Baiana de Feira de Santana, Carina Santos, 20 anos, e Lêvi Pinto de Jesus, 20 anos, nascido no município Coração de Maria-BA, foram no mês de setembro até o Vale do Silício, na Califórnia (EUA), principal polo de tecnologia e empreendedorismo do mundo, para receberem uma premiação pelo desenvolvimento do aplicativo BemAli, destinado às pessoas com intolerância e alergias alimentares.
Carina é estudante de Publicidade e Propaganda na Faculdade Anísio Teixeira e Product Design na edfintech Pravaler, principal plataforma de acesso e soluções para o ecossistema de educação do Brasil, e Lêvi, que também é estudante de Publicidade, designer gráfico e dono da agência de publicidade (alpj), localizada em Feira de Santana, cidade onde mora atualmente.
Carina explica que o aplicativo começou a ser idealizado ainda em 2020, junto a um colega da faculdade que, por ser diabético, possui algumas restrições alimentares. A aluna conta que a ideia do BemAli surgiu a fim de tentar amenizar as dificuldades de pessoas com intolerância ou alergias alimentares.
“O App permite que usuário se cadastre e, com isso, tenha algumas informações sobre saúde à disposição, além de receitas e indicações de restaurantes que atendam às suas restrições. Foram realizadas consultorias com nutricionistas, pesquisas de campo quantitativa e qualitativa, além de testes de usabilidade”, aponta.
O projeto, que virou premiação, foi idealizado a partir da inscrição feita pelos alunos no programa Campus Mobile, um concurso de ideias e soluções para mobile, realizado pelo Laboratório de Sistemas Integráveis Tecnológico (LSI-TEC), da Universidade de São Paulo (USP), que teve o patrocínio do Instituto Claro e apoio da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo e do BeOn, área de inovação da Claro. O app foi inscrito e premiado na categoria saúde.
Sobre o sentimento de representar a Bahia e o Brasil no principal polo de tecnologia e empreendedorismo do mundo, Lêvi argumenta que a notícia foi recebida com muita satisfação e surpresa.
“O momento foi incrível, eu não esperava. Como estávamos no meio da pandemia todo o concurso foi feito de maneira virtual, assim como o anúncio dos vencedores. Na hora, não sabíamos como reagir e a ficha da premiação (viagem) só caiu mesmo ao chegar aos Estados Unidos. A sensação é indescritível, um misto de emoção, gratidão por ter nossos esforços reconhecidos e incentivados é impagável”, destaca o aluno.
Carina, que nunca tinha passado tanto tempo viajando dentro de um avião, diz que um dos momentos mais especiais da viagem foi estar rodeado de jovens da área de tecnologia e que passaram pelos mesmos desafios do concurso. “Conseguimos nos entrosar bem rápido e acredito que construímos grandes relações que serão levadas para a nossa vida. Foi um network incrível”, ressalta.
Entre as principais programações do evento, ela destaca a apresentação na Plug and Play, onde o executivo Nader Fathi dissertou sobre o ecossistema de inovação do Vale do Silício, estágios de crescimento das startups e alguns princípios básicos para um bom desenvolvimento dos projetos. Já, Lêvi, que aproveitou para estreitar relacionamentos, avaliou o período nos EUA como uma confirmação de que todos devem insistir em seus sonhos.
“Aprendi que sou muito mais capaz do que podia imaginar. Todos nós temos uma força incrível que nos impulsionam para irmos cada vez mais longe nos deixam mais próximos dos nossos objetivos profissionais”, afirma Lêvi.
Por fim, os estudantes esclarecem que, atualmente, o aplicativo está em uma nova fase de validação e ajustes, para que em breve, seja apresentado a uma incubadora de startups para aprimoramentos e possa receber a primeira rodada de investimentos.