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Saúde

As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) podem ser uma causa de infertilidade feminina, alerta especialista

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Gavidez
Foto: Pixabay

A obstrução das trompas pode ter diversas origens, variando de infecções sexualmente transmissíveis até endometriose pélvica e outras infecções abdominais.

Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde, um milhão de mulheres contraem IST’s por ano, com consequências danosas para a saúde.

As Infecções sexualmente transmissíveis são consequência de relações sem proteção com parceiros infectados, podendo causar em metade dos casos feridas, corrimentos vaginais e verrugas.

Os outros 50% são de casos assintomáticos e que também podem evoluir para uma DIP – Doença Inflamatória Pélvica – uma das principais causas de infertilidade evitável. “Como essas infecções podem não apresentar sintomas aparentes, as mulheres só descobrem a infecção quando as trompas já estão obstruídas”, esclarece o Dr. Paulo Gallo, especialista em Reprodução Humana.

O médico alerta que além das infecções sexualmente transmissíveis, a endometriose pélvica também é uma causa significativa de obstrução tubária. “Outras infecções abdominais, como apendicite ou outras cirurgias pélvicas, podem levar aderência às tubárias e à obstrução das trompas” acrescenta Dr. Gallo.

Segundo dados do SUS/MS

1 em cada 10 mulheres tem endometriose. Em um ano, só na Rede Pública foram mais de 26 mil diagnósticos. As mulheres que sofrem com a endometriose podem ter dificuldade em conceber ou até mesmo enfrentar a infertilidade.

“A obstrução tubária impede que o espermatozoide alcance o óvulo para fertilização e formação do embrião, levando à infertilidade em casos de obstrução em ambas as trompas. No entanto, a obstrução unilateral, onde apenas uma trompa é obstruída, pode não levar à infertilidade, mas pode reduzir significativamente a capacidade reprodutiva da mulher”, acrescenta o especialista.

O médico explica que nem sempre os procedimentos cirúrgicos podem resolver o problema, “Desobstruir cirurgicamente as trompas pode ser muito complexo e difícil, e poucos médicos estão habilitados para realizar o procedimento, que pode ser feito desde que a trompa não esteja completamente danificada”, explica Dr. Gallo que aponta a Fertilização In Vitro como um procedimento indicado para o tratamento da infertilidade por obstrução tubária.

Para o Dr. Paulo Gallo, o importante é que as mulheres estejam cientes dos potenciais obstáculos para a concepção. E procurem fazer exames de rotina para identificar o problema. “Uma vez feito o diagnóstico precoce, o tratamento pode aumentar as chances dessa mulher engravidar e ter uma gravidez saudável”, conclui.

Sobre do Dr. Paulo Gallo

É o diretor-médico da Clínica Vida-Centro de Fertilidade, com graduação em Medicina pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro e título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela FEBRASGO (Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia). Possui Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, Mestrado em Ginecologia pela mesma instituição e é Professor Assistente da Disciplina de Ginecologia da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual do Rio de Janeiro. Além disso, é professor da Pós-Graduação em Endoscopia Ginecológica da Universidade Suprema/ Instituto Crispi de Cirurgias Minimamente Invasivas e da Pós-Graduação em Reprodução Humana Assistida, uma parceria Vida – Centro de Fertilidade e I D’Or. É especialista em Reprodução Humana pela FEBRASGO/AMB, membro da Comissão Nacional Especializada em Reprodução Humana da FEBRASGO, chefe do Setor de Reprodução Humana do Hospital Universitário da UERJ, foi presidente da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana (SBRH) no período de 2021 a 2023 e é diretor da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia do rio de Janeiro (SGORJ).

Currículo Lattes: 
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Redes sociais:

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Saúde

Saúde anuncia rede de hospitais e serviços inteligentes no SUS

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© Luiza Frazão/MS

O Ministério da Saúde anunciou nesta terça-feira (18), em Brasília, uma rede nacional de hospitais e serviços de saúde inteligentes e de medicina de alta precisão dentro do Sistema Único de Saúde (SUS). A proposta é reunir tecnologia avançada, alta especialização e cooperação internacional para modernizar o atendimento.

A iniciativa prevê a implantação de 14 unidades de terapia intensiva (UTIs) automatizadas que funcionarão de forma interligada nas cinco regiões, além da construção do Instituto Tecnológico de Emergência do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP), o primeiro hospital inteligente do país.

