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Arcabouço fiscal, Ibovespa e Debt Ceiling: o que movimentou o mercado em maio e expectativas para junho

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Arcabouço fiscal, Ibovespa e Debt Ceiling: o que movimentou o mercado em maio e expectativas para junho
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Maio foi um mês agitado no mercado, marcado por uma série de eventos sociopolíticos – nacionais e internacionais – que exerceram influência no setor financeiro brasileiro. Essas mudanças impactaram significativamente os investimentos.

 

No cenário interno, o destaque foi o Arcabouço Fiscal, que se tornou o assunto principal devido à sua capacidade de influenciar a inflação e direcionar a política fiscal do país. Enquanto isso, no exterior, o acordo sobre as dívidas dos Estados Unidos, conhecido como Debt Ceiling, foi o tema que mais impactou os mercados.

 

A seguir, o economista e sócio da Miura Investimentos, Lourenço Neto, compartilha uma análise abrangente do mercado financeiro em maio, destacando os principais eventos que ocorreram durante o mês e revelando quais foram os investimentos mais promissores nesse período. Além disso, o especialista projeta as expectativas para o mês de junho, que também promete ser marcado por importantes decisões políticas e seus impactos nos mercados.

 

Quais investimentos mais renderam em maio? Existe algum motivo específico?

O investimento que mais rendeu no mês de maio foi o mercado de ações (Ibovespa: +6,20%), mais especificamente as empresas do ramo imobiliário (IMOB: +16,69%). O mercado neste mês buscou assumir mais riscos, expondo-se ao mercado de ações. O motivo por trás dessa alta significativa foi a antecipação da expectativa de queda de juros. Os índices futuros de Depósito Interbancário (DI) apresentaram queda neste mês, impulsionados pelos dados de inflação que surpreenderam positivamente, com um resultado abaixo do esperado.

 

Quais acontecimentos sociopolíticos mais impactaram o mercado neste mês?

Neste mês de maio, os acontecimentos mais esperados no mercado local foram a definição e aprovação do arcabouço fiscal por parte da Câmara e Senado, que acabou sendo finalizado com travas mais duras contra o governo. Isso proporciona um melhor controle inflacionário e abre caminho para o primeiro corte na taxa básica de juros. No mercado externo, o acordo sobre o teto da dívida dos EUA, conhecido como “Debt Ceiling“, gerou preocupações com a suposta possibilidade de um “default” (não pagamento) da dívida por parte dos Estados Unidos. Apesar disso, o resultado foi anunciado próximo ao final do mês, e a expectativa da decisão movimentou o mercado durante algumas semanas até sua definição.

 

Quais são as expectativas para o próximo mês?

As expectativas para o mês de junho são de uma bolsa ainda mantendo um desempenho positivo, com retornos acima do CDI, assim como ocorreu no mês de maio. Isso se deve ao mercado estar buscando ativos de maior risco, uma vez que um corte de juros tende a impulsionar a alta da bolsa. Esse cenário é impulsionado por diversos fatores, como empresas apresentando melhores resultados financeiros em seus balanços e, consequentemente, obtendo crédito para novos projetos. No entanto, é importante destacar que teremos dados econômicos e políticos que podem reduzir o apetite por risco.

 

Existem fatores específicos, como eventos econômicos ou políticos, que podem influenciar o mercado de investimentos em junho?

Para o mês de junho, a principal expectativa é a introdução da reforma tributária na Câmara, o que pode gerar um impacto significativo na economia como um todo. Além disso, aguarda-se a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), responsável por decidir sobre a taxa básica de juros. Há a possibilidade de um possível primeiro corte, mas também existe a probabilidade de manter a taxa em 13,75%. Em conjunto, teremos a reunião do Federal Open Market Committee (FOMC), que irá decidir sobre a taxa de juros nos Estados Unidos. Espera-se um aumento de 25 pontos-base, elevando a taxa para 5,50% ao ano, no entanto, ainda há a possibilidade de manter a taxa atual. É importante ressaltar que existem dados a serem divulgados, como o relatório de folha de pagamento (payroll), que podem alterar essas expectativas.

 

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