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A volta das atividades manuais nas escolas: por que costurar, bordar e cortar ajudam na concentração?

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Se nos últimos anos as telas tomaram conta do cotidiano escolar, das atividades em aula aos intervalos, uma mudança silenciosa começa a ganhar força: o retorno das atividades manuais como parte da rotina educacional. Costura, bordado e recorte, que por muito tempo foram vistos como “coisa do passado”, agora voltam ao centro das atenções como alternativa eficiente para trabalhar concentração, coordenação motora e saúde emocional entre crianças e adolescentes.

O movimento é impulsionado por dois fatores principais: a recente regulamentação que limita o uso de celulares nas escolas públicas brasileiras e a crescente preocupação com o bem-estar mental dos alunos. Atividades que estimulam o uso das mãos têm se mostrado uma válvula de escape produtiva e, ao mesmo tempo, terapêutica em meio ao excesso de estímulos digitais.

Segundo um estudo da Frontiers in Cognition, de março de 2025, crianças em idade pré-escolar apresentaram melhorias expressivas nas funções executivas e na memória de trabalho após participar de práticas regulares de destreza manual. Outra pesquisa da Frontiers in Psychology, de maio deste ano, reforça que atividades estruturadas, repetitivas e manuais têm impacto direto na concentração cognitiva dos alunos.

Com isso, escolas de diferentes regiões do país começam a incluir oficinas de costura, projetos de colagem criativa e até clubes de bordado na grade extracurricular. Essas ações vão ao encontro de um interesse crescente da geração Z por práticas manuais e analógicas. Segundo o Pinterest Predicts 2024, as buscas por “bordado contemporâneo” cresceram 85% entre jovens de 15 a 24 anos. Costura criativa, tricô e até encadernação artesanal também estão em alta, principalmente quando associadas à ideia de autocuidado, identidade e propósito.

Para Natália Marotta, gerente de marketing da Mundial, multinacional brasileira especializada em produtos de corte e com uma ampla linha de tesouras escolares, o retorno dessas práticas no ambiente escolar não é apenas um resgate cultural, mas um investimento em desenvolvimento humano. “Nosso cérebro está cada vez mais acelerado. A prática de atividades manuais funciona quase como uma meditação ativa. Costurar, recortar ou bordar exige presença e repetição, o que ajuda na organização dos pensamentos e no foco. Ver escolas retomando isso é um sinal positivo de que estamos olhando para o futuro com mais sensibilidade”, afirma.

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