Em nota, o Ministério da Saúde informou que outras oito unidades hospitalares serão modernizadas “com envolvimento de universidades e secretarias de saúde”. “Não tenho dúvida de que, hoje, nós estamos entrando em uma nova era de inovação para o SUS e para a saúde do país”, disse o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

“Não estamos falando só de construção de hospitais, de modernização de UTIs e de hospitais que já existem. Estamos falando de um movimento de incorporação tecnológica, de parcerias de transferência tecnológica”, completou, durante entrevista.

Confira as informações no Repórter Brasil Tarde, da TV Brasil

Acompanhe a cobertura completa da EBC na COP30 

Entenda

A rede integra o programa Agora Tem Especialistas, voltado para a expansão do atendimento especializado na rede pública. Dados oficiais indicam que o uso de tecnologias como inteligência artificial e big data pode reduzir em até cinco vezes o tempo de espera por atendimento de emergência, além de tornar o diagnóstico e a assistência especializada mais rápidos e precisos.

As 14 UTIs inteligentes vão funcionar de forma interligada em hospitais selecionados pelo Ministério da Saúde junto a gestores de 13 estados nas cidades de Manaus, Dourados (MS), Belém, Teresina, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre e Brasília. 

“Serão serviços totalmente digitais, com monitoramento contínuo, integração entre equipamentos e sistemas de informação. A tecnologia auxiliará na previsão de agravos, apoiará decisões clínicas, otimizará avaliações e permitirá a troca de conhecimento entre especialistas em diferentes regiões. Também estarão conectadas a uma central de pesquisa e inovação”, finalizou o ministério. 

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Campanha nacional reforça importância do autoexame e de cuidados diários com a saúde

Neste mês, acontece o Novembro Vermelho, campanha dedicada à prevenção e ao diagnóstico precoce do câncer de boca. A ação chama atenção para os cuidados preventivos e incentiva a prática do autoexame, simples e essencial para a detecção precoce da doença.

De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), a doença, apesar de pouco conhecida, é o oitavo câncer mais frequente no Brasil, sendo mais prevalente entre os homens. Em 2020, foram registrados mais de 6 mil óbitos pela doença — número que reforça a importância do diagnóstico precoce. “Infelizmente, muitas pessoas ainda procuram o dentista apenas quando sentem dor, e acabam deixando passar sinais que poderiam ser identificados logo no início. O diagnóstico precoce é o fator que mais impacta nas chances de cura, que podem variar de 70% a 90% quando o tratamento começa cedo”, ressalta a dentista e diretora da Neodent, Priscila Gonçalves Cordeiro.

O câncer de boca pode se manifestar de diferentes formas. Entre os principais sinais de alerta, estão feridas que não cicatrizam, manchas esbranquiçadas ou avermelhadas, caroços, dor persistente, sangramentos e dificuldade para engolir ou falar. Observar essas alterações é fundamental, e o autoexame pode ser um grande aliado nesse processo. 

Assim como o autoexame das mamas, o da boca pode ser realizado em casa, diante do espelho e com boa iluminação. O ideal é observar todas as partes da cavidade oral — lábios (por fora e por dentro), gengivas, língua, bochechas, céu da boca e, levantando a língua, o assoalho bucal. Caso sejam notadas feridas, manchas, caroços ou sangramentos incomuns, é fundamental procurar um cirurgião-dentista o quanto antes, principalmente se os sinais persistirem por mais de duas semanas. 

Além do autoexame, algumas atitudes simples ajudam na prevenção do câncer bucal e na manutenção da saúde em geral

  • Evitar o tabaco e o consumo excessivo de álcool, principais fatores de risco.
  • Manter boa higiene bucal e visitar o dentista regularmente.
  • Adotar uma alimentação equilibrada, rica em frutas, verduras e legumes.
  • Usar protetor labial com filtro solar, especialmente quem trabalha ao ar livre.

Para quem possui implantes dentários, os cuidados preventivos são os mesmos, mas o acompanhamento profissional ganha ainda mais importância. “O dentista consegue identificar qualquer alteração durante as consultas de manutenção, o que é imprescindível não só para manter a integridade dos implantes, como também para investigar afundo possíveis lesões que mereçam mais atenção. Pacientes com implantes devem manter a rotina de higiene e acompanhamento profissional, assim como qualquer outro paciente”, orienta Priscila.

A recomendação é simples: fazer avaliações periódicas com o dentista, pelo menos a cada seis meses, e realizar o autoexame da boca com regularidade – principalmente pessoas acima de quarenta anos e que acumulam fatores de risco. “Cuidar da boca é cuidar da saúde como um todo. O dentista é um aliado essencial na prevenção de doenças e na promoção do bem-estar”, finaliza.

