Comportamento
As Complexidades do Mundo Digital
No mundo contemporâneo, a internet e as redes sociais desempenham um papel cada vez mais influente no comportamento dos adolescentes.
Atualmente tem se observado entre os adolescentes a prática de envio e/ou pedidos de fotos, vídeos de nudez ou apenas de partes do corpo; são os chamados nudes ou sexting. O termo sexting surgiu da junção entre “sex” (sexo) e “text” (texting) ou, sexo por mensagem de texto. De forma mais ampla, significa o envio de fotos, vídeos e áudios de conteúdo erótico e sexual.
Tem-se notícias de que essa forma de comunicação, criada por jovens, surgiu nos Estados Unidos em 2005 e chegou ao Brasil em 2009, ou seja, é um fenômeno também no auge de sua ‘adolescência’, bem da idade dos nossos jovens hoje. É importante ressaltar que esse tipo de prática ocorre com meninos e meninas, entretanto, é mais comum que as meninas tenham suas fotos expostas.
Há uma dificuldade nessa época em lidar com a sexualidade e com a própria agressividade, ou seja, com tudo o que se sente com a chegada da puberdade, onde se observa as mudanças do corpo, e a instabilidade emocional. Fazer o luto da infância, do corpo infantil, rumo a construção da identidade e com as emoções à flor da pele, é um trabalho doloroso.
O compartilhamento de nudes vem ocorrendo, sem uma compreensão adequada das implicações, como a possibilidade de compartilhamento não autorizado, o vazamento de imagens íntimas e a exploração sexual. Isso pode levar a consequências devastadoras, como bullying online, chantagem e impactos psicológicos negativos.
Esse comportamento tem gerado debates acalorados, à medida que as novas gerações exploram a interseção entre tecnologia, intimidade e privacidade. Com a chegada da inteligência artificial, podem ser criadas facilmente, fotografias falsas, a partir de partes reais dos corpos de uma pessoa, e divulgadas como sendo verdadeiras. Também podem ser criadas mensagens de texto, vídeos com rosto e voz idênticas a uma determinada pessoa.
É muito comum os pais chegarem aflitos no consultório, depois de terem visto ou sabido sobre mensagens recebidas ou enviadas dos filhos (as) para grupos ou amigos (as), que continham “teor adulto”; ou ainda preocupados e/ou, surpresos pelo fato de terem sido chamados na escola para serem notificados sobre o que o(a) filho(a) tem escrito, recebido e compartilhado ultimamente. Episódios como esse têm ocorrido com frequência e têm sido observados cada vez mais cedo, em idades que antecedem a adolescência entre 10 e 12 anos, às vezes ainda mais precocemente.
Nem biológica nem emocionalmente as crianças, mesmo que as vésperas da adolescência, possuem competência para lidar com situações do mundo adulto; há ainda uma grande confusão de identidade para ser elaborada. Nesse sentido, a internet é uma arma perigosa, quando não se sabe utilizá-la de modo positivo.
A pressão dos colegas e a busca por aceitação social também desempenham um papel significativo no comportamento dos adolescentes. A pressão para enviar nudes pode levar a situações desconfortáveis em que os adolescentes se sentem compelidos a fazer algo que não desejam apenas para se encaixar no grupo ou evitar o estigma social. É fundamental que os pais, educadores e a sociedade em geral estejam cientes dessas dinâmicas e ofereçam apoio e orientação aos adolescentes.
Para abordar esse problema de forma eficaz, é importante promover a educação sobre segurança online, consentimento e respeito pela privacidade desde cedo. Os adolescentes devem ser incentivados a comunicar qualquer experiência negativa ou preocupação relacionada ao compartilhamento de nudes, sabendo que serão ouvidos e apoiados.
Além disso, as plataformas de redes sociais e aplicativos de mensagens devem desempenhar um papel ativo na proteção da privacidade dos usuários e na prevenção do compartilhamento não consensual de conteúdo íntimo. Políticas de segurança mais rigorosas e ferramentas de denúncia eficazes são essenciais.
Falar sobre sexualidade não é explicar ao filho (a) como é ter uma relação sexual. Isso ele (a) saberá fazer quando chegar a hora, além das conversas entre amigos, sobre o assunto; não é uma conversa erótica ou que erotiza, ao contrário, conversar sobre sexualidade fortalece emocionalmente as crianças e jovens e contribui para o amadurecimento emocional, para que não se deixem afetar negativamente por uma erotização desenfreada e vazia, para que nessa travessia solitária da adolescência consigam fazer melhores escolhas.
