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A Educação 5.0 demanda empenho na formação de professores com novas capacidades sociais, emocionais e digitais

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A Educação 5.0 demanda empenho na formação de professores com novas capacidades sociais, emocionais e digitais
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*Por Martin Oyanguren

O professor é uma figura essencial no processo de ensino e aprendizagem. Isso torna necessária a constante reflexão sobre o papel que ele desempenha no dia a dia da educação. Afinal, a sociedade e o mundo estão em constante evolução, e o docente – assim como os alunos – passou por diversas mudanças ao longo dos últimos anos. Esse fato exige de cada um desses atores o desenvolvimento de competências que antes eram tidas como secundárias ou extracurriculares, como, por exemplo, o pensamento computacional, a programação, a resiliência e a empatia.

Essas novas demandas integram a chamada Educação 5.0, que incorpora elementos da fase anterior, a Educação 4.0 – como o ensino híbrido, as metodologias ativas de aprendizagem, a cultura maker (aprendizado por meio da produção) e os pilares STEAM (Ciências, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática) — e amplia o papel do professor da essencial função de transmitir conhecimentos para a de também mediar o processo de aprendizagem.

A Educação 5.0 é o modelo de educação vigente na atualidade, segundo autores e educadores nacionais e internacionais, como Valderez Loyola, Vilela Júnior, Elena Railean, Rumbidzay Muzira e Martin Rüfenacht. Ela é marcada pelo uso intensivo de tecnologias educacionais e uma educação integral com foco em competências digitais e socioemocionais.

A atual tendência é uma evolução de concepções anteriores de ensino, como: a metodologia tradicional de educação, dominante até o fim do século XIX e que inclui as pedagogias de Platão, cristã e humanista, além de encarregar o professor de transmitir o conhecimento, e a metodologia renovadora, que engloba pensamentos de Rousseau e teorias construtivistas e dá ao tutor a tarefa de mediador e facilitador da compreensão.

O professor da atualidade precisa dominar as tecnologias digitais e usá-las como potencializadoras de um ensino significativo, personalizado, crítico, criativo e empreendedor. Isso porque na Educação 5.0 a tecnologia deixa de ser um apoio e passa a ser um eixo estruturante do ensino, devido às suas possibilidades de personalização, colaboração, inovação e criação. Nela, o docente também tem o papel de identificar e fomentar o desenvolvimento de competências socioemocionais dos estudantes para que eles sejam éticos, responsáveis, inclusivos, resilientes, empáticos e criativos.

Outra competência que devemos fomentar nos professores da atualidade é a interdisciplinaridade, que torna o tutor sendo capaz de fazer uma relação do conteúdo lecionado com conteúdos extracurriculares.

Além disso, a contextualização do conhecimento também é primordial para o engajamento do estudante com a disciplina trabalhada em sala de aula. Para aproximar o conteúdo do mundo real e instigar os alunos a resolverem problemas e a criar projetos, o professor deve estar antenado com as últimas notícias e tendências do mundo. Desse modo, ele poderá entender os desafios vivenciados pelos estudantes dentro e fora da escola.

A análise de dados de aprendizado dos alunos é outra aliada de modelos de acompanhamento pedagógico contemporâneos, assim como a criatividade, a interatividade e o desejo de testar novas ferramentas e inovar no ensino. Estes aspectos estão intrinsecamente ligados ao autodesenvolvimento profissional do professor. É importante que o docente tenha também empatia, porque ele precisa criar conexões emocionais com os seus alunos e dar suporte para que cada um deles supere as suas dificuldades. A consequência positiva disso é a diminuição do estresse e o aumentando da confiança e do desempenho do estudante.

Ademais, não devemos esquecer a saúde física e mental desses docentes. O professor necessita cuidar de suas emoções e tentar diminuir ao máximo o estresse para refletir isso em sala de aula. É preciso ter condições e as iniciativas para manter uma vida saudável e demonstrar confiança e entusiasmo com a sua profissão.

Tudo isso, claro, só é possível com o empenho do professor e da equipe gestora da instituição de ensino na qual ele atua. Desenvolver um docente capacitado para a Educação 5.0 demanda investimento em formação continuada, tanto para a atualização do repertório daquele profissional quanto para o uso de tecnologias e para o cuidado socioemocional. Palestras, workshops, seminários e oficinas são algumas das ferramentas que podem auxiliar nesse processo.

A infraestrutura adequada para a execução do trabalho do professor também deve ser garantida. Um processo pedagógico contemporâneo demanda conexão adequada à internet, equipamentos de hardware atualizados e recursos digitais variados – de livros digitais a kits de robótica.

O Educacional atua para auxiliar as entidades de ensino nessa formulação, oferecendo soluções variadas. Entre elas, a Suíte Educacional, que permite que o professor tenha acesso a uma plataforma especializada; o Aprimora, que foca na gamificação do ensino; o Pense+, que permite o conhecimento matemático; a Mesa Educacional, de apoio à alfabetização, e o Inventura e o Tivy, soluções completas de programação.

A formação de ‘professores 5.0’ é de interesse de alunos, dos próprios docentes, dos gestores e da sociedade. Por isso, essa tarefa exige uma ação cooperativa entre todos esses atores da educação para o planejamento de aulas mais interessantes a estudantes hiper conectados e hiper estimulados, cujos desenvolvimentos e mudanças de interesse e de comportamento aceleram na velocidade de cliques.

*Martin Oyanguren, é CEO do Educacional – Ecossistema de Tecnologia e Inovação, área de negócios da Positivo Tecnologia dedicados à educação e VP da Positivo Tecnologia.

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