Saúde
A voz da inclusão: Tânia Bastos consolida avanços no atendimento a crianças com mutismo seletivo
Parlamentar participou de palestra na Câmara e mostrou como políticas públicas mudam vidas
A vereadora Tânia Bastos (Republicanos/RJ) participou nesta terça-feira, 5 de novembro, de uma palestra sobre Mutismo Seletivo e Adaptações Curriculares na Câmara Municipal do Rio de Janeiro. Junto com outras especialistas da área de psicologia e neuropsicologia, a parlamentar, que é pedagoga, debateu estratégias educacionais para crianças com esse transtorno de ansiedade.
Conhecida como a “madrinha dos autistas” pelos pais atípicos por sua luta pela causa, na Câmara, Tânia está no quinto mandato consecutivo e tem dedicado grande parte do seu trabalho parlamentar às causas das pessoas com deficiência. Natural de Sergipe, ela mora há quase 50 anos na Ilha do Governador e é formada em Pedagogia, com especialização em Assistência Social e pós-graduação em Gestão Pública. Sua atuação como presidente municipal do Republicanos e segunda vice-presidente da Câmara Municipal reforça a força política dessa mulher que não desiste de lutar pelos direitos das famílias cariocas.
O mutismo seletivo virou uma das principais bandeiras da vereadora nos últimos anos. Esse transtorno de ansiedade faz com que crianças e adolescentes não consigam falar em determinadas situações sociais, mesmo tendo capacidade para isso. Muitas vezes, essas crianças são rotuladas como tímidas ou desobedientes, quando na verdade precisam de apoio especializado e compreensão.
“A gente hoje precisa mostrar para a sociedade que existe um transtorno que é muito parecido com o autismo, que é o mutismo seletivo. Porém, esse transtorno, ele é uma timidez que bloqueia a fala da criança, do adolescente”, explicou Tânia durante o evento.
Quatro leis de Tânia que mudaram a vida de quem tem mutismo seletivo
O trabalho de Tânia Bastos resultou em quatro leis específicas sobre o tema. A primeira delas, a Lei nº 7.125 de 2021, criou ações de capacitação para profissionais da rede pública de saúde. Agora, médicos e enfermeiros da atenção primária recebem treinamento para identificar e orientar famílias sobre o transtorno. Isso fez toda diferença porque muitas crianças passavam anos sem diagnóstico correto.
No ano seguinte, a Lei nº 7.416 de 2022 estabeleceu a divulgação de material informativo sobre mutismo seletivo em escolas, unidades de saúde e outros espaços públicos. Pais e professores ganharam acesso a panfletos e conteúdo digital explicando os sinais do transtorno. A informação chegou onde precisava chegar.
Ainda em 2022, a Lei nº 7.506 incluiu o Dia Municipal de Conscientização do Mutismo Seletivo no calendário oficial da cidade. Todo dia 5 de setembro, o Rio de Janeiro promove campanhas e debates sobre o assunto. A data virou um marco anual para manter o tema vivo na sociedade e pressionar por mais políticas públicas.
A lei mais recente, de número 9.044, foi aprovada em setembro deste ano. Ela permite que alunos com mutismo seletivo tenham material didático adaptado nas escolas da rede municipal. As crianças podem, por exemplo, responder às avaliações por escrito quando não conseguem falar, ou usar recursos visuais para se comunicar em sala de aula. Dessa forma a educação pública se tornou mais inclusiva e acolhedora.
Mais de 60 leis aprovadas em quatro mandatos
Das mais de 100 propostas enviadas por Tânia Bastos ao longo de sua trajetória parlamentar, 65 viraram lei. O trabalho dela não se limita ao mutismo seletivo. A vereadora conquistou vitórias importantes para as mulheres vítimas de violência doméstica, garantindo prioridade em programas habitacionais através da Lei nº 6.612 de 2019. Essas mulheres ganham a chance de reconstruir suas vidas longe dos agressores.
