Rodovias estaduais da Serra Gaúcha registraram, no primeiro semestre deste ano, 76 mortes decorrentes de acidentes de trânsito, sendo que as vias São Vendelino e Ipê (RS-122) e Garibaldi e São Francisco de Paula (RS-453), juntas contabilizaram 25 vidas perdidas. Os dados são do Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM) e, com isso, a região tem as duas estradas com mais mortes no Estado no período.
No primeiro fim de semana de julho, oito pessoas morreram em colisões em vias da Serra. Somente no município de São Vadelino foram registradas três mortes.
Outros dados, do Departamento Estadual de Trânsito do Rio Grande do Sul (Detran-RS) mostram que, até maio (levantamento mais recente), foram registrados 617 acidentes fatais, sendo mais da metade (376) em rodovias.
O presidente da Sociedade de Ortopedia e Traumatologia – Regional do Rio Grande do Sul (SBOT-RS), Marcos Paulo Souza, pontua que, estatisticamente, para cada morte, há média de quatro feridos, situação que traz grande impacto em diversas questões, como sequelas e perda da força laboral, fragilizando a renda familiar, e o alto custo de tratamento. “Ao sobreviver a uma situação do tipo, as sequelas podem ser irreversíveis, pois a força do impacto pode resultar em politraumatismo, com lesões que podem limitar a mobilidade permanentemente”, ressalta.
Especialistas da SBOT-RS estão à disposição da imprensa para falar sobre as lesões decorrentes de acidentes de trânsito e suas consequências.