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Auditoria encontra ossadas expostas por escavações em cemitérios de SP
Auditoria realizada pelo Tribunal de Contas do Município de São Paulo (TCM) encontrou ossadas expostas por escavações em cemitérios municipais sob concessão à iniciativa privada desde março de 2023. Parlamentares e entidades sindicais têm denunciado irregularidades na prestação do serviço funerário na capital paulista.

“[Além de ossadas] pedaços de madeira e de mantas mortuárias dos caixões também foram registrados pelos auditores junto a resíduos de obras, indicando que as escavações realizadas em área indevida ocasionaram exumações à revelia e descarte de ossadas de forma anônima”, relatou o tribunal, em nota.
Segundo o TCM, os representantes das concessionárias não conseguiram comprovar a destinação das ossadas enterradas nos locais onde houve exumação compulsória. Eles apenas mostraram sacos de despojos “em quantidade bem inferior ao total de exumações já feitas”.
Equipes de auditores do órgão realizaram, nos últimos dias, as vistorias nos cemitérios da cidade. Ao todo, são 22 cemitérios públicos e um crematório no município, que tiveram a gestão concedida a quatro empresas pelo prazo de 25 anos. O tribunal apontou que dez deles apresentaram significativa quantidade de ossos humanos não identificados e restos de material fúnebre mesclados à terra em escavação.
A gravidade da situação fez com que o TCM convocasse reunião com a SP Regula, agência pública responsável pela fiscalização dos serviços prestados pelas concessionárias, para esta quinta-feira (28). A SP Regula informou, em nota, que recebeu, por meio de ofício, o conteúdo apurado pelo tribunal e que está na Corte, nesta quinta-feira, para apresentar as informações solicitadas. Os apontamentos da auditoria também foram encaminhados ao prefeito Ricardo Nunes.
Obras nos cemitérios
O relatório da auditoria, explica o TCM, mostra que as empresas responsáveis pela administração dos serviços funerários da capital estão realizando uma série de obras nas quadras gerais, local onde os sepultamentos eram feitos em contato direto do caixão com o solo. A prática foi extinta em janeiro de 2024, quando o modelo de gavetas de laje passou a ser exigido.
Diante da mudança, a construção de gavetas no solo e columbários – estrutura de andares erguida na superfície – levou às escavações sem que fossem efetuadas prévias e necessárias exumações, conforme apontou o tribunal. Em audiência na Câmara Municipal de São Paulo, vereadores trouxeram à tona denúncias de casos em que restos mortais haviam sido perdidos pelas empresas.
Os cemitérios Vila Formosa, Campo Grande e Dom Bosco apresentaram encostas de terreno que sofreram a ação de retroescavadeiras, revelando partes de esqueletos humanos. “No Vila Formosa, um crânio foi visto solto no solo”, relatou o órgão. No cemitério São Pedro, os auditores encontraram resíduos de exumação em contêineres comuns, abertos, misturados com restos de materiais de construção.
Com informações: agenciabrasil.ebc.com.br
Notícias
Carolina Rossetto transforma princípios da engenharia de produção em uma estratégia global de eficiência de energia e impacto ambiental
A engenharia de produção — disciplina dedicada a projetar, implantar, operar, melhorar e manter sistemas produtivos integrados de bens e serviços — tem se configurado como uma base potente para impulsionar a inovação eficiente nas organizações.
No meio acadêmico e corporativo, profissionais que articulam de forma sistemática os princípios da engenharia de produção com abordagens de inovação obtêm impacto relevante em eficiência, competitividade e sustentabilidade. É exatamente nessa fronteira entre técnica e estratégia que atua Carolina Rossetto, engenheira de produção formada pela PUCRS, com MBA em Marketing Estratégico pela ESPM e especialização em Negotiation Mastery pela Harvard Business School.
Com mais de uma década de experiência em multinacionais, Carolina construiu uma carreira que une rigor operacional e visão de mercado. Hoje, como Diretora de Produtos de Home Comfort na Midea America Corp, nos Estados Unidos, ela lidera estratégias que movimentam milhões em faturamento anual, coordenando portfólios e equipes multiculturais distribuídas entre Brasil, México, Estados Unidos e China.
Para Carolina, inovar de forma eficiente significa transformar processos em resultados mensuráveis. “Não basta lançar produtos novos — é preciso garantir que a inovação seja sustentável relevante para o consumidor, e rentável ”, costuma dizer em entrevistas e apresentações internas.
Essa visão nasceu ainda no início da carreira, quando atuava na Midea Brasil, colaborando com o desenvolvimento da primeira linha de freezers horizontais com a maior eficiência energética do mercado, os quais atingiam 50% de economia de energia e tinham 10 anos de garantia no compressor. Seguiu a mesma tendência ao trabalhar como Product Manager no México, onde desenvolveu a linha mais econômica de freezers horizontais comparados à concorrência.