Outra conquista foi a Lei nº 6.101 de 2016, que obrigou estabelecimentos públicos e privados a incluir o símbolo do autismo nas placas de atendimento prioritário. Pessoas com TEA e suas famílias passaram a ter seus direitos respeitados em filas e atendimentos. Com isso, a visibilidade aumentou e o preconceito diminuiu.
Na área da saúde feminina, a Lei nº 5.749 de 2014 criou a Semana de Exames da Saúde da Mulher no calendário oficial. A iniciativa incentiva a prevenção e o diagnóstico precoce de doenças como câncer de mama e de colo de útero. Já a Lei nº 5.599 de 2013 estabeleceu normas de segurança sanitária para manicures e pedicures, protegendo profissionais e clientes contra transmissão de doenças.
A parlamentar também aprovou a Lei nº 5.439 de 2012, que criou ações socioeducativas nas escolas públicas para prevenir violência contra a mulher. E a Lei nº 5.341 de 2011 tornou obrigatório o uso de proteção isolante em postes de praças e escolas, aumentando a segurança contra choques elétricos.
Bandeiras que representam valores e famílias
Tânia Bastos deixa claro quais são suas prioridades como parlamentar. Direitos das mulheres, família tradicional, luta pelos autistas, pessoas com deficiência, pessoas desaparecidas e valores cristãos norteiam todas as ações do seu mandato. Essas bandeiras representam as vozes de quem muitas vezes não é ouvido nos espaços de poder. “Minhas bandeiras são as causas que norteiam as ações do meu mandato”, afirma a parlamentar em seu site oficial.
O compromisso da vereadora com o diagnóstico precoce e a criação de políticas públicas contra a discriminação é visível em cada projeto apresentado. A tendência é que ela continue expandindo as iniciativas para outras áreas, sempre buscando promover dignidade e inclusão plena na sociedade carioca.
Especialistas destacam importância do debate
A palestra contou com a participação de especialistas renomadas. Ana Cláudia Peixoto, professora do Departamento de Psicologia da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro e autora do primeiro doutorado sobre mutismo seletivo no país, celebrou o momento. “Quase 20 anos depois, no que vem, vou estar fazendo 20 anos de defesa de tese, poder 20 anos depois experimentar isso que eu vivi hoje aqui, que é a publicação das leis, a partir do trabalho da Francilene, da vereadora Tânia, para ampliar a conscientização do mutismo seletivo na sociedade”, afirmou.
Francilene Torraca, especialista em mutismo seletivo e coordenadora do projeto Ansiedade e Mutismo Seletivo Crianças que Superam, destacou a relevância das políticas públicas. “A gente não tinha nenhum tipo de política pública voltada para o mutismo seletivo. Então, a gente ter políticas públicas voltadas para um transtorno tão grave que é negligenciado pela sociedade e ela traz isso para a superfície e apoia a gente dando voz dentro dessa casa. É fundamental”, disse.
Durante o evento, ficou acordada uma reunião com o secretário municipal de Educação, Renan Ferreirinha, para discutir a implementação das políticas de inclusão nas escolas. A vereadora reforçou que o objetivo é garantir visibilidade e acolhimento para as famílias que convivem com o mutismo seletivo no Rio de Janeiro.
Saúde
Tendências 2025: teleconsulta e emissão de atestado médico
A telemedicina deixou de ser exceção e virou rotina. Em 2025, a teleconsulta consolidou-se como a primeira porta de entrada para queixas leves, acompanhamento de crônicos e orientação rápida — e, quando clinicamente indicado, para a emissão de atestado médico com segurança, rastreabilidade e validação digital. Este guia mostra o que mudou, o que permanece essencial e como pacientes, empresas e clínicas podem navegar o tema sem riscos.
