Saúde
BARIÁTRICA – MITOS E VERDADES SOBRE O PROCEDIMENTO
A cirurgia bariátrica é, atualmente, o método mais eficaz para a remissão e controle da obesidade. Ela visa não apenas reduzir a gordura corporal, mas também controlar as diversas comorbidades ocasionadas pelo ganho de peso, como por exemplo, a hipertensão arterial, diabetes, hérnia de disco, apneia do sono e até alguns tipos de cânceres.
Segundo a médica especialista em Cirurgia Digestiva e Bariátrica, Dra. Thayla Amaral, para definir se o paciente tem indicação para a cirurgia, é preciso analisar alguns critérios clínicos. “Para a indicação, é preciso observar se há falha no tratamento clínico da obesidade por um período mínimo de 2 anos (mesmo fazendo dieta, atividades físicas ou tomando medicação), associado a um Índice de Massa Corporal (IMC) de 35 a 40 Kg/m², juntamente com alguma comorbidade ocasionada ou piorada pela obesidade, ou para pacientes com IMC acima de 40 Kg/m² independentemente de comorbidades apresentadas”, informa a especialista.
Com a evolução de novas técnicas, os cuidados no pós-operatório proporcionam rápida recuperação com o menor risco. O tempo de realização da cirurgia é, em média, de 1 hora e a internação dura cerca de 24 horas.
Hoje, o procedimento é feito principalmente por videolaparoscopia ou robótica, onde o acesso à cavidade abdominal é feito por meio de pequenos orifícios. Dessa forma, o retorno às atividades habituais do paciente acontece de forma mais breve, já que há menor desconforto pós-operatório. Após receber alta, a alimentação é realizada inicialmente através de uma dieta líquida.
Em média, o paciente perde 30% de seu peso total após a cirurgia. “Claro que alguns indivíduos necessitam eliminar um pouco mais para terem uma saúde melhor, e isso depende do planejamento alimentar e atividades físicas adotadas. Esse processo dura, aproximadamente, de 12 a 18 meses; por isso, o alinhamento de expectativa é importante para evitar a ansiedade. Após esse período, a diminuição de peso é estabilizada, possibilitando a realização da cirurgia reparadora (cirurgia plástica) caso o paciente necessite”, explica a Dra. Thayla.
Mas a diferença não aparece apenas na balança. A bariátrica diminui consideravelmente o risco de problemas de saúde que podem trazer limitações às atividades diárias, além de atenuar risco de infarto, de AVC (Acidente Vascular Cerebral), de trombose, e cerca de 20% dos cânceres. Além desses benefícios, melhora o potencial de remissão de problemas de saúde causados pelo ganho de peso, tais como diabetes, hipertensão, dores lombares, refluxo gastroesofágico, apneia do sono, falta de libido, entre outros. Com tantos benefícios a longo prazo, a expectativa de vida pode aumentar com a retomada da qualidade de vida que havia sido perdida por causa da obesidade.
Apesar de muito difundida, existem diversos mitos sobre a cirurgia bariátrica. A médica Thayla Amaral esclarece alguns deles:
● A cirurgia bariátrica é a solução definitiva para a obesidade:
É preciso deixar claro que a obesidade é uma doença crônica e progressiva, e assim como uma hipertensão, por exemplo, necessita de acompanhamento profissional para ser controlada. Com isso, a cirurgia precisa ser vista como um recurso para a melhora, e não ser responsável por, sozinha, resolver os problemas de saúde do indivíduo; ou seja, a bariátrica é responsável por 50% de todo o sucesso da redução do peso e problemas associados, os outros 50% dependem do comprometimento do paciente com o tratamento completo;
● A cirurgia bariátrica é uma escolha fácil e rápida para emagrecer:
A cirurgia nunca deve ser a primeira tentativa de emagrecimento para um obeso, mas geralmente quem opta pela bariátrica já fez inúmeros tratamentos para combater o excesso de peso. Esse paciente chega ao consultório “cansado” de tentar e não conseguir emagrecer, ou às vezes, até consegue eliminar alguns quilos, mas não consegue manter o resultado por muito tempo. Muitos são taxados de “preguiçosos” e com “falta de foco”, absorvem esses julgamentos, se deprimem e se retraem. Por isso, quem julga quem faz a bariátrica, julga sem entender do assunto e, muitas vezes, sem entender a história como um todo;
● A cirurgia bariátrica causa automaticamente deficiências nutricionais:
É importante que o indivíduo saiba sobre a necessidade da reposição de vitaminas no pós-operatório, pois como a cirurgia proporciona uma saciedade precoce e diminuição da fome, além de ativação do metabolismo, o paciente come em volume menor. Dessa forma, as vitaminas são necessárias para manter a reposição de nutrientes que não são ingeridos pela alimentação oral.
