O mundo está em constante transformação. Consequentemente, tudo o que está ao redor dele também se move. A cada novidade que surge, vemos a sociedade se reinventar para poder incorporar os novos hábitos. É como Charles Darwin disse: para se perpetuar não basta ser forte, é preciso adaptar-se. Assim é desde os tempos mais primórdios, quando ainda dormíamos em cavernas, até os dias de hoje.
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Para citar um exemplo prático, os millennials, nascidos entre 1981 e 1996, viram máquinas de escrever e enciclopédias darem lugar a computadores domésticos e ao mundo sem fronteiras da internet, viram nascer as redes sociais e os smartphones. Cada uma destas “novidades” revolucionaram, em seus tempos, o modo como as pessoas interagiam como sociedade, com impactos profundos também no mercado de trabalho.
Uma nova tendência dentro da gestão de pessoas está ganhando força nas organizações e vai de encontro com essa necessidade dos profissionais serem flexíveis. É o que chamamos de carreiras líquidas. O conceito parte do princípio de que o profissional precisa desenvolver competências de forma permanente, uma vez que as dinâmicas de trabalho dentro das organizações estão em transformação, influenciadas pelo avanço tecnológico.
E agora, o novo hit, é o ChatGPT. A partir do uso de inteligência artificial, ele permite que tarefas complexas, como responder dúvidas e até escrever um texto, sejam feitas em segundos. A tecnologia criada com o intuito de agilizar a vida provoca medo no futuro de muitos trabalhadores.
Uma parcela dos profissionais das áreas de marketing e TI veem a novidade como uma ameaça, já que a tecnologia é capaz de criar textos simples e automatizar tarefas rotineiras baseado em redes neurais que permitem estabelecer uma conversa com o usuário a partir do processamento de um imenso volume de dados. O uso da tecnologia é inevitável, mas até que ponto é nocivo para a geração de empregos.
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Hoje, a tecnologia nos permite vivenciar inúmeras experiências com apenas um clique, facilitando o dia a dia de trabalho e se tornando aliada. A inteligência artificial pode sim ter um futuro promissor, mas não irá “roubar empregos”. Assim como em alguns anos atrás a internet era temida, hoje a inteligência artificial causa pânico aos trabalhadores. É impossível prever em quais áreas o chatbot irá interferir, mas não acredito em uma extinção de carreiras e sim em um processo de evolução e com a ajuda da inteligência artificial.
Nos processos de recrutamento a inteligência artificial já é uma realidade. Ajudam os times de RH a serem muito mais ágeis e eficientes, como exemplo, podemos citar o processo de classificação de currículos por palavras-chave. No entanto, nunca substituirão o fator humano com um olhar atento ao outro. Afinal, a inteligência emocional ainda é uma das peças principais para lidar com o ser humano e suas complexidades. A tecnologia, em geral, veio para suprir necessidades e facilitar processos. Ao assimilarmos os novos recursos que ela nos oferece, iremos mais longe e, certamente, novas carreiras surgirão em decorrência destes avanços.
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