Por que a teleconsulta cresceu — e o que isso muda no atestado
A combinação de conveniência, custos menores e tecnologia madura puxou a demanda. Para o atestado médico, isso significa processos mais rápidos e documentados:
- Consulta síncrona (vídeo/áudio/chat médico) com registro em prontuário.
- Assinatura eletrônica do médico e carimbo de tempo.
- Verificação por QR Code e trilhas de auditoria.
- Integração com sistemas de RH para conferência e arquivamento seguro.
Ponto-chave: atestado online válido nasce de consulta real com médico habilitado. Formulário automático sem avaliação clínica não é telemedicina.
O que torna um atestado online “aceitável” em 2025
Elementos obrigatórios
- Identificação do profissional: nome, CRM e UF.
- Dados do paciente e data da consulta.
- Assinatura eletrônica verificável (+ carimbo de tempo).
- Finalidade e período de afastamento ou restrição.
- Canal de verificação (QR Code/link de validação).
Boas práticas adicionais
- Registro em prontuário eletrônico.
- Política de privacidade e segurança aderente à LGPD.
- Suporte para revalidação pelo RH quando necessário.
Fluxo moderno de emissão: do sintoma ao documento
1) Triagem inteligente
Formulário prévio organiza sintomas, histórico e medicamentos. Não substitui o exame clínico, mas agiliza.
2) Teleconsulta com médico
Avaliação síncrona, hipóteses, conduta e — se indicado — afastamento. Em caso de sinais de gravidade, o médico direciona ao atendimento presencial.
3) Atestado e documentos digitais
Geração do PDF assinado com metadados, QR Code e registro no prontuário. Prescrições/exames seguem o mesmo padrão.
Assinatura eletrônica: como o RH confere
- Abrir o PDF e checar o status da assinatura.
- Scannear o QR Code e comparar dados (nome, CRM, datas).
- Verificar carimbo de tempo e integridade do arquivo.
Tendências que marcam 2025
1) Interoperabilidade: prontuário + RH
Soluções que integram prontuário eletrônico a sistemas de gestão de pessoas diminuem fraudes e aceleram o deferimento do afastamento.
2) IA como copiloto clínico
Ferramentas de IA ajudam na triagem, sumarizam histórico e sugerem checklists para o médico. A decisão clínica continua sendo do profissional.
3) Privacidade por design
Criptografia, controle de acesso granular, logs de auditoria e retenção mínima de dados se consolidam. A regra é coletar apenas o necessário.
4) Verificação avançada do documento
Além do QR Code, surgem verificações com hash público e selos de integridade que dificultam adulterações.
5) Políticas claras de aceitação
Empresas maduras formalizam critérios objetivos: assinatura válida, CRM, legibilidade, período, formato PDF original. Adeus a decisões ad hoc.
Benefícios e riscos — com estratégias para cada público
Para pacientes
Benefícios: rapidez, comodidade, histórico organizado, menor exposição desnecessária.
Riscos: promessas de “atestado garantido”, plataformas sem médico, PDFs sem assinatura válida.
Como mitigar: busque médico com CRM, verifique assinatura e QR Code, guarde o PDF original.
Para empresas e RH
Benefícios: padronização, rastreabilidade, menos fraudes e retrabalho.
Riscos: receber prints/imagens editáveis, exposição de dados sensíveis, critérios de aceitação ambíguos.
Como mitigar: exigir PDF assinado, validar por QR Code, aplicar checklist e restringir acesso a quem precisa.
Para clínicas e plataformas
Benefícios: eficiência operacional, melhor experiência do paciente, diferenciação por confiança.
Riscos: dependência de checklists manuais, falhas de segurança, comunicação confusa.
Como mitigar: automatizar assinatura e verificação, publicar políticas claras, treinar equipe.
Checklists práticos (para copiar e usar)
Paciente: antes, durante e depois
- Documento com foto e lista de medicamentos.
- Descreva início, duração e intensidade dos sintomas.
- Após a consulta, baixe o PDF assinado e valide o QR Code.
