Atleta Yuri Alberto tem fratura na lombar diagnosticada após deixar jogo do Corinthians amparado

Atleta Yuri Alberto tem fratura na lombar diagnosticada após deixar jogo do Corinthians amparado

Redação Gazeta24h
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Foto Divulgação

O nosso colunista , ortopedista, ortopediatra, especialista em cirurgia do trauma, Dr. Maurício Armede, explica o caso. 

 

 

Pessoal, no último dia (24/05), o atacante Yuri Alberto deixou o campo da Arena MRV carregado e, no domingo (25/05), o Corinthians divulgou que o centroavante sofreu uma fratura no processo transverso de L1 à direita. 

 

Nesse contexto, vale detalhar que a L1 que é a primeira vértebra lombar da coluna vertebral, localizada logo abaixo da coluna torácica (costelas) e acima da segunda vértebra lombar (L2). 

 

Ela tem a função de sustentar o peso, permite a flexão e extensão do tronco. Neste ponto, a medula já terminou e tem o feixe da cauda equina. Os processos transversos da coluna são responsáveis pela estabilidade da coluna e servem para fixação dos músculos e ligamentos. 

 

Observamos que existem músculos grudados nesse processo transverso, o que torna essas estruturas importantes. Quando o atleta sofre essa fratura, acontece também a ruptura de vasos sanguíneos do próprio osso e de músculos que estão inseridos nela. O atleta sente bastante dor e todas às vezes que essa musculatura for acionada para realizar algum movimento a dor aumenta e limita bastante a sua atividade.

 

Para quem não sabe, eu faço questão de lembrar que o atleta lesionou-se na reta final do empate sem gols entre Corinthians e Atlético-MG. Escalado no decorrer do segundo tempo, o camisa 9 se chocou com Gustavo Scarpa, meia do time mineiro, e ficou com a mão na região da coluna lombar, precisando ser carregado pelos seus companheiros em sua saída do gramado.

 

Eu destaco que no geral, o tratamento é conservador, com o centroavante se tornando desfalque no Corinthians por até 12 semanas (três meses). 

 

As fraturas de do corpo vertebral e processo transverso de L1, em geral, são estáveis e o tratamento é conservador: de quatro a oito semanas. É indicado analgesia, imobilização com coletes e, após algumas semanas, inicia-se a fisioterapia. Só há indicação cirúrgica em casos de instabilidade ou compressão do feixe neural, ou risco de lesão neurológica.

 

Nesse contexto desafiador, eu reitero que ainda, joga a favor do atacante sua juventude. Seus 24 anos podem ser cruciais para um retorno rápido. 

 

Espera-se que ele retorne ao mesmo nível de performance anterior. Por ser jovem, normalmente tem maior capacidade de regeneração óssea, melhor vascularização e maior massa muscular, o que favorece uma recuperação mais rápida e completa. 

 

Dr. Maurício Armede é médico, ortopedista, ortopediatra, especialista em cirurgia do trauma, com experiência internacional e referência em todo Brasil.

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