Anos depois, já à frente de categorias estratégicas nos Estados Unidos, Carolina liderou a expansão de linhas de ar-condicionado com tecnologia inverter, reduzindo o consumo energético e estabelecendo novos padrões de eficiência e conforto no mercado norte-americano.
Sua atuação não se limita a decisões comerciais: envolve também o domínio de processos produtivos, análise de rentabilidade (P&L), planejamento logístico e integração de pesquisa e desenvolvimento (P&D) com marketing — uma abordagem clássica da engenharia de produção, mas aplicada com sensibilidade de gestora global.
Inovação com base científica
A capacidade analítica de Carolina também se reflete em suas contribuições acadêmicas.
Ela é autora de estudos sobre análise de riscos e viabilidade econômica de turbinas eólicas, publicados em revistas técnicas nacionais — entre elas, a Revista IME e a Revista Eletrônica PUC-RS — que abordam a importância da engenharia de produção na implantação de projetos de energia sustentável.
Uma carreira de resultados globais
Em cada mercado em que atuou, Carolina aplicou a lógica da engenharia de produção para otimizar portfólios, reduzir custos e aumentar o sell-through, atingindo liderança de mercado na categoria de ar condicionado e desumidificadores nos EUA.
Carolina também integrou o seleto Programa Voyager Midea, com treinamentos executivos na China, Tailândia e Dubai, voltado à formação de líderes globais.
Com base técnica sólida, sensibilidade de liderança e uma visão de mundo cosmopolita, Carolina mostra que a engenharia de produção pode — e deve — ser o coração da inovação moderna.
Economia
G20 deve aprovar texto sobre minerais críticos
O G20 – grupo das maiores economias do mundo – prevê publicar um texto sobre minerais críticos que reforça a ideia de beneficiar esses produtos em seus países de origem. É um marco sob o ponto de vista de países em desenvolvimento, segundo o secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros do Itamaraty, Philip Fox-Drummond Gough.

Nesta quarta-feira (19), o Ministério das Relações Exteriores realizou coletiva de imprensa, em Brasília, sobre a Cúpula de Líderes do G20, que ocorre no próximo sábado (22) e domingo (23), em Joanesburgo, na África do Sul, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Neste ano, o governo sul-africanos está na presidência do bloco.
O embaixador Gough já está na capital do país nas negociações que antecedem o encontro de alto nível e explicou que minerais críticos são prioridade da presidência da África do Sul. Ele participou da coletiva por videoconferência.
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“É a primeira vez que se consegue um texto sobre isso”, disse, explicando que o documento em negociação traz os princípios que devem ser observados na extração e beneficiamento de minerais críticos.
“Um dos pontos mais importante privilegia o beneficiamento na origem, nos países que extraem esses minerais. Vai em linha com as teses, sobretudo de países em desenvolvimento, que querem fazer o beneficiamento em seus próprios territórios e agregar valor à produção”, acrescentou Gough.
Os minerais críticos são recursos essenciais para setores estratégicos, como tecnologia, defesa e transição energética, cuja oferta está sujeita a riscos de escassez ou dependência de poucos fornecedores. Eles incluem elementos como lítio, cobalto, níquel e terras raras, fundamentais para baterias de veículos elétricos, turbinas eólicas, painéis solares e semicondutores.
O Brasil, por exemplo, possui cerca de 10% das reservas mundiais desses elementos, de acordo com o Instituto Brasileiro da Mineração (Ibram), entidade que representa o setor privado.
No país, pesquisa indica que a busca por minerais necessários para projetos de transição energética já vem causando conflito nas novas frentes exploratórias. Outro estudo mostra que essa procura acelera a crise climática.
Declaração de líderes
O G20 é o principal órgão para cooperação econômica internacional, criado em 1999, reunia apenas ministros de finanças e presidentes de bancos centrais. Com o tempo, ele ganhou também um caráter político e o formato atual já está em nível de chefes de Estado e de governo.
A cúpula será dividida em três sessões, duas no sábado e uma no domingo.
O principal documento do encontro será a declaração de líderes do G20, que está sendo negociada pelos embaixadores. Há entretanto, países que estão se opondo à declaração, em função da ausência dos Estados Unidos na reunião, e defendendo apenas uma carta da cúpula.
De acordo com o embaixador Philip Fox-Drummond Gough, a posição da presidência da África do Sul é que haja, sim, uma declaração e o Brasil apoia “firmemente” essa intenção. “Assim como houve declaração em todas as outras cúpulas”, disse.
Entre os temas que estão sendo negociados está a taxação dos super-ricos, que foi defendida pela presidência brasileira no G20, no ano passado, e deve constar na declaração dessa cúpula. Segundo Gough, o assunto será tratado em um evento paralelo nesta quinta-feira (20), sobre desigualdades, que é ponto importante da presidência da África do Sul.
Ainda de acordo com o embaixador, apesar do caráter também político do G20, a intenção é não ser “muito exaustivo” nas questões políticas globais para evitar que isso atrapalhe na declaração de líderes e no debate econômico-financeiro do grupo.