- Envie somente o PDF original ao RH (evite fotos e prints).
RH: validação padronizada
- Conferir nome do paciente e data.
- Verificar médico, CRM/UF.
- Checar assinatura eletrônica e carimbo de tempo.
- Validar QR Code com correspondência de dados.
- Registrar recebimento no sistema e restringir acesso (LGPD).
Clínicas: emissão sem ruído
- Modelos padronizados de atestado.
- Assinatura eletrônica integrada ao prontuário.
- Canal de verificação estável e público (via QR Code).
- Treinamento do time para orientar paciente e RH.
Perguntas frequentes (FAQ)
Teleconsulta pode gerar atestado válido?
Sim, desde que haja consulta clínica real com médico habilitado e o documento tenha assinatura eletrônica verificável e identificação do profissional.
É preciso incluir CID?
Depende de consentimento e da necessidade. Muitos casos dispensam CID para preservar a privacidade do paciente.
O RH pode recusar um atestado online?
Pode recusar documentos sem validação (sem assinatura, sem CRM, sem QR Code, ilegíveis). Com critérios claros e documento conforme, a tendência é de aceitação.
Foto de papel vale?
Evite. Em 2025, o padrão é PDF assinado com validação. Fotos/prints são editáveis e aumentam o risco.
Como detectar fraude?
PDF sem assinatura válida, dados inconsistentes, QR Code que não confere e metadados alterados são sinais de alerta.
Saúde
Telemedicina: como diferentes áreas se adaptam ao formato digital
De alternativa emergencial a modelo consolidado, a telemedicina se tornou parte essencial da rotina de profissionais e pacientes; veja como diferentes especialidades da saúde se adaptam ao formato remoto e o que esperar do futuro
A transformação digital da saúde
A telemedicina deixou de ser uma solução provisória para se consolidar como uma das principais inovações no sistema de saúde brasileiro. O avanço das tecnologias de comunicação e a ampliação do acesso à internet permitiram que consultas, diagnósticos e acompanhamentos se tornassem mais ágeis e acessíveis.
Segundo dados do Ministério da Saúde, publicados em 2025, o Brasil padronizou oficialmente as diversas modalidades de teleatendimento, incluindo teleconsulta, telediagnóstico e telemonitoramento. O objetivo é garantir que pacientes e profissionais possam usufruir da tecnologia de forma segura, seguindo protocolos éticos e técnicos.
Especialistas do portal Clinipam Blog da Saúde destacam que, embora a pandemia tenha acelerado a adoção do formato remoto, a tendência já era observada antes de 2020. A diferença é que agora o atendimento digital faz parte da rotina de clínicas, hospitais e operadoras, sendo reconhecido pela eficiência em reduzir deslocamentos e ampliar o alcance médico em regiões carentes.
Como as áreas da medicina se adaptaram à modalidade virtual
A adaptação da telemedicina às diferentes especialidades foi marcada por desafios e descobertas. Enquanto algumas áreas se ajustaram facilmente ao ambiente digital, outras precisaram reinventar processos para manter a qualidade da assistência.
De acordo com o Hospital Moinhos de Vento, entre as especialidades que mais se beneficiaram da modalidade, estão:
- Clínica geral e medicina de família: consultas de acompanhamento e orientações preventivas foram integradas ao atendimento online, com foco em continuidade e prevenção.
- Psiquiatria e psicologia: o formato remoto se mostrou ideal para ampliar o acesso ao cuidado emocional, principalmente entre jovens e moradores de pequenas cidades.
- Dermatologia e endocrinologia: o uso de imagens e aplicativos para monitorar exames e resultados laboratoriais otimizou o contato entre médico e paciente.
- Nutrição e fisioterapia: com planos personalizados e videochamadas regulares, os profissionais mantêm o acompanhamento constante de hábitos e progresso.
