Em novembro, a dívida do Tesouro Nacional voltou a crescer, atingindo R$ 5,87 trilhões – 1,6% superior aos R$ 5,778 trilhões registrados em outubro, quando a dívida pública federal (DPF) já era maior do que no ano anterior. Um aumento de 0,46% em setembro (5,752 trilhões de reais).
A dívida pública federal inclui todos os empréstimos financeiros que o tesouro nacional precisa fazer quando os impostos e contribuições não são suficientes para cobrir os custos incorridos na prestação de serviços públicos e nos investimentos públicos necessários. Abrange empréstimos concedidos por instituições financeiras públicas e privadas, bem como organizações nacionais e internacionais, entidades governamentais e até pessoas físicas.
Segundo relatório da Secretaria da Fazenda divulgado hoje (27), o aumento de R$ 92,56 bilhões na DPF no mês passado foi resultado da manutenção da atual taxa de juros, que elevou o estoque da dívida em R$ 51,31 bilhões, e da diferença na emissão ( R$ 67,09 bilhões) e resgates (R$ 25,84 bilhões) de títulos da dívida pública, que acrescentaram outros R$ 41,25 bilhões à dívida total.
Da emissão líquida de R$ 41,25 bilhões (emissões menos resgates brutos), R$ 39,81 bilhões foram relativos à emissão líquida de dívida pública federal interna (DPMFi) e R$ 1,44 bilhão à dívida pública federal externa (DPFe) relativa à emissão líquida.
A chamada reserva de liquidez, ou colchão da dívida pública, utilizada em momentos de turbulência ou de alta concentração de vencimentos de títulos da dívida pública, aumentou 11% em termos nominais, passando de R$ 1,028 bilhão em outubro para R$ 1,142 bilhão em novembro do ano passado. Em relação ao mesmo mês do ano passado (1.096,94 bilhões de reais), isso representa um aumento nominal de 4,11%.
“Índice de liquidez indica que as reservas são suficientes para cobrir os vencimentos dos títulos da DPMFi [dívida pública federal interna]”, avalizou o Tesouro Nacional em relatório, garantindo reservas disponíveis em conta única para cobrir a dívida pública “garantidas para pagamento das próximas 9h30”, enfatizando que os meses de janeiro, março, maio e julho de 2023 serão intensivos, estimados em 943,93 bilhões de reais.
Fonte: Ag. Brasil