Geralmente as deficiências nutricionais acontecem naquelas pessoas que não fazem o acompanhamento regular com a equipe multiprofissional e que não tomam as suplementações recomendadas. Por isso, é importante a compreensão da obesidade como uma doença que necessita de controle;
● Todos os pacientes recuperam o peso após a cirurgia bariátrica:
Um grande mito. Grande parte dos casos de reganho de peso após a bariátrica estão associados a erros alimentares e não em falha anatômica da cirurgia. Com o passar do tempo, pacientes que não mantém o acompanhamento podem “burlar” a dieta ou mesmo interromper a realização de atividades físicas, o que facilita essa recuperação do peso;
● A bariátrica trata a compulsão alimentar;
A compulsão alimentar precisa ser tratada antes da realização da bariátrica, e não após. Esse processo acontece principalmente por problemas psicológicos do paciente que vê na alimentação uma válvula de escape. Para que isso não prejudique o processo de emagrecimento, é necessário o acompanhamento psicológico antes e depois da operação.
A conscientização do paciente é essencial para o sucesso de todo esse processo, pois a bariátrica não é a solução de todos os problemas. “A cirurgia foi idealizada para trazer bem-estar e saúde, a estética é apenas uma consequência e não deve ser o único fator motivacional. Pessoas que não possuem indicação e mesmo assim realizam o procedimento, aumentam o risco de deficiências nutricionais e reganho de peso”, finaliza Thayla Amaral.
Saúde
Ministério da Saúde envia Força Nacional do SUS ao Paraná após tornado
O Ministério da Saúde enviou neste sábado (8) uma equipe da Força Nacional do SUS ao município de Rio Bonito do Iguaçu (PR), epicentro de um tornado de grande intensidade que destruiu cerca de 90% da zona urbana e deixou, ao menos, cinco mortos.

O secretário executivo do Ministério da Saúde, Adriano Massuda, integra a comitiva do governo federal que se deslocou ao estado para avaliar os danos, prestar assistência emergencial e coordenar ações conjuntas de resposta com o governo do Paraná e a Defesa Civil Nacional.
A equipe enviada é composta por cinco profissionais especializados, entre eles, um especialista em saúde mental em desastres, um médico sanitarista, um enfermeiro, um analista de recursos logísticos e um analista de incidentes e reconstrução assistencial. Os profissionais irão atuar na reativação dos serviços de saúde, no apoio à gestão local e na resposta assistencial e psicossocial imediata, garantindo a retomada segura e rápida do atendimento integral à população afetada.
Entre as primeiras ações previstas estão a triagem e estabilização de feridos, a reorganização dos fluxos assistenciais e farmacêuticos, e a avaliação de riscos sanitários secundários, como os relacionados à qualidade da água, ao manejo de resíduos e ao controle de vetores. Também será oferecido apoio psicológico aos moradores atingidos.
De acordo com o Ministério da Saúde, caso a situação demande, a Força Nacional do SUS está preparada para instalar um hospital de campanha modular, com capacidade para até 150 atendimentos diários, em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde do Paraná.
Situação da rede saúde local
Com a destruição de boa parte das unidades de saúde e o colapso parcial no fornecimento de energia elétrica e abastecimento, os atendimentos de urgência em Rio Bonito do Iguaçu (PR) foram remanejados para o Hospital Regional de Laranjeiras do Sul, que atua, de forma provisória, como referência para a região. As Unidades Básicas de Saúde da zona rural permanecem parcialmente inoperantes, e há escassez de medicamentos e vacinas devido ao comprometimento dos estoques locais.
“Chegamos ao Paraná com a missão de cuidar, reconstruir e trazer afeto à população que mais precisa neste momento. Nossa prioridade é garantir que cada pessoa atingida receba atenção em saúde, escuta e acolhimento. Atuaremos ao lado do governo do estado e do município para restabelecer o funcionamento da rede de saúde e devolver um pouco de segurança e esperança às famílias de Rio Bonito do Iguaçu”, afirmou o coordenador da Força Nacional do SUS, Rodrigo Stabeli, em nota.
De acordo com dados da Defesa Civil do Paraná e do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), o estado registrou 55 municípios impactados por tempestades, com mais de 31 mil pessoas afetadas.