Em suma, a prática de compartilhar nudes na internet e nas redes sociais é um reflexo das complexidades do mundo digital. É crucial abordar esse comportamento com empatia, educação e medidas de proteção, para que os adolescentes possam explorar a internet de forma segura, consciente e responsável, sem comprometer sua privacidade e bem-estar e também a privacidade do outro.
Comportamento
Campeã mundial de fisiculturismo revela: “Meus músculos já fizeram homens falharem na hora”
A atleta e modelo fitness Graciella Carvalho, campeã mundial na categoria Diva Fitness 35+ da WBFF, vive o auge de sua carreira após retornar aos palcos de competição. Radicada em Miami, a brasileira comentou sobre a rotina intensa de treinos, o olhar do público sobre o corpo feminino musculoso e as reações que sua imagem desperta fora do esporte.
Graciella relatou que a preparação para o campeonato exigiu um nível de disciplina que transformou sua relação com o corpo. Foram meses de treino rigoroso, dieta restrita e uma rotina planejada com precisão. Segundo ela, o processo competitivo vai muito além do físico. “Treinar para competir é um processo físico e mental. Há dias em que o corpo pede descanso, mas a disciplina fala mais alto. O pódio é consequência da constância, não apenas do esforço momentâneo”, afirmou.
De volta ao circuito internacional, a atleta diz que aprendeu a lidar com os diferentes olhares que o corpo feminino musculoso ainda desperta. Nas redes sociais, recebe elogios diários por sua forma física, mas também comentários que tentam associar força à perda de feminilidade. “Algumas pessoas ainda acham que força e beleza não podem coexistir, mas eu vejo exatamente o contrário. A força é parte da minha essência e da minha autoestima. Meu corpo é resultado de trabalho, não de vaidade”, declarou.
Graciella também revelou que o impacto visual de seu físico provoca reações curiosas em alguns homens. “Já aconteceu de homens se sentirem tensos comigo. Alguns até falharam na hora por causa da pressão, mas isso mostra como ainda existe resistência em aceitar a força feminina”, contou. Para ela, esses episódios refletem o desconforto que parte do público ainda sente diante da imagem de uma mulher forte. “O homem que se sente ameaçado por uma mulher forte precisa repensar o que entende por masculinidade”, completou.
A campeã encerrou afirmando que cada conquista representa uma superação pessoal e profissional. Ela recebeu da revista francesa GMARO o título de fisiculturista perfeita, de acordo com a inteligência artificial, na edição de novembro da publicação.
Comportamento
Tendência de fim de ano: cirurgião-dentista explica aumento na busca por clareamento e lentes dentais
Com a chegada das festas de fim de ano, o espelho e as câmeras de celular ganham destaque — e, junto com eles, cresce a procura por um sorriso mais branco e harmonioso. Clínicas odontológicas de todo o país relatam um aumento expressivo na busca por tratamentos estéticos, como clareamento dental e lentes de contato, especialmente entre os meses de novembro e dezembro, quando os pacientes se preparam para as confraternizações e registros fotográficos.
Segundo o cirurgião-dentista Edinei Dias da Silva @doutoredi, formado pela Unicamp, essa tendência é natural, mas requer atenção.
“É comum que as pessoas queiram estar bem para as festas, mas é importante lembrar que nem todo tratamento serve para todo mundo. A estética deve caminhar junto com a saúde bucal. O ideal é que cada paciente passe por uma avaliação completa antes de realizar qualquer procedimento”, orienta o profissional.
De acordo com relatório da Grand View Research, o mercado de odontologia estética no Brasil movimentou mais de 715 milhões de dólares em 2022 e deve dobrar até 2030, impulsionado pela popularização dos tratamentos estéticos e pela influência das redes sociais.
Entre os procedimentos mais procurados, o clareamento dental lidera a lista. Porém, o dentista alerta que o uso de produtos sem supervisão profissional pode causar sensibilidade, inflamações gengivais e até desgaste do esmalte dental.
“Há uma banalização do clareamento caseiro. Muitos produtos vendidos pela internet prometem resultados rápidos, mas têm composição inadequada e podem causar danos irreversíveis”, adverte Edinei.