No entanto, há limites claros no que pode ser feito a distância. Algumas especialidades, como a odontologia, exigem contato físico direto para avaliação e tratamento. Ainda assim, o acompanhamento remoto tem ganhado espaço nesse campo, especialmente em orientações preventivas, triagens iniciais e acompanhamento pós-procedimento – um exemplo de como o formato pode complementar, e não substituir, o atendimento presencial.
A Pixeon Blog Digital First ressalta que o futuro da telemedicina está na integração entre o digital e o presencial, criando modelos híbridos de atendimento.
Projeções e tendências para o futuro
As projeções para a telemedicina indicam crescimento contínuo e novas possibilidades. Segundo o Ministério da Saúde, a regulamentação mais clara e o investimento em infraestrutura digital devem impulsionar a expansão do serviço em todo o país, especialmente nas redes públicas.
Entre as tendências mais promissoras, estão:
- uso de inteligência artificial para triagem e suporte diagnóstico;
- integração entre sistemas hospitalares para facilitar o compartilhamento de dados;
- educação médica digital, com capacitações online e comunidades de prática.
Esses avanços apontam para uma medicina mais conectada, acessível e centrada no paciente. Entretanto, especialistas alertam para a importância de equilibrar tecnologia e humanização. O desafio das próximas décadas será manter a empatia e o vínculo entre médico e paciente, mesmo diante da tela.
A telemedicina, como apontam os estudos do Hospital Moinhos de Vento, de 2024, não substitui a relação humana, ela a transforma. Ao conectar profissionais e pacientes de forma mais ampla, o formato digital expande fronteiras e democratiza o acesso à saúde, mas exige ética, sensibilidade e preparo técnico.
Um novo modelo de cuidado
A consolidação da telemedicina no Brasil representa um avanço que vai além da tecnologia: é uma mudança de mentalidade sobre o que significa cuidar. Seja em grandes centros ou em áreas remotas, a conexão virtual tem permitido diagnósticos mais rápidos, monitoramentos contínuos e acompanhamento humanizado, mesmo a quilômetros de distância.
A experiência de profissionais de diferentes especialidades mostra que o formato veio para ficar, adaptando-se, evoluindo e se tornando parte essencial da nova era da saúde.
Saúde
Avanços no tratamento da doença falciforme trazem esperança para o Brasil
A doença falciforme (DF), um distúrbio sanguíneo crônico e hereditário, continua sendo um desafio para indivíduos e sistemas de saúde em todo o mundo. No Brasil, estima-se que entre 60.000 e 100.000 pessoas vivam com a doença. Entre 2014 e 2020, uma média de 1.087 crianças foram diagnosticadas com DF a cada ano pelo teste do pezinho do PNTN (Programa Nacional de Triagem Neonatal), revelando uma taxa de incidência de 3,75 para cada 10.000 nascidos vivos.
O cotidiano dessas pessoas é frequentemente marcado por episódios súbitos de dor, além do risco constante de complicações graves, como AVC, infecções e até mesmo a morte.
Dados do Ministério da Saúde do Brasil mostram como a doença impacta a sociedade de forma desproporcional. Entre 2014 e 2023, mais de 74% das mortes relacionadas à doença ocorreram entre pessoas negras, e metade dessas mortes, entre homens. As maiores taxas estão concentradas nos estados de São Paulo, Bahia, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
O diagnóstico precoce e o acesso a tratamentos eficazes continuam sendo fundamentais para melhorar tanto a qualidade de vida quanto a expectativa de vida desses pacientes.
Troca automatizada de hemácias: tratamento avançado e individualizado
A doença falciforme é comumente tratada por meio de medicamentos e transfusões sanguíneas. A troca automatizada de hemácias (aRBCX), procedimento que remove as hemácias falcizadas e as substitui por células saudáveis de doadores, é uma terapia transfusional que exige equipamentos especializados e profissionais capacitados. Diferentemente das transfusões manuais, a aRBCX permite o controle preciso dos níveis de hemoglobina S, ao mesmo tempo em que reduz a sobrecarga de ferro e minimiza complicações associadas às transfusões.