Em Rio Bonito do Iguaçu, a tragédia foi a mais severa: 10 mil moradores — o equivalente a 77% da população — foram diretamente atingidos, com cinco mortes confirmadas, 125 feridos e mais de mil pessoas desalojadas.
Saúde
Brasil reafirma compromisso de reduzir uso de amálgama com mercúrio
O Ministério da Saúde reafirmou na 6ª Conferência das Partes da Convenção de Minamata (COP 6) o compromisso do país de reduzir gradualmente o uso de amálgamas dentário contendo mercúrio. A pasta manifestou ainda que apoia a eliminação total do uso da liga. 

Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil está em condições de apoiar a eliminação do uso de amálgama dentário, mas defendeu uma transição “gradual e segura”, de modo a não comprometer o acesso da população aos tratamentos odontológicos oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
“O posicionamento brasileiro destaca a saúde pública, a proteção ambiental e o cumprimento das metas da Convenção de Minamata, que visa reduzir os impactos do mercúrio na saúde humana e no meio ambiente. Além de incentivar práticas restauradoras baseadas no princípio da mínima intervenção”, explica o coordenador-geral de Saúde Bucal do ministério, Edson Hilan.
Segundo o ministério, desde 2017 o Brasil utiliza exclusivamente amálgama encapsulado, que garante o manuseio seguro e minimizando à exposição ocupacional e ambiental ao mercúrio.
Entre 2019 e 2024, o uso de amálgama no Brasil caiu de cerca de 5% para 2% de todos os procedimentos odontológicos restauradores, resultado da substituição por materiais alternativos, como resinas compostas e ionômero de vidro.
Saúde
Nasce a Grão Consultoria em Negócios na Saúde
A Grão Consultoria em Negócios na Saúde nasce da união da experiência de mais de duas décadas de Andrea Canesin e Elis Ribeiro, profissionais reconhecidas pela atuação em modelos assistenciais complexos e na gestão de serviços de saúde. Ambas foram fundadoras da Clínica Acallanto, referência nacional em transição pediátrica e cuidados de alta complexidade, e agora unem seus repertórios para apoiar instituições na construção de processos mais estruturados, humanos e sustentáveis.
O foco da Grão é transformar a prática de gestão em saúde em algo mensurável, replicável e ético. A consultoria atua ao lado de clínicas, hospitais e operadoras na revisão de fluxos, no redesenho de modelos de cuidado e na implementação de metodologias próprias, como a Entrelaço (transição infantil), Conexus (transição adulto), Domus (voltada para residenciais) e a Praxis (focada em clínicas).
Para Andrea Canesin, a criação da Grão representa a consolidação de um novo ciclo profissional. Depois de anos à frente de unidades assistenciais, ela retorna com um olhar voltado para a operação e a humanização: “Não se trata apenas de cuidar, mas sim de garantir que o cuidado aconteça de forma contínua e segura”.
Já Elis Ribeiro define a Grão como um espaço de reconstrução e propósito. Especialista em planejamento estratégico e visão sistêmica, ela reforça que “processos bem estruturados são o que sustentam resultados consistentes e relações de confiança”.
Com sede em São Paulo e atuação nacional, a Grão Consultoria em Negócios na Saúde se propõe a ajudar instituições a acertarem o passo com clareza, método e presença contínua.
Mais informações:
www.graoconsultoria.com.br
contato@graoconsultoria.com.br
-
São Paulo1 dia atrásAstronauta Brasileiro, Marcos Pontes recebe troféu #BrazilsBest Peace Award
-
Notícias1 semana atrásFragmentação de Placas Tectônicas Revela Novos Riscos Sísmicos nas Américas
-
Saúde1 semana atrásAnsiedade sazonal: por que o fim do ano aumenta o estresse — e como preparar corpo e mente para o verão
-
Notícias1 semana atrásArtista plástico Gerson Fogaça estreia exposição “Caos In Itinere” na Argentina
-
Notícias1 semana atrásMovimento negro exige investigação independente após operação policial no Rio com 121 mortos
-
Gospel5 dias atrásMake America Revival Again: O clamor pelo retorno ao altar
-
Entretenimento4 dias atrásTrader brasileiro Rafael Schroeder se destaca entre os investidores internacionais da NASDAQ
-
Internacional4 dias atrásSinais de trégua em Washington: Senado dos EUA esboça movimentos para encerrar paralisação recorde do governo





