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04 de agosto: Dia Nacional da Campanha Educativa de Combate ao Câncer

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04 de agosto: Dia Nacional da Campanha Educativa de Combate ao Câncer
Vivian Antunes - Oncologista Clínica e sócia do Grupo SOnHe
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As datas chamativas e comemorativas que se relacionam ao diagnóstico e tratamento do câncer percorrem o ano todo. Em algumas delas o ponto alto é a prevenção, ou o impacto do diagnóstico precoce. Em outras, a ênfase está no acolhimento ao paciente e, não raramente, tem se mencionado nas mídias o “combate científico”, mais pronunciado com as discussões acerca de novas terapias e descobertas promissoras.

É mesmo verdadeiro que uma doença complexa como o câncer demande de muitas atenções e ações. Em partes, o que vemos veiculado é a forma como conseguimos nos organizar enquanto sociedade para enfrentar essa condição tão desafiadora. Considero cada pontinha de ação pensada em qualquer parte do mundo como muito valiosa.

Mas e o que eu vejo enquanto médica que trata pacientes com câncer?

Eu vejo pessoas que tem toda a sua perspectiva de vida mudada, seja com o diagnóstico de doença inicial ou em fase avançada, com desafios muito intensos de diversas ordens.

Eu vejo mães que adoecem e seguem cuidando de seus filhos, carregando suas angústias e efeitos colaterais com elas. Vejo pacientes que colocam o medo numa gaveta a ser aberta um dia, e se enchem de sacolas de exames, que são mesmo, na maioria das vezes, tão necessários para que nós médicos consigamos propor um bom plano terapêutico. Vestem a coragem que tem para ouvir o que pode ser feito, o que quase sempre é algo que impactará suas vidas para sempre.

Ao prescrever os remédios contra o câncer jamais me esqueço dos cientistas que se debruçam em bancadas para descobrir uma possível cura, ou um tratamento que faça um semelhante viver mais longamente ou viver melhor.

E ao falar dos remédios que tratam o câncer também se faz necessário lembrar que a complexidade da doença e dos tratamentos extravasa para a discussão de fontes de pagamento, fontes regulatórias e acesso, já que os custos estão cada vez mais onerosos.

E nesse enfrentamento todo, o que cada um de nós pode fazer que ajude a prosperar o bem, a calma e o acalento de quem adoece?

É necessário estar junto. Estar presente na hora que o familiar, ou o amigo adoecido recebe uma notícia difícil. Estar lá ,onde outro corpo carece de um abraço, de companhia ou mesmo de distração. Agendar os tantos exames que chegam a se emaranhar. Segurar a mão. Enxugar lágrimas. Ligar uma música. Levar os filhos para passear. Propor uma massagem. Achar um centro de pesquisa promissor.

Sendo conhecedora das estatísticas do câncer, é certo que existe alguém que você conheça que está enfrentando um adoecimento ameaçador. Esteja com essa pessoa. E nos dias de hoje nem é necessário estar perto para estar junto, temos a tecnologia nos aproximando e facilitando nosso convívio. Existem inúmeras formas de ser apoio.

No enfrentamento do câncer, o cientista continuará seu lindo trabalho com novas descobertas, os profissionais de saúde seguirão buscando trazer a cura ou alívio, os órgãos regulatórios devem assegurar o acesso ao que há de melhor, e, não menos importante, que você possa ser apoio para alguém. Que esteja presente onde presença também é uma forma de cura.

*Vivian Castro Antunes de Vasconcelos é formada em Oncologia Clínica pela Unicamp. É oncologista do Caism/Unicamp, mestre pela FCM-Unicamp, doutoranda na FCM-Unicamp e membro titular da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO) e da Sociedade Europeia de Oncologia (ESMO). Vivian é sócia do Grupo SOnHe – Oncologia e Hematologia e atua na oncologia do Radium – Instituto de Oncologia, do CAISM e do Hospital Madre Theodora.

Sobre o Grupo SOnHe

O Grupo SOnHe – Oncologia e Hematologia é formado por oncologistas e hematologistas que fazem atendimento oncológico alinhado às recentes descobertas da ciência, com tratamento integral, humanizado e multidisciplinar em importantes centros de tratamento de câncer em Campinas, como o Hospital Santa Tereza, Hospital Madre Theodora, Hospital Puc-Campinas, Radium Instituto de Oncologia, além do UNACON, em Americana.  O Grupo oferece excelência no cuidado oncológico e na produção de conhecimento de forma ética, científica e humanitária, por meio de uma equipe inovadora e sempre comprometida com o ser humano. O SOnHe é formado por 14 especialistas sendo três deles com doutorado e três com mestrado. Fazem parte do grupo os oncologistas André Deeke Sasse, David Pinheiro Cunha, Vinícius Correa da Conceição, Vivian Castro Antunes de Vasconcelos, Rafael Luís, Susana Ramalho, Leonardo Roberto da Silva, Higor Mantovani, Débora Curi, Isabela Pinheiro, Amanda Negrini, Laís Feres e pelas hematologistas Lorena Bedotti e Jamille Cunha. Saiba mais: no portal www.sonhe.med.br e nas redes sociais.

Artigo de Vivian Antunes – Oncologista Clínica CRM 140.106

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