Nesse sentido, está em negociação uma simplificação no tratamento das questões políticas. Sobre guerras e conflitos, por exemplo, o documento final fala principalmente em princípios e direitos internacionais.
Além da declaração de líderes, também será publicada uma declaração na área financeira que trata de temas como sustentabilidade da dívida pública e facilitação e fomento de investimentos.
Agenda
O presidente Lula desembarca em Joanesburgo na sexta-feira (21) e deve manter encontros bilaterais com outros líderes, inclusive com o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa. No sábado e no domingo ele participa das sessões do G20.
Também no domingo, à margem do G20, está prevista reunião entre os líderes do Fórum de Diálogo Índia-Brasil-África do Sul (Ibas). A iniciativa trilateral foi desenvolvida em 2003 no intuito de promover a cooperação entre os países do Sul Global.
Na sequência, Lula embarca para Maputo, capital de Moçambique, onde faz uma visita de trabalho.
Moçambique
Durante entrevista à imprensa, no Itamaraty, o secretário de África e de Oriente Médio, Carlos Sérgio Sobral Duarte, lembrou que, ao assumir o terceiro mandato, em 2023, o presidente deixou claro que retomaria a relação com os países africanos como prioridade da política externa.
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Em 2023 visitou África do Sul, Angola e São Tomé e Príncipe. Em 2024, esteve no Egito e na Etiópia, bem como recebeu o presidente do Benin em visita oficial. E em 2025, já recepcionou os presidentes de Angola e Nigéria. Além disso, o Brasil sediou, em maio deste ano, uma reunião de ministros de agricultura.
A viagem de Lula a Moçambique se insere nas comemorações de 50 anos das relações diplomáticas entre os dois países.
“É um país que tem uma tradição profunda e extensa no campo da cooperação com o Brasil”, disse o embaixador Duarte. Eles também são parceiros no âmbito da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e há uma convergência na atuação em foros internacionais.
Moçambique é o maior beneficiário da cooperação brasileira com recursos da Agência Brasileira de Cooperação (ABC) na África, cobrindo áreas diversificadas – saúde, agricultura, educação, formação profissional, entre outros – e envolvendo projetos estruturantes. Durante a visita, deverão ser revisitadas as cooperações em áreas como agricultura, empreendedorismo, saúde, educação e combate ao crime organizado.
Os dois países querem ainda, ampliar o comércio e os investimentos. Nesse sentido, está sendo organizado um fórum empresarial, que deve contar com a presença de 150 a 200 empresários brasileiros e moçambicanos, com painéis sobre agronegócio, indústria e inovação e saúde.
O secretário de Promoção Comercial, Ciência, Tecnologia, Inovação e Cultura do Itamarty, Laudemar Gonçalves de Aguiar Neto, lembrou que o comércio bilateral com Moçambique é limitado, mas que as relações comerciais do Brasil com os países africanos fazem parte de um “projeto político maior” de aliar cooperação para o desenvolvimento e educação.
“É um projeto político que inclui cooperação, capacitação, educação, promoção comercial e ciência e tecnologia”, disse. “E não impomos regras e condições, propomos a cooperação técnica de acordo com o que esses países querem”, acrescentou o embaixador.
O intercâmbio comercial entre Brasil e Moçambique foi de US$ 40,5 milhões em 2024, com exportações brasileiras totalizadas em US$ 37,8 milhões, e importações de US$ 2,7 milhões.
Os produtos exportados são constituídos, sobretudo, por carnes de aves fresas, congeladas ou resfriadas (41%), produtos de perfumaria ou toucados (4,7%) e móveis e suas partes (5%). Já as importações são compostas por tabaco desqualificado ou desnervado (95%).
No dia 24, em Maputo, está prevista reunião de Lula com o presidente do país, Daniel Chapo, quando deve ser assinado um acordo sobre cooperação entre academias diplomáticas. Outros termos de cooperação técnica estão sendo negociados.
O presidente também participa do encerramento do fórum empresarial e deve receber o título de doutor honoris causa da Universidade Pedagógica de Maputo.
Notícias
Mapa mostra programação da Consciência Negra em todo país; confira
O Mapa da Igualdade Racial, lançado no início deste mês, reúne eventos e ações por todo o país que tenham relação com o Novembro Negro. Organizado pelo Ministério da Igualdade Racial (MIR), a ação tem como objetivo ampliar a visibilidade das atividades que valorizam o legado e as lutas da população negra e funciona de forma colaborativa. 

Organizadores de eventos podem cadastras suas iniciativas por meio de um formulário disponibilizado pelo ministério .
Ao clicar nos ícones, o mapa mostra informações detalhadas das ações, incluindo os responsáveis pela organização juntamente com data, local e horário. Cada ação será identificada por um pin, com destaque para aquelas conectadas com a conservação do meio ambiente e a COP30, que promovam a justiça racial ambiental.
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