 

Sobre a Neodent

Fundada há mais de 30 anos, a Neodent tem o propósito de criar novos sorrisos todos os dias. Em parceria com milhares de dentistas, a empresa desenvolve soluções estéticas e reabilitadoras, como implantes dentários inovadores, promovendo o bem-estar através do avanço da Odontologia. Alinhado ao objetivo de impulsionar a democratização e acesso ao implante dentário, o programa Neodent+ oferece aos pacientes condições especiais de parcelamentos e descontos exclusivos. Com um amplo portfólio e presença em 97 países, a Neodent é líder no Brasil e uma das maiores empresas do segmento no mundo. O propósito da marca é refletido na cultura organizacional e no dia a dia dos mais de 3 mil colaboradores que se orgulham de fazer parte da empresa, valorizando a diversidade, a colaboração e o desenvolvimento contínuo.

Como parte do Grupo Straumann (SIX: STMN), líder global em odontologia, e tendo a inovação em seu DNA, a Neodent investe na criação de produtos e soluções digitais que auxiliam no tratamento de milhares de pacientes. A partir de iniciativas alinhadas aos princípios ESG (ambiental, social e governança), a empresa cumpre sua missão de proporcionar sorrisos para milhares de pessoas.

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Ultraprocessados já são quase um quarto da alimentação dos brasileiros

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© Reuters/Pilar Olivares/Direitos Reservados

A participação de ultraprocessados na alimentação dos brasileiros mais que dobrou desde os anos 80, passando de 10% para 23%. O alerta vem de uma série de artigos publicados nesta terça-feira (18) por mais de 40 cientistas, liderados por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP). 

A coletânea publicada na revista Lancet mostra que este não é um fenômeno isolado do Brasil. Dados de 93 países mostram que o consumo de ultraprocessados aumentou ao longo dos anos em todos, à exceção do Reino Unido, onde se manteve estável em 50%. O país europeu só é superado nessa proporção pelos Estados Unidos, onde os ultraprocessados perfazem mais de 60% da dieta. 

Carlos Monteiro, pesquisador do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde (Nupens) da USP e líder do trabalho, alerta que esse consumo crescente está reestruturando as dietas em todo o mundo, e não ocorre por acaso:

”Essa mudança na forma como as pessoas se alimentam é impulsionada por grandes corporações globais, que obtêm lucros extraordinários priorizando produtos ultraprocessados, apoiadas por fortes estratégias de marketing e lobby político que bloqueiam políticas públicas de promoção da alimentação adequada e saudável.”

Em trinta anos, esse consumo triplicou na Espanha e na Coreia do Norte, alcançando índices de aproximadamente 32% também na China, onde a participação dos ultraprocessados nas compras familiares era de apenas 3,5% passando a 10,4%. Já na Argentina, o aumento foi menor, ao longo do mesmo período, mas saiu de 19% para 29%.

Os artigos destacam que o aumento foi percebido nos países de baixa, média e alta renda, sendo que os últimos já partiram de patamares altos, enquanto as nações com renda menor registraram altas mais expressivas.

De acordo com os pesquisadores, isso reproduz um padrão percebido também dentro dos países: os ultraprocessados começaram a ser consumidos por pessoas de maior renda, mas depois se espalharam entre outros públicos. 

Os pesquisadores ressalvam, no entanto, que o problema é multifatorial, influenciado pela renda, mas também por questões culturais. Alguns países de alta renda têm taxa de consumo expressivo, como o Canadá, com 40%, enquanto outras nações, com padrão semelhante, como Itália e Grécia se mantém abaixo de 25%.

O relatório lembra que esses produtos passaram a ser comuns em alguns países de alta renda após a Segunda Guerra Mundial, mas se tornaram um fenômeno global, e seu consumo se acelerou, a partir da década de 80, com a globalização. Em paralelo, também cresceram as taxas globais de obesidade e de doenças como diabetes tipo 2, câncer colorretal e doença inflamatória intestinal.

As evidências científicas produzidas ao longo desse tempo apontam que dietas ricas em ultraprocessados estão associadas à ingestão excessiva de calorias, pior qualidade nutricional e maior exposição a aditivos e substâncias químicas nocivas. Além disso, os pesquisadores fizeram uma revisão sistemática de 104 estudos de longo prazo e 92 deles relataram risco aumentado de uma ou mais doenças crônicas, incluindo câncer, doenças cardiovasculares e metabólicas. 

