Priscila de Franca, docente da Cruzeiro do Sul Virtual, explica os riscos destes geradores de energia e como evitar prejuízos com a radiação
Você com certeza já se perguntou o que é e como funciona uma usina nuclear. Mas sabia que este tipo de produção de eletricidade pode gerar perigo a saúde e segurança de uma pessoa caso ocorra algum acidente ou erro na usina?
A Priscila De Franca Marins Vieira, professora da Cruzeiro do Sul Virtual, marca pertencente ao grupo Cruzeiro do Sul Educacional, explica que usinas nucleares são estruturas que permitem a geração de energia por meio da fissão nuclear. O seu funcionamento é semelhante ao de qualquer outra usina termelétrica, sendo a energia térmica gerada a partir de uma fonte, e por meio desse vapor é feito a eletricidade.
“Caso não tenha um bom sistema de resfriamento, os reatores podem vir a explodir e liberar uma alta quantidade de materiais radioativos. Além disso, é importante o cuidado com a liberação de radiação no ar”, salienta.
Quais são os possíveis perigos para a saúde humana?
Caso ocorra algum acidente na usina, ela pode exalar radiação em altas doses, e por isso, são perigosas para o corpo humano, em casos de uma explosão de usina nuclear por exemplo. Existem diversos efeitos, dependendo da quantidade absorvida pela pessoa. Entre os principais impactos estão: Infertilidade e má-formação dos órgãos reprodutores, alterações gastrointestinais, câncer, problemas na medula óssea e até queimaduras. Tem também os problemas tardios que são observados com o aumento de uma incidência da doença na população que tenha entrado em contato com a radiação anteriormente.
A docente explica que as alterações do material genético humano pelos efeitos da radiação podem provocar algumas doenças, como o câncer. “Claro que depende da dose absorvida, podendo ser em qualquer região do corpo. Além disso, podem afetar os órgãos reprodutores, o que levará problemas às gerações futuras.”
Quais são os efeitos imediatos, a médio e longo prazo?
Caracterizados por efeitos que ocorrem num período curto, em algumas horas ou semanas, são as náuseas, indisposição, emagrecimento, diarreia, vômito, perda de apetite e em alguns casos de exposição alta pode levar a morte, como aconteceu em Chernobyl. Já os caracterizados por efeitos que aparecem após alguns anos, são a anemia, catarata, leucemia e envelhecimento precoce.
Mas e na área da medicina, como a radiação funciona?
Priscila explica que a radiação é usada para tratamento e diagnóstico na medicina. Com todas as cautelas, cuidados e proteção, a radiação é utilizada de maneira segura nestes casos. A dose que o paciente recebe é muito baixa tanto para o tratamento, quanto para o exame e nos casos de tratamentos como radioterapia, cada cenário é estudado por médicos, físicos, assim como com dosimetrias para determinar a quantidade ideal. Além disso, os colimadores e as técnicas de tratamento auxiliam para que a radiação seja direcionada somente no local necessário.
“Por exemplo, para realização de exames com radiação ionizante, é necessário um profissional responsável, entendido sobre a área, assim como uma sala com todos os cuidados que evitem a dissipação de raios X. Ou seja, existe um cuidado com a utilização da radiação na medicina, portanto, para os profissionais da área é mínimo a exposição à radiação, lembrando sempre da importância do conhecimento sobre a importância do cuidado com o uso das radiações ionizantes.”
Priscila De Franca Marins, docente da Cruzeiro do Sul Virtual finaliza explicando a importância da prevenção e cuidado com usinas nucleares e exposições desnecessárias à radiação.
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