Estima-se que entre 20% e 30% dos brasileiros com doença falciforme estejam em regime crônico de transfusão de hemácias.⁴ Isso equivale a cerca de 30.000 pessoas que necessitam de cuidados especializados para tratar crises vaso-oclusivas e outras complicações. Dentro desse grupo, apenas uma pequena parcela dos pacientes tem acesso à aRBCX.
Ampliando o acesso no Brasil
Segundo Eduardo Morato, Country Manager da Terumo Blood and Cell Technologies (Terumo BCT) no Brasil, a adoção da aRBCX vem crescendo de forma constante em todo o país.
“Embora a troca automatizada de hemácias ainda não seja considerada um tratamento de primeira linha no Brasil, sua inclusão no Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) representa um marco importante”, afirma Morato. “Isso abre caminho para que centros de referência, especialmente dentro do sistema público de saúde, ampliem o acesso a programas de aRBCX. A adoção mais ampla dessa terapia pode transformar a qualidade de vida dos pacientes, aprimorar o manejo da doença a longo prazo e contribuir para reduzir o impacto geral da doença falciforme no sistema de saúde”.
Morato também destaca as desigualdades que ainda persistem no acesso ao tratamento: “Pacientes com doença falciforme frequentemente enfrentam sofrimento desnecessário porque os tratamentos ideais estão fora de alcance. Garantir o acesso equitativo a tecnologias como a aRBCX não é apenas uma prioridade de saúde pública, é uma questão de responsabilidade social”.
Uma história transformadora de esperança
Para aqueles que têm acesso à aRBCX, o impacto pode ser verdadeiramente transformador.
“No Ceará, conheci uma mãe cujo filho — antes retraído e frequentemente ausente da escola — voltou à rotina escolar após iniciar o tratamento com aRBCX. Em São Paulo, um adolescente me contou, com alegria, que agora consegue ajudar a mãe nas tarefas do dia a dia, algo que antes era impossível”.
A Terumo BCT, líder global em tecnologias de sangue e células, trabalha para expandir o acesso a terapias avançadas por meio de inovação, capacitação e parcerias. A empresa apoia o fortalecimento de um suprimento nacional de sangue seguro e suficiente, oferece treinamento especializado a profissionais de saúde e conduz estudos para reforçar práticas baseadas em evidências em toda a região. Seu Sistema de Aférese Spectra Optia™, uma das principais plataformas terapêuticas do mundo, foi recentemente indicado para uso no tratamento da doença falciforme (DF), um avanço que reforça o compromisso contínuo da Terumo BCT com os pacientes e com o acesso equitativo a cuidados de saúde de qualidade.
Sobre a Terumo Blood and Cell Technologies
A Terumo Blood and Cell Technologies é uma empresa de tecnologia médica. Nossos produtos, softwares e serviços permitem que clientes coletem e preparem sangue e células para tratar doenças e condições desafiadoras. Nossos colaboradores em todo o mundo acreditam no potencial do sangue e das células para fazer ainda mais pelos pacientes do que fazem hoje. Essa crença inspira nossa inovação e fortalece nossa colaboração com os clientes.
Os clientes da Terumo Blood and Cell Technologies incluem centros de sangue, hospitais, clínicas de aférese terapêutica, organizações de coleta e processamento de células, pesquisadores e práticas médicas privadas. Atuamos em mais de 150 países. Contamos com mais de 750 patentes concedidas e mais de 150 adicionais em tramitação.
Nossa sede global fica em Lakewood, Colorado (EUA), e temos cinco sedes regionais, oito unidades de fabricação e seis centros de inovação e desenvolvimento em todo o mundo. A Terumo Blood and Cell Technologies é uma subsidiária da Terumo Corporation (TSE: 4543), líder global em tecnologia médica.
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