“O conjunto das evidências apoia a tese de que a substituição de padrões alimentares tradicionais por ultraprocessados é um fator central no aumento global da carga de múltiplas doenças crônicas relacionadas à alimentação”, explicam os cientistas. Eles dizem que a pesquisa sobre efeitos na saúde humana continuará, mas isso não deve atrasar as políticas e ações de saúde pública em todos os níveis “destinadas a restaurar, preservar, proteger e promover dietas baseadas em alimentos integrais e em seu preparo como pratos e refeições, que já estão atrasadas”, enfatizam os cientistas.

O que são ultraprocessados?

O termo “ultraprocessados” começou a se popularizar, após a criação da classificação nova, por pesquisadores brasileiros, em 2009. Ela divide os alimentos em quatro grupos, de acordo com o grau de modificação, após passarem por processos industriais:

  • Alimentos não processados ou minimamente processados são vendidos em sua forma natural, ou apenas após algum processo que mantém sua estrutura básica, como congelamento, fracionamentos, moagem, embalo e etc. Exemplos: frutas e legumes; carnes e peixes, grãos e cereais embalados. 
  • Ingredientes processados. São produzidos a partir de alimentos in natura e geralmente usados na preparação de outros alimentos. Exemplos: óleo de soja, açúcar e sal.
  • Alimentos processados: São os produtos do grupo 1, adicionados a ingredientes do grupo 2 ou modificados através de métodos semelhantes aos caseiros. Por exemplo: legumes e peixes enlatados, macarrão, sucos 100% feitos com frutas e etc.
  • Alimentos ultraprocessados: produtos comerciais resultantes da mistura de alimentos in natura baratos com aditivos químicos, altamente modificados por processos industriais. Esses aditivos têm a função de torná-los altamente duráveis, prontos para consumo e super palatáveis. Exemplo: biscoitos recheados, refrigerantes, macarrão instantâneo e iogurtes saborizados. 

A criação da classificação nova também foi encabeçada por Carlos Monteiro, líder do relatório global publicado nesta terça-feira. Ele reforça que o objetivo da classificação é facilitar o entendimento sobre “como o processamento afeta a qualidade da nossa dieta e a nossa saúde” e contribuir para a criação de diretrizes, como o Guia Alimentar da População Brasileira, criado pelo Nupens para o Ministério da Saúde, que incorporou a classificação nova na sua segunda edição.

“Há 20 anos estudando as mudanças na produção de alimentos no Brasil, ligadas ao aumento da obesidade, nós percebemos que o processamento de alimentos tinha mudado de propósito. Deixou de ser para preservação de alimentos e passou a ser a criação de substitutos para os alimentos, feitos de ingredientes baratos e aditivos”, destaca. 

Recomendações

Os pesquisadores também apresentam propostas para diminuir o consumo desses produtos e pedem que as grandes empresas sejam responsabilizadas pelo papel que desempenham na promoção de dietas não saudáveis. Uma das principais recomendações é que os aditivos usados, como corantes e aromatizantes, sejam sinalizados nas embalagens, assim como o excesso de gordura, sal e açúcar. 

Outra medida considerada essencial é a proibição desses produtos em instituições públicas, como escolas e hospitais. Nesse ponto, o Brasil é citado como exemplo, por causa do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) do Brasil, que vem reduzindo a oferta desses produtos e estabeleceu que 90% dos alimentos oferecidos nas escolas devem ser frescos ou minimamente processados, a partir do ano que vem. 

Os autores também propõem restrições mais rigorosas à publicidade, especialmente às que são direcionadas ao público infantil e destacam que, em paralelo a redução da oferta de ultraprocessados, é preciso aumentar a disponibilidade de alimentos in natura. Uma estratégia sugerida é a sobretaxação de determinados ultraprocessados para financiar alimentos frescos destinados a famílias de baixa renda.

A série de publicações também reforça que o aumento no consumo desses alimentos não é culpa de decisões individuais, mas responsabilidade das grandes corporações globais. De acordo com os autores, essas empresas utilizam ingredientes baratos e métodos industriais para reduzir custos, e impulsionam o consumo com marketing agressivo e designs atraentes. 

Com vendas anuais globais de US$ 1,9 trilhão, os ultraprocessados representam o setor mais lucrativo da indústria alimentícia. Esses lucros, segundo os pesquisadores “alimentam o crescimento do poder corporativo nos sistemas alimentares, permitindo que essas empresas ampliem sua produção, influência política e presença de mercado, moldando dietas em escala global.”

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