Internacional
Alckmin deve representar o Brasil em missa inaugural de Leão XIV
O presidente em exercício, Geraldo Alckmin, afirmou neste domingo (11) que será uma honra representar o governo brasileiro na missa que marcará o início do pontificado do papa Leão XIV, em Roma, no dia 18 deste mês. A indicação da ida de Alckmin foi dada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em entrevista coletiva concedida em Moscou, onde o mandatário cumpriu agenda oficial, antes de viajar para China.
“O presidente Lula ainda não falou comigo, mas eu vi na imprensa que ele vai pedir que eu represente o governo e o povo brasileiro na posse do nosso pontífice, Leão XIV. Será uma honra. O Brasil é o maior país católico do mundo”, disse Alckmin a jornalistas durante visita à 5ª Feira Nacional da Reforma Agrária, organizada pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), na cidade de São Paulo.
Geraldo Alckmin, que é católico praticante, destacou o fato de o novo papa ter nascido nos Estados Unidos e tido uma trajetória pastoral de décadas no Peru.
“Nós estamos muito felizes, todos os latino-americanos. O papa dará continuidade ao trabalho do papa Francisco”, reforçou, lembrando que a escolha do nome Leão XIV remete a Leão XIII, pontífice que estabeleceu as bases doutrinárias da justiça social na Igreja Católica, no início do século passado, por meio da famosa encíclica Rerum Novarum.
“Tenho certeza de que o papa Leão XIV será um papa contemporâneo, do nosso tempo. Já a primeira mensagem dele foi a paz. Eu acho que ele vai ter um papel importante no diálogo, na aproximação entre as religiões, na aproximação entre os povos. É o papa da esperança e contemporâneo da questão climática, da justiça social”, completou.
Feira agroecológica
Na visita à edição de 2025 da Feira Nacional da Reforma Agrária, o presidente em exercício enfatizou a preocupação dos agricultores familiares com a agroecologia e a produção de alimentos orgânicos.
“A preocupação com mudas nativas, com a recomposição de matas ciliares, a recomposição do nosso bioma. E destacar também a agroecologia, os produtos orgânicos, saudáveis, destacar a produção de alimentos. A agricultura familiar é campeã da produção de alimentos, especialmente verduras, arroz, feijão, frutas. E a agroindústria, através do associativismo e do cooperativismo.”
O evento deve receber, até o fim do dia de hoje, cerca de 300 mil visitantes, que podem participar de atividades artísticas, políticas e culturais e a oferta de mais de 1,8 mil tipos de alimentos diferentes, produzidos por acampamentos e assentamentos de todo o país.
Vale-alimentação
Alckmin também afirmou que o governo federal está fechando propostas de mudanças no Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), que estabelece regras sobre a concessão dos vales alimentação e refeição pelas empresas a seus funcionários com carteira assinada.
“Entendo que há espaço para diminuir a intermediação, para que esse recurso beneficie mais o trabalhador, o seu poder de compra, e também os pequenos fornecedores”, afirmou.
Fraude no INSS
Questionado sobre as medidas para resolver a situação de aposentados e pensionistas prejudicados com a fraude dos descontos indevidos feitos por associações, Alckmin disse que o caso será solucionado pelo governo.
“É importante destacar que não começou agora. Infelizmente, começou lá atrás, mas vai terminar agora. Já foi totalmente suspenso, sem mais nenhum desconto”, assegurou.
O presidente em exercício enumerou as ações em curso, como o pedido da Advocacia-Geral da União (AGU) para bloquear bens de empresas e pessoas físicas acusadas de envolvimento no esquema e o início da devolução dos recursos cobrados indevidamente, que começará com aporte de R$ 292 milhões.
Ainda segundo Alckmin, cerca de 20 milhões de aposentados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que não tiveram descontos indevidos, foram comunicados pela autarquia. Os outros beneficiários poderão indicar, por meio da plataforma Meu INSS, se autorizaram descontos de associações.
Além do serviço pela internet, o INSS estuda uma forma de atender, de forma presencial, os aposentados que têm dificuldade de acesso à internet.
