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5 iniciativas brasileiras focadas em equidade de gênero no mercado de trabalho para conhecer em 2025

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5 iniciativas brasileiras focadas em equidade de gênero no mercado de trabalho para conhecer em 2025
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Não é de hoje que as pautas de equidade de gênero têm ganhado espaço no ambiente corporativo e social. No entanto, a paridade de gênero avançou lentamente no último ano, indicando que, no ritmo atual, serão necessárias mais cinco gerações para alcançar a igualdade plena, segundo o Fórum Econômico Mundial. Este dado reflete desigualdades históricas e estruturais que ainda persistem em diversas áreas da sociedade.

De acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), as mulheres continuam a ganhar menos do que os homens no ambiente corporativo. A diferença salarial global de gênero é de aproximadamente 20%, com variações significativas entre regiões e setores. Essa disparidade salarial reflete não apenas a falta de oportunidades iguais, mas também a necessidade de mecanismos mais robustos para combater preconceitos e promover a inclusão.

Esse cenário se torna ainda mais evidente quando analisamos os dados do Banco Mundial, que apontam uma participação feminina de apenas 46,9% na força de trabalho global, em contraste com 74% entre os homens. Esses números deixam clara a necessidade de políticas públicas efetivas que incentivem a inclusão e retenção de mulheres no mercado de trabalho, criando condições favoráveis para o crescimento e a permanência profissional.

Apesar dos desafios, avanços significativos começam a surgir

O relatório do Fórum Econômico Mundial revelou que a presença feminina em cargos de liderança tem crescido, com mulheres ocupando 29% dessas áreas globalmente, um aumento expressivo em comparação aos 24% de uma década atrás. Esse progresso mostra que, embora lento, o caminho para a equidade está sendo pavimentado.

A presença feminina em setores tradicionalmente dominados por homens é um dos pilares na luta pela igualdade de gênero. Profissionais que atuam em áreas como tecnologia, engenharia, finanças e construção civil enfrentam obstáculos significativos, incluindo preconceitos implícitos e a falta de representatividade. No entanto, essas mulheres desafiam estereótipos e redefinem as normas que, historicamente, limitavam seu acesso e crescimento nessas profissões.

E como podemos acelerar esse progresso? 

Ampliar o escopo das ações é fundamental. Incentivar a educação de mulheres em áreas historicamente dominadas por homens, como Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática, é um passo estratégico para equilibrar as oportunidades. Além disso, o acesso a programas de mentoria e capacitação voltados para o desenvolvimento de lideranças femininas pode acelerar o crescimento profissional e a ocupação de cargos de destaque por mulheres.

Outro aspecto importante é a conscientização e o engajamento dos homens nesse processo. Estudos demonstram que iniciativas de diversidade e inclusão têm mais sucesso quando contam com o apoio ativo de lideranças masculinas, criando um ambiente de cooperação e comprometimento em todos os níveis organizacionais.

Nesse cenário, algumas organizações têm desempenhado um papel fundamental na promoção da igualdade de gênero. Conheça 5 iniciativas que estão na vanguarda desse movimento:

1) Ipefem: equidade de gênero e saúde mental

O Ipefem (Instituto de Pesquisa de Estudos do Feminino) promove a equidade de gênero por meio da educação, formação e empoderamento econômico das mulheres. Seu foco está em combater a violência socioemocional no trabalho, especialmente as microagressões contra mulheres, através de programas de apoio terapêutico, capacitação de líderes e plataformas de letramento em saúde mental, gênero e diversidade.

2) Concreto Rosa: inclusão na construção civil

O Concreto Rosa busca transformar a construção civil em um ambiente mais inclusivo. Além de capacitar mulheres para atuar no setor, a organização promove workshops sobre empoderamento e liderança, criando redes de apoio e mentoria para estimular o desenvolvimento profissional e pessoal das participantes.

3) Rede Mulher Empreendedora: apoio ao empreendedorismo feminino

A Rede Mulher Empreendedora é a primeira e maior rede de apoio ao empreendedorismo feminino no Brasil. Por meio de programas de capacitação e oportunidades de networking, a organização conecta empreendedoras a parceiros e investidores, fortalecendo o papel das mulheres no mercado empresarial.

4) Marianas, Mulheres que Inspiram: troca de experiências

Marianas promove conexões entre mulheres de diversos setores por meio de encontros, workshops e programas de mentoria. O objetivo é criar um ambiente colaborativo que estimule a troca de desafios e conquistas, impulsionando o crescimento profissional das participantes.

5) Think Olga: conscientização sobre direitos das mulheres

Think Olga atua no combate ao machismo por meio de campanhas sociais e educativas. A organização produz pesquisas e conteúdo informativo sobre temas como violência de gênero e desigualdade salarial, contribuindo para a conscientização e a mudança sistêmica.

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Ipefem

Fundado em 2019, o Instituto de Pesquisa de Estudos do Feminino e das Existências Múltiplas – Ipefem atua em três pilares, que podem acontecer coordenadamente ou individualmente: pesquisa, educação e terapia. Em Pesquisas, considera-se todas as modalidades técnicas de pesquisa que considerem recortes por gênero, orientação sexual e saúde mental. Em Educação, o instituto tem a Comunidade Ipê, uma plataforma de educação à distância, baseada em Lifelong Learning, dedicada a aulas expositivas e micro conteúdos de impacto. Em Terapia, o instituto já atendeu milhares de pessoas, oferecendo apoio terapêutico individual ou em grupo, podendo ser atendimentos gratuitos ou com valores simbólicos acessíveis. Saiba mais: https://ipefem.org.br/

Ana Tomazelli, psicanalista e Presidente do Ipefem (Instituto de Pesquisas & Estudos do Feminino e das Existências Múltiplas), uma ONG de educação em saúde mental para mulheres no mercado de trabalho. Mentora de Carreiras, Executiva em Recursos Humanos, por mais de 20 anos, liderou reestruturações de RH dentro e fora do país. Com passagens pelas startups Scooto e B2Mamy, além de empresas tradicionais e consolidadas como UHG-Amil, Solera Holdings, KPMG e DASA (Diagnósticos da América S/A). Mestranda em Ciências da Religião pela PUC-SP e membro do grupo de pesquisa RELAPSO (Religião, Laço Social e Psicanálise) da Universidade de São Paulo, também é pós-graduada em Recursos Humanos pela FIA-USP e em Negócios pelo IBMEC-RJ. Formada em Jornalismo pela Laureate – Anhembi Morumbi.Linkedin/anatomazellibr

Instagram @ipefem

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