelo nos últimos séculos, a Calota Polar vem recuando, intensificando o tráfego marítimo e movimentando também o tabuleiro das potências que tem seu litoral banhado pelo Oceano Ártico e acelerando disputas geopolíticas. Quais serão as consequências? Será um fenômeno cíclico ou tem relação com a emissão de combustíveis fósseis? Como, e se, podemos mitigar este fenômeno? 

O documentário faz uma reflexão sobre as mudanças climáticas, mostrando imagens que mesclam o degelo com paisagens deslumbrantes, de uma natureza ainda intocada, além de entrevistas com cientistas ligados a pesquisas no Hemisfério Norte como biólogos, meteorologistas, glaciologistas e historiadores.

O velejador Beto Pandiani, após 7 expedições e mais de 80 mil km em travessias oceânicas, lançou o Projeto Rota Polar em março de 2022 com uma velejada história pelo Rio Pinheiros, em São Paulo.

A travessia foi o ponto de partida para uma série de atividades voltadas à educação e ao meio ambiente, elaboração de artigos e publicação de um livro que retratarão o impacto ambiental, social, econômico e cultural do rápido degelo do Ártico, além do documentário que será lançado oficialmente em agosto, em São Paulo. 

Experiência no Igloo

“Dos 300 barcos que até hoje realizaram a travessia pela Rota Polar apenas 4 não tinham motor, e o Igloo foi um deles”, fala Beto Pandiani, sobre o catamarã, batizado com este nome antes do início da travessia. Isso mostra a importância da preparação que envolveu pioneirismo, tecnologia, sustentabilidade, educação, pesquisa, inovação e gestão de riscos. De diferente, o pequeno catamarã teve como complemento um sistema de pedal a fim de criar outra forma de propulsão além do vento para ultrapassar o gelo. 

 “Amarramos o Igloo no pier de Cambridge Bay,

no norte do Canadá. Que chegada suada. Hoje eu posso afirmar que o maior desafio desta viagem não é o frio, talvez nem o gelo. Eu avalio que navegar em

 um barco sem motor seja o grande desafio”.

Beto Pandiani

Para viver a experiência de velejar com o Igloo e ouvir as histórias da travessia contadas pelo próprio Beto, basta entrar em contato direto com o velejador, através de suas redes sociais. “Estou pensando em como reproduzir o frio”, brinca Beto Pandiani.

Sobre Beto Pandiani

Nascido em Santos, tem 65 anos e veleja há 40. Empresário na área de entretenimento, e ex-sócio de restaurantes e bares paulistanos (AEROANTA, Singapore Sling, Olivia, Mr. Fish, Clube Base, Lounge e U Turn) Beto Pandiani começou a levar mais a sério o seu hobby – a vela – a partir de 1983. Em 1989 conquistou o título de campeão norte-americano de Hobiecat 16, em Chicago, Estados Unidos. Com o passar do tempo, começou a viver um dilema, pois não queria mais trabalhar na noite.

 Foi em 1993, quando que ele decidiu trocar de profissão. E assim, em 1994, aconteceu sua primeira e mais longa expedição, “Entre Trópicos”, de Miami (USA) a Ilhabela (Brasil), que durou 289 dias e levou quatro velejadores em dois catamarans sem cabine de 21 pés. 

 Em 2000, Beto Pandiani partiu para sua segunda longa expedição, a “Rota Austral”, novamente em dois Hobiecat de 21 pés.

A “Rota Austral” começou em Puerto Montt, no Chile, contornando toda a costa sul do continente sul-americano, cruzando o Cabo Horn – ponto alto da expedição – Então seguiram viagem por mais quatro meses ao longo da costa argentina e de toda a região sul do Brasil, até atingir o destino final, a Baía da Guanabara, no Rio de Janeiro, em abril de 2001.

 A “Travessia do Drake”, realizada em 2003, foi a terceira expedição de Beto Pandiani. Os velejadores partiram de Ushuaia e cruzaram a passagem entre a América do Sul e a Antártica, conhecida por ter no fundo de suas águas mais de 80 embarcações naufragadas. A expedição durou 45 dias e com ela Beto Pandiani e Duncan Ross os primeiros velejadores a chegar à Península Antártica em um barco sem cabine.