Internacional
Lula agradece Trump e espera “zerar celeuma” com os EUA
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira (20), em vídeo postado nas redes sociais, que a suspensão da tarifas comercial de 40% sobre uma determinada lista de produtos brasileiros foi um sinal importante.

“Não é tudo o que eu quero, não é tudo que o Brasil precisa, mas é uma coisa importante. O presidente Trump acaba de anunciar que vai começar a reduzir vários produtos brasileiros que foram taxados em 40%. Isso é um resultado muito importante”, afirmou. Lula elogiou a decisão do mandatário norte-americano e disse esperar que ambos possam se reencontrar pessoalmente no Brasil ou nos EUA.
“Ele [Trump] está convidado para vir no Brasil quando ele quiser, e eu espero ser convidado para ir a Washington para zerar qualquer celeuma comercial, política, entre Brasil e EUA”, acrescentou.
Lula gravou o vídeo ao lado do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em São Paulo, um pouco antes de embarcar para a África do Sul, onde participará da Cúpula do G20. O presidente fez questão agradecer a Trump, ainda que de forma parcial, e pediu que os países alcancem entendimento comercial completo.
“Vou lhe agradecer só parcialmente, porque e vou lhe agradecer totalmente quando tudo estiver totalmente acordado entre nós”.
Suspensão parcial
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou, nesta quinta-feira (20), a retirada da tarifa de importação de 40% sobre determinados produtos brasileiros. Constam na lista divulgada pela Casa Branca produtos como café, chá, frutas tropicais e sucos de frutas, cacau e especiarias, banana, laranja, tomate e carne bovina.
Na ordem executiva publicada pela Presidência dos EUA, Trump diz que a decisão foi tomada após conversa por telefone com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, “durante a qual concordamos em iniciar negociações para abordar as questões identificadas no Decreto Executivo 14.323”. De acordo com a publicação, essas negociações ainda estão em andamento.
Itamaraty
O governo brasileiro emitiu nota na noite desta quinta-feira afirmando que “recebeu com satisfação a decisão do governo dos Estados Unidos de revogar a tarifa adicional de 40% para uma série de produtos agropecuários importados do Brasil”.
A nota do governo, publicada pelo Itamaraty, cita ainda que o presidente Donald Trump “recebeu recomendações de altos funcionários do seu governo de que certas importações agrícolas do Brasil não deveriam estar mais sujeitas à tarifa de 40% em função do ‘avanço inicial das negociações’ com o governo brasileiro”.
A medida tomada pelos EUA é retroativa a 13 de novembro, mesma data da última reunião entre o ministro Mauro Vieira e o secretário de Estado Marco Rubio, em Washington. Naquela oportunidade, eles trataram do avanço das negociações para a redução das tarifas.
O Brasil também se coloca à disposição para manter o diálogo com o governo Trump para “solucionar questões entre os dois países, em linha com a tradição de 201 anos de excelentes relações diplomáticas.
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Internacional
Relações entre Brasil e Moçambique fazem 50 anos e Lula viaja ao país
Brasil e Moçambique completam 50 anos de relações diplomáticas neste sábado (15) e o presidente Luiz Inácio do Lula da Silva está com viagem marcada ao país africano. No próximo dia 24, Lula realiza sua quarta visita a Moçambique, na sequência da cúpula do G20 que ocorre nos dias 22 e 23, em Joanesburgo, na África do Sul.

Em nota, o Ministério das Relações Exteriores lembrou que além das relações bilaterais estabelecidas em 15 de novembro de 1975, Brasil e Moçambique também são parceiros no âmbito da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
“As relações bilaterais foram construídas sobre a base da identidade cultural compartilhada, de afinidades históricas, de fortes laços humanos e do idioma comum. Brasil e Moçambique desenvolveram, nesse período, significativa cooperação em áreas como saúde, agricultura e educação”, diz.
Segundo o governo brasileiro também há “ampla convergência” na atuação dos dois países em foros internacionais, como exemplo o “expressivo apoio” moçambicano às iniciativas apresentadas pelo Brasil na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), que está ocorrendo em Belém, no Pará.
O Brasil também já apoiou Moçambique com forças de segurança e reconstrução em momentos cruciais, como após o ciclone que devastou o país há seis anos (foto).
