Com a aproximação das festividades de fim de ano, o Comitê de Prevenção de Perdas da Associação Cearense de Supermercados (Acesu) articula uma importante discussão sobre “Ações preventivas contra furtos nos supermercados no período de final de ano”. Este evento representa uma oportunidade valiosa para compartilhar experiências, aprender com especialistas e fortalecer estratégias de segurança em um período crítico para o setor varejista, em que as perdas podem aumentar em até 40%.
Segundo Rafael Eduardo Guimarães, vice-presidente do Comitê de Prevenção de Perdas da Acesu e da Associação Brasileira de Prevenção de Perdas (Abrappe), o aumento do volume de clientes nas lojas permite que “furtantes se sintam mais difíceis de serem notados, achando que, misturados ao grande número de clientes, estejam camuflados”. Essa percepção somada à facilidade de revenda de produtos furtados agrava o problema e exige uma resposta estratégica dos varejistas.
As perdas por furto impactam diretamente o funcionamento e a rentabilidade dos supermercados. “Com as margens de lucro cada vez mais baixas, as perdas por furto impactam diretamente no resultado final da empresa”, destaca Rafael. Além do prejuízo financeiro direto, furtos de itens populares geram rupturas no estoque, afetando a disponibilidade de produtos e até mesmo a fidelidade dos clientes.
Para enfrentar esse cenário, os supermercados cearenses têm investido em tecnologia de ponta, incluindo sistemas de monitoramento com Inteligência Artificial (IA). “A maioria das lojas são monitoradas e têm IA embarcada, o que nos ajuda a identificar um ‘furtante’ já na entrada da loja. Também contamos com IA que detecta sinais e atitudes suspeitas, permitindo que os Agentes de Prevenção de Perdas tomem ações preventivas,” explica Guimarães. Essa tecnologia, já em uso por algumas redes de supermercados no Ceará, tem se mostrado eficaz, aumentando a segurança e trazendo retorno financeiro aos empresários.
No entanto, a prevenção de furtos não depende apenas da tecnologia. Para que a segurança não comprometa a experiência do cliente, especialmente nos dias de maior movimento, o Comitê orienta os varejistas a investirem em treinamento contínuo para toda a equipe, não se restringindo aos Agentes de Prevenção de Perdas. “Todos na loja devem estar bem treinados”, reforça Rafael Guimarães, destacando a importância de uma equipe preparada para atuar de forma coordenada e preventiva.
A utilização de IA para identificação de comportamentos suspeitos e detecção facial são alguns dos recursos que já estão em aplicação no Ceará. “Essas tecnologias já são uma realidade que tem agradado os empresários, devido ao retorno financeiro e à redução dos furtos,” conclui vice-presidente, reforçando o compromisso do Comitê de Prevenção de Perdas da Acesu com a segurança do setor varejista, especialmente em períodos críticos para o comércio.