A agência policial internacional (Interpol), confirmou na quarta-feira (30.11), que emitiu um aviso vermelho para a bilionária Isabel dos Santos, filha do ex-presidente de Angola, José Eduardo dos Santos. Isabel Dos Santos enfrenta acusações de corrupção em andamento, que ela negou repetidamente.
A Interpol havia originalmente emitido um mandado de prisão internacional para a Isabel dos Santos, mas a agência o mudou para um aviso vermelho a pedido das autoridades angolanas.
A agência policial global Interpol confirmou na quarta-feira que emitiu um aviso vermelho para a bilionária angolana Isabel dos Santos, filha do ex-presidente do país, pedindo às autoridades policiais globais para localizá-la e prendê-la provisoriamente.
Isabel Dos Santos, que negou repetidamente irregularidades, enfrenta acusações de corrupção há anos, incluindo alegações de Angola em 2020 de que ela e o marido haviam direcionado US$ 1 bilhão em fundos estatais para empresas nas quais detinham participações durante a presidência de seu pai, inclusive da gigante do petróleo. Sonangol.
A agência de notícias portuguesa Lusa informou em 18 de novembro que a Interpol havia emitido um mandado de prisão internacional para dos Santos. Mas a Interpol disse à Reuters que emitiu um aviso vermelho a pedido das autoridades angolanas.
Ele explicou que um aviso vermelho “não era um mandado de prisão internacional”, mas um “pedido à aplicação da lei em todo o mundo para localizar e prender provisoriamente uma pessoa pendente de extradição, rendição ou ação legal semelhante”.
Uma fonte próxima a Isabel dos Santos, disse em 19 de novembro que ela ainda não havia sido notificada pela Interpol. Um porta-voz da empresária não respondeu imediatamente a um pedido de comentário da Reuters.
Segundo a Lusa, um documento oficial relacionado com o pedido feito à Interpol refere que dos Santos passa frequentemente por Portugal, Grã-Bretanha e Emirados Árabes Unidos.
O mesmo documento citado pela Lusa refere que dos Santos, de 49 anos, era procurado por vários crimes, entre os quais alegado peculato, fraude, tráfico de influência e branqueamento de capitais.
Isabel Dos Santos deu entrevista recentemente, dizendo à CNN Portugal na terça-feira que os tribunais em Angola não eram independentes” e os juízes eram “usados para cumprir uma agenda política”.