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Com R$9 milhões, Agrominuano entra em recuperação judicial

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Com R$9 milhões, Agrominuano entra em recuperação judicial
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Com trajetória histórica de mais de 40 anos atuante no setor agrícola de Maranhão, o Grupo Agrominuano entra com pedido de recuperação judicial alegando problemas financeiros cumulativos ao longo dos anos, causados por secas que levaram a perdas significativas da safra, instabilidade econômica que trouxe aumento nos custos dos insumos agrícolas e variação cambial, além da pandemia de COVID-19 que afetou o agronegócio diretamente devido a queda na demanda por produtos.


Com dívida de R$ 9.467 milhões, o grupo tem como principais credores Banco Votorantim, Banco do Brasil, Cargill e John Deere. Segundo Jean Cioffi, CEO do escritório JRCLaw, jurídico responsável pela ação, o endividamento do grupo não se deu por má-gestão, mas sim por todas as circunstâncias supramencionadas. “Estamos confiantes de que a recuperação judicial nos permitirá reorganizar nossas finanças e nos reerguer após esse período difícil”, afirmou Jean.


De acordo com Douglas Duek, especialista em recuperação judicial e CEO da Quist Investimentos, empresa responsável pelo processo, a demanda de queda do preço da soja já está sendo sentida pelos produtores rurais. “Por isso, a procura pela recuperação judicial no agronegócio está sendo bem ativa. Nos últimos meses, a Quist já observou um aumento triplicado nas solicitações por reestruturação e recuperação”, destaca.


Com uma história que remonta às raízes rurais da família desde sua chegada a Balsas, em 1980, o Grupo Agrícola Agrominuano é reconhecido como pioneiro em diversas áreas da agricultura, como o cultivo de semente de soja e a adoção de inovações trazidas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) para o cerrado brasileiro.

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