No último dia 7, Lula e o presidente de Moçambique, Daniel Chapo, tiveram encontro bilateral à margem da Cúpula de Líderes da COP30. Eles trataram sobre temas que deverão ser aprofundados durante a visita que Lula realizará a Maputo, capital do país.
“Os presidentes comprometeram-se a aprofundar a cooperação em áreas como agricultura, empreendedorismo, saúde, educação e combate ao crime organizado. Também deverão redobrar esforços para ampliar o comércio e os investimentos entre os dois países”, diz nota da Presidência da República, divulgada na ocasião.
Moçambique é o maior beneficiário da cooperação brasileira com recursos da Agência Brasileira de Cooperação (ABC) na África, cobrindo áreas diversificadas – saúde, agricultura, educação, formação profissional, entre outros – e envolvendo projetos estruturantes.
O intercâmbio comercial entre Brasil e Moçambique foi de US$ 40,5 milhões em 2024, com exportações brasileiras totalizadas em US$ 37,8 milhões, e importações de US$ 2,7 milhões.
Os produtos exportados são constituídos, sobretudo, por carnes de aves fresas, congeladas ou resfriadas (41%), produtos de perfumaria ou toucados (4,7%) e móveis e suas partes (5%). Já as importações são compostas por tabaco descaulificado ou desnervado (95%).
Internacional
Em dez meses de governo Trump, aumentam as exigências migratórias e o número de cancelamentos de visto nos EUA
Em dez meses do novo governo de Donald Trump, os Estados Unidos adotaram uma postura mais dura em relação à imigração. O país intensificou a fiscalização de estrangeiros com visto temporário e ampliou o controle sobre quem pretende entrar ou permanecer em território americano de forma irregular.
Segundo o Departamento de Estado, mais de 80 mil vistos de não imigrante — como os de estudantes, intercambistas e profissionais temporários — foram cancelados desde janeiro, o dobro do registrado no mesmo período do ano anterior. O número reflete uma política que prioriza segurança e promete “proteger a integridade do sistema de vistos”.
“Quem vem aos Estados Unidos deve respeitar as leis do país — o visto é um privilégio, não um direito”, declarou um porta-voz do governo americano.
Entre os motivos para os cancelamentos estão fatores já observados em gestões anteriores, mas agora há uma atenção maior a postagens e condutas em redes sociais consideradas inadequadas. Desde o início do mandato, a Casa Branca passou a monitorar a atividade online de titulares de visto em busca de comportamentos vistos como incompatíveis com as regras de permanência.
Fiscalização maior e aumento na busca por orientação especializada
Para o advogado e professor de Direito Migratório Vinícius Bicalho, mestre pela Universidade do Sul da Califórnia, licenciado nos Estados Unidos e membro da AILA – American Immigration Lawyers Association, a nova política reforça a importância da preparação e do acompanhamento profissional. “Estamos diante de uma fiscalização mais ampla e, muitas vezes, subjetiva. Atitudes simples podem ser interpretadas como violação das regras. A linha entre segurança e excesso de controle ficou mais fina”, avalia.
Segundo ele, o endurecimento das medidas também mudou o comportamento de quem busca viver ou permanecer nos Estados Unidos. “Comparado a 2024, este ano devemos encerrar com o dobro de consultas sobre vistos — tanto de pessoas que estão fora e desejam migrar, quanto de quem já vive aqui e precisa regularizar ou atualizar o status migratório”, afirma Bicalho, que lidera a Bicalho Consultoria Legal.
O advogado destaca que o momento exige processos sólidos e bem documentados. “Hoje, mais do que nunca, é essencial ter uma estratégia consistente e agir com total transparência. Cada caso precisa ser construído com responsabilidade e em conformidade com a legislação americana”, reforça.
Mesmo com o aumento das exigências, os Estados Unidos continuam abertos a profissionais qualificados e projetos de relevância nacional. O visto EB-2 NIW, destinado a estrangeiros com formação avançada e impacto comprovado em suas áreas, segue como uma alternativa segura e estratégica para quem busca residência permanente.
“O caminho permanece aberto para quem agrega conhecimento e valor. O importante é agir com planejamento e respeito às normas do país”, conclui Bicalho.
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