Após as expedições, Beto encarou a regata “Atlantic 1.000”, em 2004. A regata é conhecida por ser a mais longa e difícil do mundo para catamarans sem cabine. Ela percorre mil milhas da costa americana, indo da Flórida até a Carolina do Norte. Depois de 12 dias na água, Beto e Duncan conquistaram o segundo lugar.

 Na “Rota Boreal”, em 2005, Beto Pandiani passou três meses velejando de Nova York até Sisimiut, na Groenlândia. Nesta viagem, os velejadores contaram com o apoio de um motor home que os acompanhou por terra de Nova York até o final das estradas no norte canadense. A partir do Labrador, na costa do Canadá, a dupla teve a companhia do Kotic II, barco capitaneado pelo Oleg Bely, pai de Igor Bely, companheiro de Pandiani na “Travessia do Pacífico”. O apoio foi necessário porque na região polar as condições climáticas não são só instáveis como violentas.

Os relatos da viagem escritos por Pandiani e os registros fotográficos da rota, realizados por Maristela Colucci, foram reunidos no livro “Rota Boreal, Expedição ao Círculo Polar Ártico”.

A maior de todas as viagens foi realizada entre 2007 e 2008. Juntamente com Igor Bely, Beto atravessou o Oceano Pacífico partindo do Chile e chegando a Austrália. Foram meses de viagem contando as paradas e após 17.000 quilômetros navegados em um barco sem cabine foram os primeiros velejadores do mundo a cruzar o Pacífico Sul em um barco aberto e pequeno.

No ano de 2013, Beto e Igor voltaram ao mar e cruzaram o Oceano Atlântico partindo de Capetown e chegando a Ilhabela sem escalas. Foi a primeira viagem sem terra no caminho e para isso velejaram 37 dias.

Vale lembrar que todas as viagens foram inéditas e únicas.

 As outras viagens também originaram os livros “Rota Austral” e “Travessia do Drake”, “Rota Boreal” e “Entre Trópicos”, além do DVD duplo “Travessia do Pacífico”.

Ao final destas sete viagens, Beto Pandiani tornou-se o primeiro velejador a conectar a Antártica ao Ártico num pequeno barco sem cabine. Como ele mesmo gosta de frisar, o feito foi absolutamente coletivo: Beto cerca-se sempre de excelentes profissionais, sejam seus companheiros nas velejadas (Marcus Sulzbacher, Gui Von Schmidt, Santiago Iza, Felipe Tommazzi, Duncan Ross, Felipe Whitaker e Igor Bely), sejam os companheiros das equipes de apoio e documentação, que fazem as expedições do brasileiro se transformar em produtos (coffee-table books e DVDs) de altíssima qualidade.

 Em julho/2009 foi lançado o livro de histórias O mar é minha terra, obra que tem como fio condutor o diário de bordo da Travessia do Pacífico – sua viagem mais recente e também a mais longa delas – na qual o velejador Beto Pandiani relembra passagens imperdíveis de suas cinco jornadas anteriores e recupera boa parte de sua trajetória pessoal, passando por momentos de sua infância, juventude e maturidade.

 A experiência adquirida por Beto ao longo de todas estas expedições transformou-o em um palestrante diferenciado. Em suas palestras, ele discorre sobre logística, tomada de decisão, administração de riscos, preparo emocional e físico, superação de limites e trabalho em equipe, como se relacionar em um ambiente desfavorável e outros aspectos pertinentes as empreitadas.

 Sobre Igor Bely

Parceiro de Beto nessa aventura, Igor nasceu há 37 anos na Ilha Reunião, no Oceano Índico, em um veleiro e nunca mais saiu do mar. Já esteve a bordo de várias embarcações e tem 300mil milhas percorridas. São mais de 20 expedições polares na Antárctica, regiões subantárticas e Groenlândia, em projetos científicos e esportivos. Junto com Beto cruzou o Oceano Pacífico e o Atlântico.

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