As lentes de contato dental também estão em alta, oferecendo resultados imediatos e um sorriso uniforme. No entanto, o especialista destaca que o sucesso do tratamento depende da indicação correta e da experiência do profissional.
“As lentes exigem planejamento e cuidado técnico. Quando aplicadas de forma padronizada, sem respeitar a anatomia e a função dos dentes, podem gerar desconforto e prejuízos estéticos. A odontologia moderna busca harmonia, não exagero”, afirma.
Além da estética, o cirurgião-dentista lembra que o fim de ano é um bom momento para revisões preventivas — especialmente antes do recesso das clínicas e do aumento no consumo de alimentos e bebidas que pigmentam os dentes, como vinho, café e molhos escuros.
“Um sorriso bonito é reflexo de uma boca saudável. Clareamento e lentes são aliados, desde que feitos com responsabilidade e acompanhamento profissional”, conclui o cirurgião-dentista.
Comportamento
Entrando na era dos espaços compartilhados: o futuro da moradia e do trabalho
Coliving e coworking são espaços de trabalho e moradia compartilhados que atendem diversos públicos que procuram por flexibilidade e coletividade
A impermanência, isto é, a mudança constante – e cada vez mais rápida – tem sido o novo normal, principalmente entre as gerações mais novas. A velocidade da informação, a forma de consumir conteúdos e o menor valor dado à posse das coisas são fenômenos que têm moldado o modo com que as pessoas e as coisas têm se relacionado atualmente.
Na era do compartilhamento, em que a posse das coisas deixou de dar o tom, até mesmo os espaços outrora privados passaram a ser cada vez mais partilhados. Termos como coliving e coworking se tornam cada vez mais comuns, principalmente nas grandes cidades. Entender o que são é fundamental para a compreensão de fenômenos do mundo moderno.
O que é o coworking?
Estes termos correspondem ao modo como os espaços tanto de moradia como de trabalho têm migrado para um sistema compartilhado. O coworking, por exemplo, é um ambiente de escritório cuja infraestrutura é projetada para funcionar de maneira partilhada e flexível, de modo que atenda empresas, freelancers, empreendedores e trabalhadores remotos.
Um espaço de coworking é um ambiente de escritório compartilhado, que conta com internet de alta velocidade, mesas de escritório, cadeiras e salas de reunião. Segundo o Censo Coworking 2024, realizado pela empresa Woba, o número de espaços desse tipo deu um salto de 30% em um ano.
São Paulo e Minas Gerais são os estados com o maior número de escritórios de coworking. Há vantagens na adesão ao modelo: a flexibilidade, o custo reduzido, se comparado com o investimento necessário para manter um ambiente semelhante ou mesmo se comparado com o custo de um aluguel, e, geralmente, o fato de estarem localizados em regiões centrais das cidades.
Por dentro da moradia compartilhada
Na mesma esteira, o coliving possui lógica semelhante, mas aplicada à moradia. Na prática, são imóveis com espaços comuns, como salas, banheiros e cozinhas, mas que também contam com áreas privativas – no caso, os quartos. O crescimento desse tipo de moradia se deve a nômades digitais, estudantes e trabalhadores que buscam moradia acessível e flexível.
Apesar de não ser algo exatamente novo, o coliving ganhou muita força nos últimos anos. Um aspecto interessante que tem atraído moradores para o modelo é que esses espaços reforçam hábitos de cooperação, interação e coletividade. Não raro, muitos deles promovem atividades coletivas, como leitura, dança, jogos, entre outras.
Os benefícios e o que esperar dos novos modelos
Tanto o coliving como o coworking promovem experiências capazes de agregar pessoas, criando laços de comunidade. Inclusive, é normal que desses espaços surjam parcerias e networking. Isso se dá pelo fato de que muitos locais são nichados: há coworkings voltados para a área de tecnologia, outros para advocacia, e assim por diante.
A tendência é que esses espaços cresçam à medida que o senso de compartilhamento aumente entre as pessoas. Atrativos como custo-benefício, flexibilidade e praticidade também têm papel importante.
Afinal, espaços como um coliving em São Paulo, por exemplo, possuem toda a infraestrutura pronta e geralmente estão situados em localizações estratégicas da cidade. No mais, essa é uma tendência que vem para acompanhar as mudanças no mundo da moradia e do trabalho, que certamente darão o tom no estilo de vida do futuro.
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